Cap.10 ◈Gelei

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Eles estavam brigando. Muito feio. Com chutes e socos. Parecia luta vale tudo. 2 contra 1. E o Isaac ainda parecia estar levando vantagem, ele era ótimo lutando e muito forte, o que ajudou bastante.

Deu um golpe de judô no Thiago e este caiu gemendo de dor no chão, Artur tentou continuar acertando Isaac com os tapas e as investidas de socos, mas não tava dando muito certo. Eles batiam um no outro pra valer e notei sangue escorrendo do nariz de Isaac e na boca de Artur, que tinha marcas roxas nos braços também.

Por fim, Isaac deu um baita soco no nariz e na boca dele e ele desmaiou. No chão, Isaac o chutava e o esmurrava, confirmando que ele não acordasse tão cedo. Ele se virou ofegante pra mim e pra Rafael, olhou com ódio e ameaça para ele, que me largou e saiu correndo com medo para o outro lado, fujindo da surra que ia receber.

Respirei aliviada e ajeitei minha roupa. Meu Deus! Ele sempre me salva desses safados idiotas e sempre nessas ocasiões. Se aproximou e disse:

-Você tá bem?

-Agora sim, muito obrigado. - falei com lágrimas nos olhos pois estava chorando aterrorizada.

-Não tem de quê.

-Você sempre me salva antes disso acontecer.

-É, parece que você é boa demais e todos querem te foder.

Agora eu corei.

-Infelizmente acho que é verdade.

Se aproximou mais e limpou as lágrimas no meu rosto. Passou suas mãos sobre minhas bochechas quentes e vermelhas. Analisei seus machucados, não eram muitos mas o sangue em seu nariz escorria demais.

-Precisamos cuidar disso. Vamos até minha casa, minha mãe é enfermeira e tem um quite de primeiros socorros.

-Ah, não precisa, não tá assim tão ruim.

-Claro que tá, vai, é o mínimo que eu posso fazer.

-Tudo bem, vamos.

-Primeiro tenho que ir na farmácia comprar um remédio pra minha mãe.

[...]

-Ai!

-Não se mexa, vai ficar bem. - falei encarando seus olhos e colocando o curativo sobre o nariz, depois de ter aplicado o remédio e limpado.

Estávamos sentados no sofá, perto demais um do outro. Ele gemia a cada dois minutos e eu sabia que tava doendo. E, pior, por minha causa.

-Não quero que você entre em mais confusões por minha causa. - apliquei o curativo e guardei o resto das coisas no quite. O encarei.

-Você não manda em mim. - franzi a testa. -E eu adoro confusões.

-Posso muito bem me cuidar sozinha.

-É, eu vi isso. -ironizou

-Eles eram muitos.

-E você é muito frágil...eu gosto disso.

-Quer dizer que você tem que me proteger mais ainda?

-Exatamente. Ah, e uma dica, da próxima vez que for correr, não abuse, não exiba esse lindo corpo que você tem porque dá muito tesão.

Rimos.

-Vou me lembrar disso, obrigado. Por tudo mesmo.

-Só não queria ver você machucada.

Meu coração despencou.

-Como você está agora? - sorri

-Acho que tô legal, vem cá. - ele me puxou pra mais perto dele e me abraçou. Atitude estranha mas não recusei, senti o calor dos seus braços e do seu peito. Senti meu coração bater tão forte e tão alto que estava com medo que ele pudesse ouvir.

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