Tender Love

✖️ Lentamente pegando fogo

N/A: Pra ficar claro: o tempo se avançou, passou uns três anos e meio, por ai. Liam já voltou a enxergar

Já havia passado muito tempo da hora do café da manhã, mas mesmo assim Louis sentará-se à mesa pra comer um pedaço de pão e beber uma xícara de chá. Ia dormir tarde todos os dias, então acordava tarde também. Era sua rotina há muito tempo.

Estava bisbilhotando no notebook de Harry, lendo de novo o livro que o amigo estava escrevendo. Não tinha como evitar sua curiosidade, e ficava empolgado em saber que estava lendo antes mesmo de ser lançado e até editado.

Já fazia mais de três anos que o maior estava naquele livro, era a primeira vez que escreveria uma trilogia, mas Louis percebeu que ele não atualizava a escrita há algumas semanas.

—­ O que ele anda fazendo? — murmurou sozinho. — Ele é lerdo demais.

O pequeno reclamou por querer ler a continuação e levou a xícara até a boca para mais um gole. Quando sentiu o líquido quente descendo pela garganta, viu uma figura pequena e desconhecida aparecer pelo corredor.

Uma garota meio descabelada e toda frágil apareceu, deu um passo para trás assustada quando viu o garoto ali. "Já sei o que ele anda fazendo." Pensou, quase rindo.

— Olá, moça. — sorriu simpático. — Quer um café?

Ela negou com a cabeça, se encolhendo de vergonha.

— Não precisa ter vergonha, se sinta em casa. Harry ainda está dormindo?

— Eu... — ela se aproximou, tentando arrumar o cabelo. — Eu não me lembro do que aconteceu ontem à noite, não sei por que acordei aqui exatamente. Ele disse que me ajudou, mas eu... ­

— Você não foi a primeira a não se lembrar. — suspirou. — Não se preocupe, se ele diz que te ajudou, é porque te ajudou... Seja lá no que for.

— Eu nunca tinha bebido antes, acho que exagerei um pouquinho.

— Quantos anos você tem? — franziu o cenho.

— Fiz dezenove, semana passada.

— Ah. — sorriu, voltando a pegar sua bebida. — Então... Quer um café?

— Ela não quer nada. — Harry apareceu atrás da menina, a puxando até a porta do apartamento. — Vou levá-la até lá embaixo e pagar um táxi. — A garota assentiu e os dois saíram pela porta.

Louis deu risada, voltando para o seu pão e continuando a explorar o computador do alto. Alguns minutos depois, o próprio voltou, entrando no apartamento com um suspiro arrastado. Sentou-­se à mesa e roubou o pedaço de pão que o menor tinha na mão, começando a comer.

— Não parece que teve uma boa noite ontem. — Louis sorriu, o encarando. ­

— Ela estava tão bêbada que vomitou no chão do meu quarto e depois apagou na minha cama.

Louis riu alto. —­ Não se deve aproveitar de garotinhas. ­

— Não me aproveitei, ela estava sóbria quando me aproximei, bebeu dois copos de alguma coisa e simplesmente perdeu os sentidos. Eu não tive sorte.

— Você foi grosseiro.

— Eu ando irritado.

— Deste quando você pega garotinhas de dezenove anos, Styles? Olhe pra você, está quase chegando à casa dos trinta.

— Eu não tenho trinta ainda. Faltam dois anos.

— Um ano, você faz vinte e nove esse ano.