✖️ Eu vou segurar sua mão . part one

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Nos primeiros minutos, quando entrou no carro em silêncio e viu Aiden começar a dirigir, ainda ficou meio em choque com as lembranças que foram obrigadas a voltar. Mas logo depois desse primeiro momento, suas lágrimas cessaram e ele pode voltar a pensar de novo. ­

- Cadê a Louise? -­ foi a primeira coisa que perguntou, ao ver que ambos estavam sozinhos. ­

- Não sei. -­ deu de ombros. -­ Deve estar na casa dela se remoendo sem o celular.

-­ Então você... Você não a sequestrou?

-­ Por que eu perderia meu tempo fazendo isso? ­- deu risada. -­ Depois que você me mandou embora, eu fui para a praça, me sentir ainda mais sozinho e ficar chorando e pensando sobre você. Eu não sabia se deveria desistir ou não, eu não posso desistir tão fácil. Todas as outras ordens de afastamento que levei nunca doeram tanto quanto essa. Porque eu o amo de verdade. E então... Na praça, eu vi a sua amiguinha no meio de alguns amigos. Havia um cara em cima dela, insistindo para que ela ficasse com ele. Sabe, ele não era grosso e nem a tocava, mas ficava insistindo muito, e ela só dizia "Eu namoro. Eu namoro." Fiquei com pena dela. Há apenas algumas horas atrás o namorado dela havia acabado de beijar um homem bem na sua frente, e ela estava lá, fiel. Bem idiota. Mas apesar de ela ter me reconhecido quando a ajudei com aquele incomodo que ficava enchendo o saco dela, ela me agradeceu e eu roubei seu celular. Fiquei em dúvida se você se importava tanto com ela assim, mas foi só usar a palavra "estupro" que você ficou desesperado. Aposto que deseja esse tipo de coisa nem para os seus inimigos, não é?

Louis se xingou, mas o outro tinha razão, havia ficado desesperado por Louise. Não havia nem conseguido pensar direito só de imaginar alguém que gostava sendo abusado do modo que ele foi.

-­ Como, Aiden? Como você sabe sobre isso?

-­ Na noite que eu te droguei... Você contou isso também, contou até os detalhes. Contou o quanto isso era um trauma que ficaria sempre marcado em si e como vivia com medo de andar pelas ruas a noite. -­ suspirou. -­ Eu gostei daquele dia, não só por termos feito amor pela primeira vez. Fiquei sabendo de seus medos, dos seus traumas, dos seus segredos. Me senti mais próximo de você. ­

- Como tem coragem de usar todas essas coisas contra mim? Até o meu pior pesadelo. Você é cruel.

-­ Porque nesses momentos, não adianta em nada ser justo. Tem que jogar com o que você tem, eu tinha o segredo do Harry, eu tinha o seu trauma. Eu apenas os usei. Apenas pensei... Pensei que seria bom te deixar fraco e frágil, sensível, para eu poder cuidar de você. ­

- Eu não sou fraco, nem frágil e muito menos sensível. -­ revidou.

-­ Isso que eu estou falando. Odeio esse Louis. -­ disse, reforçando as palavras. -­ Há quase um ano atrás, quando te vi pela primeira vez, com esse seu sorriso tão fofo e com o seu rosto tão delicado... ­

- Quase um ano? ­- exaltou­-se, assustado. -­ Você é um stalker também? -­ suspirou, virando o rosto para frente. -­ Por que não estou surpreso com isso?

-­ Eu me apaixonei por você desde a primeira vez que o vi. Então eu o seguia, desde o café, até seu trabalho, até sua casa. Observei sua rotina, seus amigos. Eu fiz a minha imagem de você, pensei que seria o tipo de garoto que me chamaria de amor e me faria expressões fofas dizendo que me ama. Pensei que era uma pessoa fraca, frágil e sensível. Como uma garota. ­

- Ah. ­- sorriu. -­ Então eu te decepcionei?

-­ Sim. Forte e orgulhoso demais. Quebrou toda a imagem que eu tinha criado de você, certo momento até me arrependi de ter criado coragem de pedir pra sair com você. Mas eu já estava apaixonado, era impossível. Meu coração já era seu.

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⏰ Última atualização: Jul 08, 2016 ⏰

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