CAPÍTULO 11

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Expulsos de casa

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Expulsos de casa.

Isso mesmo, assim que o salão particular chegou as meninas nos expulsaram. Daniel e eu não tínhamos muito o que fazer para a pré festa fora tomar banho e vestir roupa.

Por isso, parados na calçada em frente a casa da Bia me viro para Daniel.

-- Quer ir lá em casa jogar um pouco? -- pergunto.

Casa.

-- Cara, com certeza.

Daniel só teve chance de pegar suas coisas para se arrumar para a festa antes de sermos expulsos. Aparentemente vamos nos encontrar com as meninas lá. A curiosidade já me consumia enquanto pensava como Bia, que já era a imagem da perfeição ao meu ver com seus lindos cabelos escuros e lábios fartos, poderia ficar mais linda essa noite.

Chegando em casa noto como Daniel já se sente totalmente a vontade ali, mas como não se sentiria? De acordo com Rhay eles se conhecem desde sempre. Enquanto eu me sentia um estranho ali. 

Meu pai e Clary me receberam muito bem, em nenhum momento fui destratado. Mas, mesmo assim....

-- Daniel -- meu pai o cumprimenta de longe vindo do corredor -- Meu genro favorito.
-- Espero que seja o seu único genro -- Daniel brinca de volta o que faz meu pai rir.

Eles tinham uma relação extremamente amigável. Sinto uma pontada de ciúmes. Eu queria aquilo, mas a verdade é que a única pessoa que ainda empacava isso era eu mesmo.

Desde que vim para cá tenho a sensação que devo algo ao meu pai. O que, eu não sei. Afinal, nossa relação sempre foi complicada. Ou melhor, nem existia uma relação antes. Culpa da minha mãe.

Eu não sabia da existência do Calore, minha mãe me disse que meu pai morreu antes mesmo que eu tivesse nascido. O dinheiro -- que eu soube recentemente que deveria receber todos os meses -- ela usou para alimentar seus vícios e seus relacionamentos. Sempre um pior que o outro.

E então quando eu me tornei um fardo grande demais para ela e seu novo amante, ela me descartou. Me deletou.

Simples assim. Aquilo doeu de uma forma que me surpreendeu mais do que deveria.

Gostava de pensar que era o herói dela. Achava que ela realmente precisava de mim, como me disse diversas vezes. Mas aparentemente era mentira. A minha vida inteira com ela foi uma mentira.

Quantas vezes fui parar no hospital apenas por defende-la de seus namorados idiotas? Quantas costelas quebradas, maxilares trincados e olhos roxos já tive por ela? Quantas mentiras tive que contar em todas as vezes que ia para o pronto socorro? Apenas para que o conselho tutelar não me levasse. Nunca me dei conta que ela mesma nem sequer abria a boca para dizer nada quando eles apareciam para perguntar o que aconteceu, aparentemente o único motivo para que eu não fosse parar em um orfanato foi o dinheiro que ela recebia.

NA MELODIA DO CORAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora