Complicated || L.S. ✔

Capítulo 21

Louis não consegue parar de olhar para Harry depois de ele terminar de contar sua história. O que aconteceu foi horrível, mas Louis está egoistamente preso ao fato de que Harry agora mora em Finningley e eles estão a apenas dezoito minutos de distância e pelo amor de deus, são tantas possibilidades.

"Então você- você vai morar perto agora?" Louis pergunta estupidamente como se isso não tivesse sido dito com clareza o suficiente.

"Sim", Harry assente com lágrimas de felicidade borbulhando em seus olhos. "Eu vou ficar aqui".

"E quando as aulas começarem-"

"Eu estarei em St. Howard," Harry confirma.

Oh Deus, o coração de Louis está prestes a explodir de tanta felicidade. Ele grita e pula em cima de Harry, o derrubando de costas na cama, o abraçando com força. Não estava tudo arruinado, eles ainda poderiam se ver todos os dias e, mesmo que não compartilhassem mais o mesmo quarto, era apenas dezoito minutos de distância um do outro e isso é muito melhor do que mais de duas horas.

Mas, então, Louis para de pensar em todas as coisas boas e se lembra da situação familiar horrível de Harry. Ele rola de cima de Harry e fica ao lado dele na cama.

"E os seus pais?" ele pergunta.

Harry fica tenso e Louis franze a testa.

"Os meus pais? Eles não querem me ver. Nunca mais".

"Mas eles são- eles são seus pais".

"Bem, aparentemente, eu não sou o filho deles".

"Hazz-"

"Lou", ele diz suavemente, virando o rosto para Louis, "não há mais nada a dizer. Eles não querem ter nada a ver comigo e para ser honesto... depois das coisas que ouvi e da forma como fui tratado hoje... Eu prefiro não ter nada a ver com eles também".

Apesar de sua atitude calma exterior, Louis pode ver claramente nervosismo e tristeza nos olhos de Harry, só que ele não sabe mais o que falar. Louis provavelmente seria uma bagunça de lágrimas e soluços se seu pai decidisse apenas se livrar dele assim.

"Eu sinto muito," sussurra.

"Não é culpa sua, baby", Harry diz, tentando sorrir, afastando uma mecha do cabelo de Louis de seu rosto. É muito raro Harry usar estes termos carinhosos e o coração de Louis aquece com a simples palavra.

"Ainda assim", Louis diz: "Eu me sinto mal por ficar tão feliz quando tantas coisas ruins aconteceram com você".

"Não," Harry disse rapidamente. "Não se sinta mal porque- Porque eu vou ficar tão feliz quanto, com o tempo."

"Como é o seu tio?"

Harry dá de ombros. "Ele é mais velho que o meu pai, e é muito mais tranquilo. Ele quase não aparece nas festas da família, porque simplesmente não liga tanto para esse tipo de coisa."

"Bem, então parece que vai ser mais fácil conviver com ele", Louis comenta.

"Vai sim".

"E ele- ele não se importa se você é gay?"

"Às vezes, no Natal e outras festas, ele era o único que conversava comigo por mais de cinco minutos. Os demais só perguntavam como a escola estava indo e, em seguida se afastavam, porque definitivamente, eles não queriam saber se eu estava saindo com alguém", Harry conta.

Jesus, Louis pensa. Eles deviam trata-lo como um leproso ou algo do gênero.

Os olhos de Louis suavizam quando Harry começa a apertar o edredom. Louis coloca a mão em cima dos seus dedos tensos.