Entre Princesas

Por que Caio?

Alice

Aí... não lembro do que aconteceu, só do Caio me levando para um lugar um pouco afastado e puff... escuridão. Olhando direito... não sei onde estou. Olho por toda parte para ver se encontro algo familiar, mas é em vão.

- Acordou Ali?

- Onde estou Caio?

- Bem... você não conhece.

- Isso eu já percebi, se eu conhecesse não teria lhe perguntado...

- Calma...

Quando me movimento para sair da cadeira onde estou sentada, sinto que meus braços estão amarrados para trás e meus pés juntos com as pernas da cadeira.

- Caio... O. Que. É. Isso. - falo quase gritando e pausadamente - Se isso for uma brincadeira é melhor parar, porque é sem graça.

- Não queria que fosse assim linda - ele fala a última palavra acariciando meu rosto.

- O que você quer?

- Que você fique.

- Quê?

- Não quero que você vá para o castelo.

- ...

- Não quero te perder.

Ele tenta me beijar, mas viro o rosto.

- Não complique as coisas. Sempre tivemos tantos planos para os nossos futuros.

- É... mas olhando agora não sei se escolhi a pessoa certa para compartilha-los.

- Como assim?

- Você me ama?

- Sim... mais que tudo, mais até que minha própria vida.

- Pois me solte e me leve embora...

- Isso não...

- Isso não é amor Caio... isso... isso... é uma doença.

- Nunca mais repita isso...

- Repito... ISSO É UMA DOENÇA!!

Sinto apenas uma forte dor no lado direito do meu rosto.

- Haaaaaaaaaaa!!!

- Desculpa... eu... eu... eu não queria fazer isso, eu juro.

- MAS FEZ! ME LEVA EMBORA A.GO.RA!

- Já disse que não posso...

- Por favor... pelo amor que você sente por mim. Me deixa ir...

- Desculpa...

Ele sai me deixando só com os meus pensamentos. Como ele pôde... logo ele, a pessoa que eu mais confiava... a pessoa que eu amava...

******************

Alguns minutos depois escuto a porta ser aberta e ele entrar com um prato na mão, me lembrei que tinha jantado só um pouco e depois não tinha comido mais nada. Estava morrendo de fome.

- Trouxe para você.

- Não quero.

- Vai morrer de fome?

- E se eu morrer?

- Seria uma pena... todos sentiriam muito a sua falta... principalmente eu.

- Pouco me importa. Não vou comer...

- Não seja teimosa... vamos coma... - quando abro a boca para falar ele enfia uma colher cheia, quase engasgo. Quero muito comer mas não posso, tenho que ser firme. Olho nos olhos dele e cuspo toda a comida em sua cara - VOCÊ ESTÁ LOUCA?

- LOUCA DE ÓDIO DE VOCÊ!

Sinto a dor de novo, nos mesmo canto, só que desta vez grito mais alto.

- HAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!

- Vai ficar sem comer para aprender. Não queria que fosse assim, mas você não me dá outra escolha...

Ele sai me deixando sozinha novamente, só que tenho a senssação que ela não volta mais hoje.
Meu Deus! Estou surpresa e assustada... ele nunca nem levantou o tom de voz para mim, e me dá duas tapas. Quero que alguém venha me ajudar o mais rápido possível. Tomará que onde estamos não seja muito longe da minha vila...