Capítulo 2

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Acordei deitado em uma espécie de cama, o quarto era totalmente branco e a luz doia em meus olhos, ao abri-los melhor, eu pude ver que duas pessoas jogavam a luz de uma lanterna sobre meus olhos, será que elas não sabem que isso doi? Decidi dizer a eles que aquilo doía, abri minha boca para falar,mas....nada, eu não estava conseguindo falar nada, eu queria falar, mas não conseguia, será que de algum modo fiquei mudo?, aquele pensamento me inquietou bastante, quando os homens finalmemte desligaram a lanterna e saíram do quarto, soltei um ruído que era pra ter sido a palavra "socorro" , eu olhava desconfiado pelo quarto, eu ví uma câmera, tentei chamar sua atenção, e consegui, mas não teve o resultado desejado, um dos homens voltou ao quarto com uma seringa, começei a me debater por causa do tamanho da agulha, mais dois homens entraram no quarto e me seguraram pelos braços, não tinha jeito, eram consideravelmente mais fortes que eu, eu senti uma dor fraca e minha vista começou a escurecer...

-hã?, Aaaah!!- acordei sobressaltado, mas feliz ao perceber que minha voz havia voltado, agora eu me encontrava em um quarto não muito grande, de paredes cinzentas, uma cama, um guarda roupa e uma televisão,além de um criado mudo do lado da cama,  um ar condicionado, uma estante e uma porta levando a um banheiro, estranhamente eu não lembrava-me de nada, o ar condicionado estava no máximo, e eu estava congelando, as luzes estavam apagadas e não havia janelas, me aproximei da porta na hora em que a mesma foi aberta, recuei ao ver a mulher com um uniforme que eu julgava ser familiar, mas ela parecia tão genuinamente gentil que relaxei um pouco

-mandaram isso pra você, tudo passou na vistoria, não se preocupe tsuki, está tudo bem agora- a mulher me ajudou a levar as caixas para dentro, junto com as duas grandes malas brancas-arrume tudo, quando terminar, pode ligar para nós dali- a mulher apontou para um telefone branco e prata que ficava em cima do criado mudo, me pergunto como eu ainda não havia o notado, posso ligar para meus pais dali, afinal, eu tenho pais, não é? Quero perguntar o por que de eu estar aqui

Quando a mulher saiu do quarto, corri para o telefone e me toquei, eu não me lembro do número de meus pais,sequer me lembro deles, além do mais, no telefone havia um único grande botão que dizia "recepção 34", já sem esperanças, decidi arrumar as coisas que se encontravam ali, abri a primeira mala e encontrei várias peças de roupa, as guardei de qualquer jeito no guarda roupa, em uma caixa encontrei diversos livros e uma grande quantidade de mangás, guardei todos e depois de um longo tempo arrumando, decidi que se eu não quisesse me transformar em um sorvete humano, eu deveria arrumar um modo de me aquecer.

Quase dou um pulo quando liguei a água quente, consegui ajusta-la depois de um tempo e logo senti-me bem, parecia que eu não me lavava há séculos, minhas articulações doíam, saí do chuveiro as pressas e coloquei uma roupa qualquer que me deixasse quente, um moletom com capuz cinza e calça jeans, apertei o botão e logo dois homens com o mesmo uniforme da mulher que trouxe as coisas mais cedo apareceram, colocaram uma espécie de bracelete prata no meu braço esquerdo e me disseram"pode sair por ai", me entregaram uma chave prata e com a mesma eu tranquei o quarto, percebi que, fora meu quarto, havia um corredor extenso a minha esquerda, meu quarto era o último do corredor, entrei no elevador e apertei no número 10,  logo o elevador começou a deslocar-se do décimo terceiro(e último) andar, para o dez, no décimo andar fazia eu me lembrar de uma grande praça, árvores, flores, bancos e e uma fonte de água, além de alguns jovens(com minha idade, ou mais velhos) andando por lá, eu não conhecia ninguém, então simolesmente fiquei olhando tudo com bastante atenção,quando finalmente me entediei, voltei para o quarto e me joguei na cama lendo um livro.

Acordei no outro dia porque a mulher que me ajudou no dia anterior estava me chamando

-hora de ir pra escola- disse a mulher que eu ainda não sabia o nome

-hã?, aqui tem uma escola?-perguntei confuso

-tem sim, escolha uma roupa e vá para o primeiro andar- ela se dirigiu até a porta mas eu a chamei

-qual seu nome?- ela me olhou gentilmente e disse

-é martha- com isso a porta se fecha, me deixando sozinho de novo

Tomo um banho rápido e coloco uma jeans, uma camiseta preta e um moletom com capuz cinza por cima, agora eu já entendia mais ou menos como era a estrutura da ADMM, que era o nome do lugar, também descobri que era muito maior do que eu pensava, os andares 13,12,11 e 9, são repletos de dormitórios, o 10 é um jardim, 7 e 8 funcionam como um tipo de shopping, 5 e 6 são grandes salas onde os jovens se reúnem, não temos permissão para parar no andar 4, o 3 andar é uma área hospitalar, o segundo é um grande salão de festas, e o primeiro é a recepção, fora isso, a ADMM possui uma grande piscina e sala de jogos fora do grande prédio branco e uma outra construção pouco distante da em que ficamos, que deve ser a escola, além de uma área que não podemos vizitar que fica atrás do prédio primcipal, fora isso, tudo é cercado com muros altos e fortes, o lugar não é tão ruim, mas o fato de eu não conseguir me lembrar de nada me assusta, os médicos dizem que é passageiro, e eu quero poder acreditar nisso, mal posso esperar para meus pais virem me buscar, afinal, os médicos disseram que eles me amam, e que apenas estão tirando férias

















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