Vomitei todas as borboletas do estômago.

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Um lado da conversa que lembro; apenas uma dúvida: açúcar ou adoçante?

-Oi! Posso entrar?
-Sim, pode.
-Nossa, tá tudo diferente.
-Pois é Acho que demorei pra arrumar a mim mesmo.Toma cuidado, mudei algumas coisas.
-Vou tomar cuidado,Muitas coisas mudaram por aqui. Espero que ainda não esteja chatiado comigo,isso me deixaria triste.
-Eu não sei bem o que falar...
-Desculpa!
-...
-Ainda posso te amar?
-Ah... Tudo bem.
-Acho que já vou indo.
-Nao vá.. Aceita mais um café!
-Ta bom, aceito mais um café sim.
-Lembra de toda decepção que você me fez passar?
-Lembro. Ben, er u já vou..
-Fica, só pra eu poder te anular!
-Como assim? Anular Alguém? Quem?..
Então percebo o telefone tocar e ao Atender e eu só escuto um barulho: tan, tan, tan.
Sair de encontro a algo e
Quando cheguei, ele estava segurando um gravador, com mãos trêmulas e lágrimas nos olhos.
Sentei ao lado dele, olhei nos olhos, acáricio seu cabelo e peguei o gravador.
Escuto minha voz.
Escuto o que gravei no dia em que cai da realidade para o chão da minha alma.
Eu cantava, cantava apenas uma música, como qualquer um teria dito.
Mas ele viu o que eu senti.
Um sentimento meio enxoto, que tentei arrancar o quanto antes. Mas ele viu, sorriu com lágrimas, me fez perceber a ironia do amor (ou da falta dele) e se calou.
Me botou sobre seu ombro, sem mais, e baixo, disse: dê a chance para o que te machuca, hematomas na alma podem ser bonitos, meu bem.
E naquele momento eu poderia jurar: éramos o par mais bonito.
Parei pra pensar sobre Algo a respeito e nesse momento Vomitei todas as borboletas do estômago e Disse para mim mesmo Dessa vez não.

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⏰ Última atualização: Jun 28, 2016 ⏰

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