Aylena
Vou até o carro, as lágrimas estão escorrendo pelo meu rosto loucamente, de um jeito que eu não esperava. Dou partida em alta velocidade, pensando em tudo o que Nicolas disse. Não estou muito longe de casa para minha alegria já que preciso de um banho e dormir. Essa noite foi uma merda. Eu estou sempre fazendo merda desde que Zayn entrou na minha vida. Estou traindo meu namorado. Logo eu, que sempre zelei pela confiança, estou quebrando a mesma do jeito mais fútil possível.
Chego em casa, cumprimento meus pais que estão conversando sobre trabalho sentados à mesa, e subo as escadas o mais rápido possível para que eles não me perguntem "se estou bem". Tomo um banho demorado, visto uma calcinha e me jogo na cama, cobrindo meu corpo com a manta preta e branca. Durmo logo em seguida, ainda com resquício de lágrimas em minha maquiagem borrada.
(...)
Acordo com o despertador girando em meu ouvido. Levanto da cama, tomo um banho e vou me vestir. Minha cabeça está doendo e eu ainda não absorvi a minha briga com Nicolas. Nunca o vi daquele jeito; ele sempre foi tão calmo, sempre soube resolver as coisas de forma sensata, sem gritos ou qualquer coisa do tipo. Mas ontem todas essas coisas vieram à tona, e eu confesso que fiquei assustada, ainda mais quando eu sou a causa disso.
Não me dou o trabalho de passar maquiagem, só escovo o cabelo e jogo o mesmo para o lado. Desço as escadas em seguida. Minha mãe está tomando café na mesa da cozinha - o que é novidade já que ela sempre quer comer na enorme mesa da sala de jantar.
- Como foi o trabalho ontem? Você parecia cansada. - ela diz, me assustando.
- Ah, foi bem cansativo mesmo. Depois que fechou eu ainda tive que resolver uns problemas fora. - minto. Bom, não é cem porcento mentira.
Ela balança a cabeça em concordância e me convida para sentar com a mesma, mas eu nego, pegando uma maçã e saindo de casa. Dou graças a Deus por não haver trabalho hoje.
O caminho até a faculdade é tranquilo e me pergunto se estou atrasada ou algo assim, mas quando checo o horário no painel do carro, vejo que estou na hora certa.
Faço de tudo para encontrar Charlie antes da primeira aula começar, mas não encontro o garoto em lugar nenhum e decido ir logo para a sala de aula. Sinto falta do meu melhor amigo, e eu gostaria de te-lo comigo agora. Preciso de seu abraço, e seus conselhos politicamente corretos, e embora eu já saiba o que ele vai dizer, eu ainda assim quero ouvi-lo.
Eu torci muito para o relacionamento dele com Shei dar certo, mas confesso que estou me sentindo excluída pelos dois.
As aulas tão divagar que cada vez que olho para o relógio, parece que os ponteiros estão parados. Quando o sinal do intervalo toca, saio da sala o mais rápido que consigo. Preciso encontrar Charlie, e assim que vejo o garoto em seu armário, corro até o mesmo é o abraço do mesmo instante. Ele sorri e retribui o abraço, me sufocando como sempre, mas eu não importo.
- Você tá horrível - ele diz assim que me solta.
- Eu sei. Não dormi direito. - digo - Preciso do meu melhor amigo de volta.
Ele sorri e beija minha testa. O garoto segura minha mão e me leva até o lado de fora do prédio, estamos indo sentar num dos bancos velhos dos fundos da quadra de futebol.
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Code of Honour • Z.M
FanfictionA Herdeira de quase toda a Nova York... O Príncipe do tráfico... Duas pessoas de dois mundos completamente diferentes. Bem... Costumam dizer que os opostos se atraem.