Capitulo 3

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Eu fui levada até a minha cela, a provisória, até que eu seja julgada.
É, realmente, eu não fui feita para ficar atrás das grades.
Um policial, baixinho, aparentava ter 1,65, devia estar vivendo os seus 25 anos de idade, acho que ele não trabalha aqui a muito tempo...um novato talvez.
Eu me sentei no chão, perto da cadeira onde ele se encontrava.
Ele olhou para mim, e depois voltou a ler o seu livro.
Tenho que pensar antes agir, eu posso mentir, e dizer que é mentira, porém temos uma grande possibilidade de que ele já tenha lido a minha ficha.
Ou podemos usar como desculpa....
Já sei...
-Você é novo por aqui?- perguntei, sem resposta.- Você leu a minha ficha né?
- Eu não entendo esses adolescente de hoje em dia, acham que a morte é a melhor opção- o Policial fechou o livro e se levantou.
-Eu também não- Baixei a cabeça.- Essas mortes são totalmente desnecessárias, e essas mentiras...cada vez maiores, principalmente desse nosso governo de hoje em dia.
-Olha quem fala, "A pessoa que matou seu ex-namorado- disse o Policial andando pela sala.
Sem dúvidas....ele leu a minha ficha.
- Não foi eu....- me virei de costas, e coloquei a minha cabeça entre os joelhos- Mesmo não parecendo... sou inocente.
- Você não me engana- ele se aproximou de mim- você disse tudo no interrogatório para o Delegado Robson.
-Eu disse o que ele queria ouvir- me virei- O que adiantaria eu dizer que sou inocente? Uma denúncia não seria retirada tão fácil, existem muitas pessoas que dizem ser inocentes, e estão por aí...na prisão, vivendo anos atrás das grades, por uma denúncia idiota, de uma coisa que ele não fez.
O Policial parou para pensar.
-Mas ela falou...- Disse o Policial confuso.- A menina morreu do mesmo jeito, você era a que estava mais próxima de lá, a menina falou que te viu....
-Sim, eu estava lá, e essa menina é a minha melhor amiga, conheço ela muito bem- disse e apoiei minha cabeça na grade- ela é esquizofrênica...imaginou tudo, vocês nem se preocuparam em ver isso...Na verdade, eu ainda namorava ele.
-E quem foi então?- Perguntou curioso
Fingi estar pensativa.
-Qual o nome dela?hmm...-Olhei em volta, e avistei um telefone no canto da sala-...Lara?Laura? Larissa...isso, Larissa, ela sentava do meu lado na faculdade, eu sei o número dela...Eu posso ligar pra ela, ela atende, e vocês podem rastrear ela.
O Policial ficou pensativo.
-Não é uma má ideia....Ok, eu vou te soltar e você liga para ela por aquele telefone.- Ele apontou para o Telefone no outro lado da sala, e abriu a minha cela.
-Muito obrigada, você está fazendo a justiça- Sorri e me levantei-Todos os polícias te agradeceram por pegar a assassina.
O Policial retribui o sorriso, e então saiu pela porta, e a trancou.
-Não saia dai-e então ele saiu
Do que adianta trancar a porta, se a janela está aberta?




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