Capítulo 1 - De volta à cidade natal

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Digital Influencer: Pessoa comum que se transforma em uma celebridade dentro e fora da web ao se destacar nas mídias sociais. Tem um grande número de seguidores e/ou fãs que se inspiram com o conteúdo que é compartilhado por ela.

Desde os seus 19 anos, Sakura se dedica ao mundo da moda. Durante os anos de faculdade, ela teve oportunidade de estagiar em revistas poderosas como a Vogue e a Elle. Quando criou sua própria marca de roupas – chamada La Haruno - junto com um site onde a divulgava constantemente acabou ganhando um número grandioso de fãs que amavam seus produtos. A medida que o tempo foi passando, a estudante de moda se formou ao mesmo tempo em que se tornou uma fashionista seguida por uma multidão, que também seguia suas dicas como uma espécie de ordem.

Se Sakura vestia candy colors, no dia seguinte várias garotas adotavam o mesmo visual. Se o cabelo ficava reto e liso, ondulado ou ganhava uma franja despojada, era motivo para que suas seguidoras corressem para o primeiro salão que vissem e copiassem o visual sem medo. Sakura Haruno era universal e, ao mesmo tempo, única. A personalidade forte misturada ao um ar doce fazia a garota sensação da indústria da moda ser referência em qualquer coisa que fizesse.

Aos 30 anos, Sakura já era dona de uma fortuna que crescia a cada dia. Apesar da residência fixa em Nova York, a mulher se considerava cidadã do mundo. Cada mês estava em um lugar diferente fosse para acompanhar uma semana de moda ou lançar um editorial. No último mês, a digital influencer acabara de lançar seu primeiro livro que se chama La Haruno – o prazer de criar moda. Sua obra era mais do que uma simples biografia de seu sucesso, construído nos últimos doze anos.

O seu livro estava ali para mostrar para o seu público que a moda poderia ser criada e, acima de tudo, reinventada. Sakura indicava que existia uma linha muito tênue que separava o old do new e que fazia parte do trabalho da digital influencer sugerir o que deveria ser tendência, pois a moda era algo que ia e voltava sem uma ordem cronológica concreta. Por exemplo, os anos 90 já tinham retornado tantas vezes, não é mesmo?

Com o sucesso de venda nas principais capitais do mundo, fazia parte da segunda fase da divulgação do livro ir nas cidades menores para participar de sessões de autógrafos com os fãs. Assim, Shizune, a assessora de imprensa de Sakura, marcou para que, no segundo mês do big plano de marketing que montaram, a blogueira e agora também escritora visitasse sua cidade natal Konoha, na qual ela não pisava há dez anos.

— Você não devia ter marcado nada nesse lugar! – Rosnou Sakura.

— Ah, Sakura! Faz muito tempo que você não visita Konoha! Seus fãs de lá querem muito te ver! Fizemos uma pesquisa e você é muito querida por lá, afinal todo mundo sabe que você nasceu nessa cidade! Não custa nada passar uma semaninha lá para divulgar o livro! – Disse Shizune com sua agenda na mão.

— Ok! Uma semana e só!

— Que ótimo! – Sorriu.

— Quais serão meus compromissos e quando eu embarco?

— Em duas semanas você embarca. Bem, assim que chegarmos vamos para o hotel e, em seguida, terá uma coletiva imprensa. O restante do dia é de folga. No segundo dia, você fará um ensaio para uma revista local e em seguida vai gravar participação para dois programas de TV. No terceiro dia, é o dia da sessão de autógrafos na livraria. Marcamos para às 10h da manhã e deve tomar o seu dia todo. No quarto dia, você vai almoçar com a ganhadora de uma promoção de uma revista adolescente. No quinto dia, você vai ter folga para curtir um pouco da cidade, se bem que isso deve virar conteúdo pro blog. No sexto, você dará uma palestra e no sétimo voltamos para Nova York.

— Bem, estar ocupada todos os dias é o de menos. – Falou Sakura pensativa.

— O que tanto te perturba em ir à Konoha?

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