This is Life || Niall Horan

Capítulo 1 - Autch

** 1 mês depois **

"Mãe, pai está na hora." - disse com um tom de voz suficientemente alto para que eles ouvissem.

" Vai então"

" Tem cuidado e se for preciso alguma coisa liga-nos." - O meu pai disse.

Dei um beijo a cada um e despedi-me. Peguei nas minhas coisas e saí com um grande sorriso na cara. Diriji-me para o sitio combinado, o parque mais perto de minha casa, era lá que, eu e Niall nos iríamos encontrar.

Coloquei, como sempre, os fones nos ouvidos, e deixei que a música suave invadisse os meus ouvidos e que chegasse a cada recanto do meu corpo.
Levei os meus pés ao ritmo da música e, soltava "Bom dias" para as pessoas por quem passava, mesmo não as conhecendo.

O sorriso foi inevitável, quando avistei o lindo carro branco. Corri um pouco até lá, atravessei uma estrada e quando estava mesmo muito próxima ouvi uma travagem profunda e senti um pequeno encontrão na minha perna que me fez desequilibrar e cair. Senti o duro alcatrão debaixo de mim e um pequeno rasgão no joelho que aparou a queda.
Olhei para o meu lado e vi, muito próximo, o pára choques de um carro. Estava confusa e com algumas dores. Tentei levantar me mas, como sempre, não consegui.
Retirei os fones dos ouvidos e finalmente apercebi-me que tinha sido atropelada.
Ouvi a porta do carro abrir-se e ouvi uma voz distante.

"Estás bem?"

Olhei para cima e vi uma pessoa alta com um ar preocupado.

"Estás bem?" - Insistiu.

"Sim, estou. " - Respondi e, mais uma vez, numa tentativa falhada, tentei levantar me.

"Espera eu ajudo." - O rapaz alto e moreno oferece.

Parei e deixei que me ajudasse pois, caso contrário, iria ficar ali estendida durante algumas horas.
Senti as suas mãos nas minhas ancas elevando-as cuidadosamente.

"Podes agarrar-te. Não te vou deixar cair, pelo menos outra vez." - Ele sorriu em forma de brincadeira.

Rodeei o seu pescoço com os meus braços e, com alguma força ele levantou me em peso e transportou-me até à berma onde me sentou numa cadeira do café ali instalado.

"Mais um vez, estás bem?" - Ele questionou, novamente.

"Sim, estou. Foi só uns arranhões." - Disse olhando para o meu joelho que escorria sangue.

" Mas isso está com um mau aspecto. É melhor eu levar-te ao hospital. Podes ter partido alguma coisa e..." - Interrompi.

" Não, por favor não, hospitais não." - Disse quase que implorando.

Ele, ao ver-me falar assim, recuou na sua proposta.

" Pronto, eu peço imensa desculpa por ter-te feito isto, eu vinha distraído e quando me apercebi era já tarde demais. O que fui eu fazer?" - Ele baixou a cabeça.

Agora, olhei mais atentamente para ele, O seu cabelo era mais comprido sobre o topo da cabeça e esse, caía sobre a sua testa em pequenos caracóis, desci o meu olhar até às suas mãos e vi que este, estava a tremer. As suas roupas eram escuras e, quando olhei para os seus pulsos não quis acreditar no que estava a ver. Ele estava diante de mim, de cócoras e cabisbaixo.

"Olha, eu estou bem." - Coloquei a minha mão sobre o seu ombro, procurando acalmá-lo. - " Isto não é nada. Eu fui a culpada, vinha a correr e para além de vir a ouvir música atravessei a estrada sem olhar."

Após as minhas palavras este olhou para mim e aí pude reparar que tinha algumas sardas espalhadas em torno do seu nariz e dos seus olhos estes que estavam vermelhos querendo largar algumas lágrimas.