Que tenhas o teu corpo

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Apagou-me de sua memória,

Rasgou, destroçou os sentimentos e os jogou fora.

Esses foram seus crimes inafiançáveis.

Culpado!

No final, ambos fomos condenados por não amar o suficiente...

Prisão perpétua aos nossos corpos traidores que insistem em ceder um ao outro sempre que o outro vem.

Culpada!

Crime hediondo ao seu jeito incomum de com um simples olhar, despir-me e depois acender almas antes apagadas.

Culpado!

Somos vítimas e réus

Presa e predador

Somos a insistência desse tolo coração que insiste em dar saltos enormes cada vez que nossos olhos se cruzam em uma esquina que outrora já fora florida.

Mas não somos mais os mesmos de ontem,

Hoje praticamente estranhos,

Amanhã apenas uma lembrança sem importância

Até um dia se tornar nada...

Cada um em seu devido lugar,

Mas por que a menção de seu irritante nome ainda deixa a minha respiração irregular?

Condenem-me sem direito a defesa alguma,

Nunca pensei que fosse crime amar demais.

Sem mais protestos.

Culpada!

Penso, logo poetizoWhere stories live. Discover now