Capítulo 1

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CAPITULO 1

"A única certeza que eu tinha em mente, era que Piltover não se reergueria das ruínas".

INVASÃO

Eu simplesmente corria, não conseguia olhar para trás, me esforçava o bastante para conseguir chegar no meu alvo, o solo era totalmente metalizado no qual facilitava os meus deslizes, os prédios estavam maiores do que da ultima vez que pisei neste lugar, é tudo tão correto, tecnológico e formal que chega dar ânsia de pronunciar este nome, pois isso é algo nato de Piltover.

Escondo-me atrás de uma caçamba, na qual toda a tralha que não presta é armazenada, preciso dar uma repaginada no Fishbones, mas sozinha não conseguirei fazer isso, só com o auxilio de algumas ferramentes Hextec, que estão localizadas no centro da cidade, quanto mais tempo eu fico parada, menos tempo eu terei de conseguir conquistar meu objetivo.

Posiciono o fishbones nas minhas costas, e seguro bem firme o pow-pow, e corro em direção ao centro da cidade, escuto algum passo vindo das laterais dos corredores dos prédios, e não diminuo minha velocidade, lanço duas traps explosivas, que após tocadas no chão se explodem fazendo o ambiente ser invadido por fumaças coloridas, despistando os guardas, aumento minha velocidade, avistando a área dos laboratórios, isso significa que estou pelo caminho certo.

Sirenes exalam pelos corredores de Piltover, o meu tempo está se esgotando, não me lembro perfeitamente onde se encontra o laboratório do Heimerdinger, pois ele é o criador mestre de todas as ferramentas Hextec, passo pelos corredores avistando as placas dos laboratórios, porém noto que isto é perda de tempo, coloco o fishbones nos meus ombros e lanço um míssil para cada porta, destruindo-as com facilidade.

Em um dos laboratórios uma luz exala, entro no ambiente encontrando diversos baús enfileirados um acima do outro, sorrio, e me aproximo deles, quando estico as mãos para toca-los, sou atingida com uma fumaça me forçando cobrir o rosto, não consigo enxergar o que está na minha frente, e uma voz surge no meio da fumaça;

— Achou que ia ser fácil assim? Você invade Piltover, quer roubar algo que só nós produzimos, e ainda quer sair sem ser notada?

— Blá blá blá, você sempre tem esse discurso preparado?

— Pra você eu tenho 5 discursos que serve perfeitamente pra calar a sua boca.

— Uau, essa sim é a Vi que eu conheço, que não tem nada de feminina, que paga de defensora de Piltover, mas que antes roubava deles, poxa, que ironia.

— Ironia é você achar que consegue ser mais esperta que a tecnologia.

— Vamos combinar queridinha, inteligência não é o seu forte, e parece que você entende muito de tecnologia né? – olho para as enormes luvas de metal que protegem as mãos da Vi, e sorrio para ela – Pode vim mãozuda, me mostre a sua força, ou tem medo de machucar a mãozinha?

Jogo uma trap explosiva, fazendo a fumaça exalar pelo laboratório, ganhando tempo para jogar um pequeno baú na bolsa, sinto a enorme fileira dos baús desmoronarem, Vi avança na minha direção com os pulsos posicionados para frente, na qual eu desvio facilmente, subo as fileiras dos baús, pulando no ar, posicionando o fishbones, lançando um míssil na sua direção.

Caio de costas no chão, conseguindo colocar mais um baú na bolsa, tento me recompor para abandonar o local, meu objetivo já foi conquistado, quando corro para a saída, sinto os pulsos da Vi novamente vindo para o meu sentido, não consigo desviar e sou lançada para trás, atingindo a parede.

— Você nunca cansa de fazer coisas erradas? – diz Vi, andando em minha direção.

— Vi, eu sou bandida, é isso que eu faço, eu espalho o pavor, eu causo o medo e eu roubo, tudo que é dado não é legal – Visualizo o ambiente, preparando o meu próximo truque.

— Sabe como me conhecem aqui? Como a Defensora de Piltover, e eu dou meu sangue para protegê-la de gente como você – Vi anda, batendo suas mãos umas nas outras.

— Me sinto tão bem quando eu sou importante a ponto de ser temida – Posiciono o pow pow ao lado da minha cintura, olhando o lustre idiota preso no teto.

Vi prepara o seu ultimo golpe, juntando as duas mãos e arremessando para baixo, desvio rapidamente, mirando o pow pow para a corda do lustre, fazendo-a a se distrair com a queda, jogo outra trap explosiva, fazendo a perder a visão por alguns segundos, dou uma risada no meio da fumaça;

— Continue me temendo queridinha, vai ser preciso – falo enquanto corro em direção a saída.

Continuo correndo pelos corredores, seguindo o para a caçamba das tralhas, meu único método de fuga se encontra ali, jogo granadas armadilhas para todas as curvas que eu faço, evitando perseguições, olho para o enorme relógio, falta poucos minutos para Piltover ter seu horário de recolher, e isso tornaria minha fuga quase impossível.

Subo por uma escada posicionada na lateral de um prédio, evitando o caminho térreo eu evito me esbarrar com um dos cidadãos babacas dessa cidade, pulando rapidamente os prédios, encontro a caçamba na qual sinalizei com um pequeno X na sua tampa, sorrio, e salto do prédio, empurrando levemente o objeto dando origem a um pequeno túnel, na qual todo o lixo de Piltover é despejado, sendo levado para fora da cidade, entro no túnel.

Após me recompor dos lixos, caminho levemente pela estrada, me virando lentamente para trás, olhando as correrias dos guardas pelo portão central, e minha imagem sendo refletida por diversos outdoors posicionados nos prédios, com o seguinte slogan "Procura-se Jinx", sorrio dando um suspiro longo, seguindo meu caminho.

Chego no centro da floresta, me sento em um tronco de árvore revistando a minha bolsa, colocando os baús em minhas mãos, os baús são ferramentas poderosas que podem fortalecer qualquer arma, cada baú possui uma qualidade e não podem serem abertas sem as chaves certas, e caindo em mãos erradas, pode trazer o caos.

Uma imagem de um ser aparece atrás de uma das árvores, com um capuz preto cobrindo o seu rosto e o seu corpo, assopro a minha franja e sorrio, posicionando a bolsa junto a mim, e me levanto seguindo para a sua direção, coloco um baú sobre o meu bolso, não se pode confiar em ninguém, e eu nunca tive certeza de nada, a única certeza que eu tinha em mente, era que Piltover não se reergueria das ruínas.


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