Despedida

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Enfurecido.

Era nesse estado de espírito que Ronald se encontrava. O motivo? Haviam tido uma baixa considerável de homens nessa campanha. Como ficaria sua reputação a partir de agora? Os boatos sobre sua capacidade de comandar e gerenciar um exército já haviam surgido por conta de sua falta de herdeiros. Agora, com essa derrota, não sabia se continuaria no posto por muito mais tempo.

Dessa vez, ficara fora por cerca de dois meses. Dois maravilhosos meses sem aturar seu chefe, coisa que mudaria em pouco tempo visto que teria de informar sobre o andamento da campanha.

Ronald tão depressa entrou na carruagem já avistava a enorme escadaria do palácio. A esta altura já se encontrava no meio da manhã, com o sol castigando suas costas. Ao terminar de subir os degraus, suava feito um porco e respirava com dificuldade. Mais um ponto para falarem: de que adianta comandar um exército se mal aguenta subir uma escada?

Relutante, encontrou sem grandes dificuldades o gabinete do Grande Napoleão, e não demorou a ser chamado.

-Sr. Weasley, creio que saiba o motivo de ter sido chamado.

-Certamente que é sobra o desenvolvimento da campanha. Imperador peço minhas mais sinceras desculpas. Deveria ter percebido que se tratava de uma emboscada. Mas o que é uma derrota, se comparada a tantas vitórias de seu exército? – Ronald tentava a todo custo tirar a culpa de suas costas.

-Acontece, Ronald – para Napoleão dizer o primeiro nome, significava que estava em estado de fúria. – que não se trata apenas de uma pequena derrota. Você conseguiu a proeza de matar metade do meu exército! – bateu o punho ferozmente na mesa, com o rosto vermelho. – Posso estar em guerra, mas ainda tenho emoções, general. Devido a sua incapacidade, milhares de mulheres perderam seus maridos. Pense na quantidade de mães que a este momento choram por seus filhos.

-Senhor, eu...

-Não gaste saliva, Ronald. Não existe vocabulário para explicar o que você fez. Sua postura vem decaindo à muito. As pessoas falam, sabia? E não é nada agradável ter como general de seu exército um homem que leva a matança jovens, um beberrão de primeira, abrutalhado, e principalmente, incapaz de acertar o buraco certo e engravidar sua mulher. – Bonaparte já havia desembainhado sua espada, brincando com ela nas mãos. – Vou ser obrigado a tomar providências, Sr. Weasley. – E olhou ameaçadoramente para ele.

-O que o senhor vai fazer, Imperador? – O medo na voz dele era notável.

-Ainda por cima, covarde. Firme suas pernas, homem! Como lhe dizia, serei obrigado a rebaixá-lo a soldado se suas habilidades não melhorarem. Se, em dentro de três meses seus reflexos não voltarem, será despejado de sua mansão, sua fortuna voltará aos cofres públicos e será mandado na linha de frente na batalha.

Ronald sabia, pois ele mesmo já havia condenado isso, que os soldados designados à linha de frente, morriam, apenas os melhores tinham uma chance de sobrevivência e ele sabia que havia deixado de ser o melhor há muito tempo.

-E, general, engravide sua mulher o quanto antes. Um homem sem um herdeiro não é ninguém.

***

Completamente aturdido e furioso, Ronald saiu do palácio decidido a descontar em sua esposa suas frustrações. Ficou muito surpreso ao descobrir que Hermione havia saído, não estando em casa para recepciona-lo.

Enquanto isso, a jovem Hermione corria pelo bosque, irradiando felicidade. Draco a havia convidado para um simples passeio mais uma vez. Em algum momento começaram a correr, brincando de gato e rato. Draco a seguia como um predador caça sua presa. A espreitava sem a mesma perceber. A morena notou sua ausência havia alguns segundos, e por pouco não entrou em desespero. Riu quando sentiu um peso sobre si, jogando- a no chão.

Âme Sour-DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora