Capítulo 22

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- Amy!?

Ambos olhamos para o lado e vimos que era apenas a Riley. A Amy saiu logo de cima de mim e levantou-se ajeitando a roupa.

- Apenas caímos, mais nada! - respondeu à Riley.

É, digamos que "apenas caímos". Ela sabe muito bem que fiz aquilo de proposito, só para a provocar mas parece que quem caiu no encanto fui eu. Aqueles olhos verdes brilhavam, assim como aquele cabelo castanho claro e ondulado. E aqueles lábios rosados, só os queria juntos com os meus naquele momento, e sei que ela também.

A Riley olhava para nós com cara estranha mas isso logo passou. Quando voltamos para casa, a Amy paralisou no meio da estrada a olhar para um rapaz e uma rapariga a se beijarem no canto das duas casas da nossa frente.

- Amy!? - chamei-a passando a mão pela frente dos seus olhos.

Lágrimas começaram a escorrer e logo ela deixa cair o seu skate e corre para o meio do jardim que havia lá perto.

- Amy! - gritei.

O rapaz olha para mim e logo vi que era o Brent. Sacana, como é que ele foi capaz de fazer isto à Amy!? Fui em direção a ele e logo lhe dei um soco. A rapariga loira oxigenada começou a gritar mas eu estava me pouco borrifando para os seus gritos estéricos e continuei.

Levantei bem o braço para lhe dar mais um mas uma mão agarra-me.

- Para! Parem os dois! - ordenou a Amy com as lágrimas nos olhos.

Levantei-me e o Brent também. Tinha o nariz a sanguerar assim como o enorme arranhão que se formou graças aos socos.

- E ainda te queixavas pelos TEUS ciúmes! - disse ela cuspindo "ar" para a cara do Brent.

Esta agarrou -me no braço e puxou-me dali para fora. Passamos novamente pela estrada para agarrar nos skates e fomos para casa. Eu abraçei-a de lado e ela colocou a sua cabeça no meu ombro.

- Eu devia ter-te dado ouvidos! - disse-me continuando a olhar para a frente.

- Eu não vou dizer "eu avisei-te" porque tu já o disses-te! - ri e ela também - Ei, consegui tirar um sorriso hein?

Ela olhou para mim com um sorriso no rosto e por momentos os nossos olhares não se queriam desviar. Os seus olhos são como
imans e os seus lábios são droga, porque eu estou viciado.

- Cameron!? - ela chamou-me.

- Diz! - respindi despertando.

- Ouvis-te o que eu disse? - perguntou-me.

Não, não ouvi. Fiquei totalmente hipnotizado.

- Sim! Ouvi sim. - menti.

- Concordas? - perguntou.

- Hum... - tentei pensar no que iria dizer mas sinceramente eu não sabia o que havia de dizer.

- Esquece! - revirou os olhos.

Chegamos a casa e cada um seguiu o caminho para o seu quarto. Nenhum jantou mas também, nem o Richard nem a minha mãe perguntaram.

(...)

Eu estava no meu quarto, deitado na cama sem conseguir dormir. Fiquei horas a olhar para o teto do meu quarto e a pensar no que podia ter acontecido naquele Skate Park.
Se não fosse a Riley, o clima teria aquecido mas...

- Cameron?

A Amy abriu a porta lentamente e chamou-me inocentemente.

- Amy! - disse sentando-me na cama.

Ela veio até mim e pula para cima da cama, colocando a sua cabeça no meu peito e, em seguida, coloquei o meu braço em volta dos seus ombros.

- Posso dormir aqui?

- Nem precisas perguntar, sabes que podes fazer tudo!

The Son Of My Stepmother |C.DOnde histórias criam vida. Descubra agora