Capitulo 4

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Isso não podia estar acontecendo maldita seja a hora que resolvi não seguir o conselho de Pedro, eles me sequestraram baseados em uma história ?! E como se não bastasse isso eles querem me matar ou melhor matar onze pessoas baseado em um conto infantil. Agora faz sentido o "ela é a última das doze" dissera Nicolas, minha cabeça latejava como nunca antes ao ponto de fazer sumir a dor no joelho e nas costelas, aquela conversa tinha me enjoado, aquela sala luxuosa já não me encantava como antes, Cecília mexia em uma cesta de remédios não vista anteriormente por mim como se nada tivesse acontecido ali diante de seus olhos como se suas palavras não a afetassem ou pior se realmente não afetasse.

- Isso é loucura - digo elevando minha voz - eu não vou participar de uma loucura dessas   - exclamei com raiva, " formando um casal" " levadas aos Deuses" fora o que Cecília disse - O que acontece com as outras onze supondo que o que acabara de me contar seja verdade? - perguntei com medo da resposta.

- Senhora não deve se preocupar com isso agora - responde ela com desespero tentando mudar de assunto ou até se recriminando por tem dito algo que claramente não devia  - você tem que descansar amanhã será um dia agitado.

Diante de sua ponderação ao me responder uma raiva interior sobe pelo meu corpo me fazendo fechar os olhos com força e quando os abro arremesso o primeiro objeto que vejo pela frente na parede o estilhaçando em mil pedaços na parede oposta à lareira.

- RESPONDA ME - gritei mesmo sabendo a resposta para aquela pergunta lágrimas desceram por meu rosto sem permissão.

- Não chore - pediu ela rapidamente - Senhora não chore não iremos aguentar tamanha fúria - argumentou ela olhando para os lados.

- Fúria é isso pensa? - perguntei devolvendo uma risada sem humor - O que estou sentindo é raiva, raiva por não dar ouvidos a pessoa que mais amo, raiva por seguir uma desconhecida imaginaria até um museu velho, raiva por ter sido sequestrada, raiva por ser tratada como um objeto que pode ser carregado ou entregado a mercê da sorte devido a um conto e mais ainda raiva de mim mesma e isso Cecília é sem duvida a pior delas.

- Senhora acalma se, eu não devia ter lhe contado - ela proferiu de olhos fechados - Por favor acalme se, eu não devia ter feito o que fiz posso ser punida por isso - Pediu a senhora com idade mais avançada e por alguns momentos senti pena, eu não tinha o direito de culpa la quando na verdade fui eu quem foi atrás de Luna.

Seus olhos suplicaram e me compadeci ao seu pedido ela foi a única a me dizer a verdade naquele lugar, me ajudou, não tinha o direito de prejudicá-la ou usá-la com alvo para minha raiva.

- Se é para me matar por que ainda não o fizeram? - perguntei curiosa - Querer se divertir primeiro ou será uma execução em praça pública?- perguntei com divertimento na voz, ao sorrir uma pontada de dor foi sentida em minhas costelas - Sabe já li livros sobre ritos antigos - comentei lembrando das horas que passei pesquisando coisas da idade média quando foi pedido um trabalho na escola e como aquilo me fascinou - Como a vida nos prega peças eu que sempre gostei de culturas diversas agora sou parte duma - digo causando espanto em Cecília que me olhava assustada.

- É por isso que eu não deveria ter contado nada olha seu estado senhora - ela se repreende em uma língua estranha e continua com seu discurso - O guardião saberia como fazer isso, como controlar a situação, eu sei que é difícil mas tente tirar o melhor da situação você pode ser a escolhida, você tem um Dom dos Deuses - ela me lança um sorriso.

- Escolhida, um Dom? Desculpe mas não consigo ver um lado positivo em ser morta e sinceramente eu preferia não ter esse Dom ou melhor não queria que pensassem que tenho pois caso contrário eu estaria em casa e segura - aquela dor de cabeça piorava a cada momento, era latejante e incomoda - Preciso de ar - afirmei me apoiando em uma mesa, eu sentia uma presença agradável, mais que isso meu corpo implorava para que eu a seguisse - O que você fez comigo ?

HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora