Esperança, esperança é a única coisa que me resta. Não tenho família, todos eles já morreram, minha mãe morreu dando a luz ao meu irmão Ed, ele sobreviveu até um tempo, mas roubaram ele de mim e do papai, papai tentou salva-lo mas acabou levando um tiro na cabeça e então eu fiquei sozinha... Uma menina magricela com problemas respiratórios e que não sabe nem como se dispara uma arma, sinceramente não sei como estou viva.
~Katherine~
Porque ainda não me mataram? porque estão me mantendo aqui nessa sela? Todos os dias eles vem e levam uma menina, acredito que sejam estrupadores ou algo do tipo.
Eu tenho que fugir, eu preciso para minha própria sobrevivência... mas como? Droga pare de chorar Katherine! Eu odeio chorar, chorar me deixa mais vulnerável.-Ei garota, levanta. -abro meus olhos e vejo aquele mesmo homem que levou uma menininha ontem.
- O que? -mal consigo falar pois estava dias sem beber ou comer.
-Você está surda ou o que, mandei levantar vadiazinha! -ele se aproxima de mim, me levanta pelos cabelos me fazendo gemer de dor.
-Ta me ouvindo agora? -solta uma risada nasal - vai ter mais motivos para gemer mais tarde, poupe-os agora.
-O que? por favor, não! -eu gritava me contorcendo e chorando em seus ombros fazendo de tudo para sair de perto daquele homem.
-Fique quieta vadia! -ele me joga com tudo no chão, caio de boca no chão e sinto o gosto de ferrugem do sangue atingir minha boca, então fico ali, chorando, de cara contra o chão, eu estava tão fraca e cansada que nem me dei o esforço de tentar correr.
-Você não sabe o quanto está gostosa desse jeito garotinha. -ao ouvir isso me desespero e tento inutilmente me levantar. - ei fique calma, você vai gostar...
-Por favor n-não... -sinto meus pulmões arderem e minha cabeça explodindo, meu corpo implorava por ar.
- O que foi? A princesinha está sem ar? - ele me puxa pelo pescoço e tenta tirar minha blusa.
-Se você se acha tão homem e forte porque está com uma criança nas mãos? -ouço uma voz feminina falar ao fundo do corredor, mas não consegui a ver, minha visão estava distorcida e meu corpo estava ficando mole.
-O que? Quem é você por que está aqui? -o homem pergunta se enchendo de fúria.
-Tantas perguntas... porque não solta a menina e aí conversamos? -ele encara o final do corredor ou certamente a mulher que deveria estar ali mas que eu não conseguia ver, ele me joga no chão e pega uma coisa pontiaguda da cintura, certamente uma faca.Quando tudo termina e as vozes de duas pessoas lutando acaba, sinto uma mão fria e unida tocar meu braço.
-Você está bem? -abro os olhos e me esforço para ver a mulher que acabara de salvar minha vida.
-Estou. -tento me levantar mas minha cabeça gira e minha visão turva se escurece de repente, ouço uma voz ao fundo me dizendo "tudo vai ficar bem".
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Please don't go
Random"Talvez haja alguma coisa boa no final desse inferno tenebroso e assustador... Por isso devemos tentar e não desistir." -Katherine