Explosiva

Capítulo 4

CAPITULO 4

"Devo me sentir lisonjeada ou temida?".

LEALDADE

Corri pela floresta com o sorriso estampado no rosto, tristeza é algo que não predomina no meu ser, não poderia demonstrar fraqueza nessa etapa do plano, não conseguimos conquistar o segundo ato, porém não poderia desistir de dar sequência a destruição, segurei o fishbones, e passei pelas árvores que me cercavam, eu teria que seguir tudo sozinha, e acima de tudo, resgatar o Ekko.

Joguei minha bolsa no chão, eu estava com poucas eletro-granadas, e não tinha munição suficiente para invadir Piltover novamente, escuto passos ligeiros na floresta, olho para todos os lados, pego rapidamente minha bolsa e me levanto, e o vulto passa rapidamente próximo às árvores.

Uma adaga perfura seu tronco, corro para o lado oposto da floresta, quando me deparo com o símbolo estampado na adaga, isso significa que noxianos estão furtando por esses arredores, quando atinjo certa velocidade, o solo é separado na minha frente por um machado, voltando rapidamente para a direção do seu dono.

Movimento-me para trás, observando um rosto feminino que rapidamente se desfaz, se teletransportando para as minhas costas, me dando uma rasteira, tempo suficiente para ficar sobre mim, apontando sua adaga em direção á minha garganta.

— Você sabia que cobrir o rosto é uma falta de educação? – diz a garota, tirando o meu capuz.

— Você sabia que apontar uma arma para alguém é mais falta de educação ainda? A menos que queira matar essa pessoa – sorrio, enquanto observo seu rosto.

— Então está me propondo que eu te mate? Isso não é nada mal – ela ergue os braços pronta para me atingir.

— Katarina! Quantas vezes disse que não devemos matar antes de torturar?– diz uma voz masculina, cujo o machado o pertence.

— Draven, Draven, Draven, sempre querendo ser a estrela do show, ela é meu alvo, então quem decide se será torturada sou eu. – diz a garota, olhando furiosamente para seu companheiro.

— Vocês não decidem nada, saia de cima dela – diz uma voz mais rouca, um homem se aproxima com um machado maior que o do primeiro, ele dá um tapinha no ombro da garota, que se levanta sobre meu corpo.

— Mas Darius, eu... – ela é interrompida com um olhar severo do líder.

— Cabelos azuis, tatuagens no braço, duas armas, uma bolsa e um grande sorriso no rosto.... Jinx – diz ele me fitando.

— Uau, você sabe meu nome, devo me sentir lisonjeada ou temida? – respondo, sem tirar o sorriso do rosto.

— Não sei, pela recompensa que estão lhe dando para sua cabeça, deve ser considerada temida – diz Darius, olhando lentamente para Katarina, que avança sobre minha direção, desaparecendo no ar, aparecendo rapidamente ao lado da minha bolsa.

— Vamos ver o que a "felizinha" tem nessa bolsa, não me diga que é maquiagem – diz Katarina com um sorriso no rosto.

— Caso ela tenha, você pode aderir, está precisando. – diz aos tons de risada, o portador do machado.

— Que tal tirar esse bigode, e se tornar um homem de verdade, Draaaaven. – retruca à ruiva.

Com movimentos rápidos Darius puxa a bolsa da mão de Katarina, virando ela de cabeça para baixo, deixando os objetos caírem no solo, o olhar dele brilha com as poucas eletro-granadas que restaram.

— Parece que alguém está brincando com ferramentas hextec – diz ele olhando para as granadas.

— Eu não estou brincando, estou em uma missão, e se me der licença preciso seguir em frente, pois o tempo literalmente está passando – ajeito a pow pow na minha cintura, e dou um passo para frente.

Seguidamente o machado de Draven se redireciona ao tronco da árvore, me impedindo de prosseguir com o passo, Katarina me observa, reparando no brilho oscilante, ela rapidamente consegue tirar o baú escondido no meu bolso, segurando ambos com as duas mãos.

— O Baú Técmatúrgico, não precisamos de mais nada, nosso serviço acaba por aqui – diz Darius, jogando a bolsa vazia em minha direção.

— Tudo bem, podem levar o precioso baú, boa sorte para conseguirem abrirem – pego minha bolsa sorrindo.

— Simples, Zaun e Piltover são cheios desses criadores, se bem que Piltover não nos ajudaria de forma alguma – diz Draven, tirando seu machado da árvore com facilidade.

— Esse baú só pode ser aberto com a chave especifica, a menos que vocês achem um criador que esteja disposto a ajudar noxianos, que acho difícil, vocês ficarão apenas com um pedaço de caixa inútil, pois ela aberta pode fazer um grande estrago, já fechada, é inofensiva – assopro minha franja, me encostando-se na árvore.

— Eu sei disso, e sei o seu ódio por Piltover, isso é a única coisa que temos em comum, e precisamos da chave, ou você ficará sem essa caixa inútil – diz Darius, me olhando furiosamente.

— Sou a portadora da chave, vocês podem me matar se quiserem, mas preciso da ajuda de vocês, assim que cumprirem, libero a chave e deixo vocês serem felizes com a caixinha mágica. – fico brincando com o meu colar enquanto respondo.

Os três se olham entre si, e não pronunciam uma palavra, apenas acenam com a cabeça para mim, me aproximo de ambos relatando sobre a continuidade do segundo ato. A cidade de Piltover está mais reforçada, sentinelas se encontram em todos os portões, as ruas estão iluminadas por sensores detectores, à invasão se torna cada vez mais difícil.

Telões se espalham pela cidade, mostrando para todos o rosto de Ekko em uma cela, com uma coleira metalizada em seu pescoço, Piltover é rígida em questão de segurança, a cada pensamento criminalístico a coleira é ativada, punindo o próprio portador, com uma dor inexplicável.

Posicionamos-nos atrás das árvores observando o portão principal de Piltover, o segundo ato estava por vim, e agora sem falhas, Darius olha para Katarina, que rapidamente entende o comando, ela sorri enquanto corre em direção ao portão principal, atraindo os sentinelas, que a detectam rapidamente, e como se nada tivesse acontecido, ela desaparece no ar, a destruição está iniciada.