Melanie tinha 12 anos. Sua vida sempre se resumiu em tentar adivinhar onde estaria seu pai e em ajudar sua mãe na chapelaria. Porém sua vida muda quando começa a ver coisas.
Estava agora internada em um hospício. Porém quando sua enfermeira foi ve...
Ela acordou com o sol passando pelos buracos da cortina e batendo em seu rosto.
Com uma brisa gelada e cheiro de chá quente soprando seus cabelos.
Abriu os olhos.
Estava em um pequeno cômodo, um quarto, paredes bege e chão de madeira, mofo, coisas sem sentido espelhadas pelos cantos e uma pequena estante que sobre ela havia um espelho.
Ela olhou ao redor sem saber onde estava. Na manhã passada estava em um quarto de um ospicio e agora se encontrava em um pequeno quarto aconchegante?!
Se levantou. E caminhou até a porta, ao abri-la logo sentiu a grama em seus pes.
Caminhou observando o seu redor. A grama azul e árvores coloridas a deixaram curiosa.
Má o que lhe chamou a atenção foi uma grande mesa de Carvalho escuro cheia de aperitivos guloseimas, e chá.
Nela se sentavam uma lebre cinza, o gato roxo que vira mais de uma vez, e um homem. Ele estava de costas.
Mas ela notou lego nele, em sua cabeça estava uma cartola, a mesma que seu pai havia deixado para ela. A mesma que deveria estar com ela.
Ela se aproximou lentamente.
O gato olhou para ela.
- Chapeleiro... Ela acordou... - Falou. Fazendo o homen de virar. Ele Abriu um sorriso e fez um sinal para que ela se sentaçe.
-Olá garoto como vai? -começou.
-Eu sou uma menina- Ela retrucou
- Mas só por isso não posso chama-la de garoto? - ele questionou.
Melanie parou para pensar.
- Nao... - disse- na verdade não muda nada em mim entao faz sentido moça! - ela sorriu. A lebre cinza abriu uma gargalhada enorme.
Melanie estranhamente se sentia em casa naquele lugar, aqueles seres pareciam entender seus pensamentos sem sentidos.
- Me diga, o que Fasso aqui? Por que me trouxeram aqui? - Ela perguntou.
- Por que se o cavalo não anda é por que suas rédeas foram cortadas pela tesoura que não corta nada! - Falou o homem sorridente.
- Quer dizer que vocês precisam de ajuda por que alguém que vocês não sabem quem são esta mudando o que vocês conhecem? - Perguntou Melanie compreendendo cada palavra omitida por ele
- É! E também temos uma carta enviada pela cegonha! - Ele continuou.
- Vocês tem algo para me dizer? - Respodeu Melanie mais uma vez entendendo.
O homem ruivo com a cartola se levantou.
- Minha filha. Realmente entende- Uma lágrima escorreu pelo seu rosto.
Melanie ficou pasma.
O silêncio dominou a mesa. Ela começou a chorar incontrolavelmente. Seu pai estava frente a frente com ela.
- má o tempo é curto, feche as janelas da vizao e quando levantar do sono terá uma coisa inesperada! Sonhe, e nos versos mais de uma vez! - Ele falou.
Ela fechou os olhos e acordou no quarto do ospicio. Sobre sua cama havia uma nova cartola.. um presente de seu pai.
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