Capítulo 4 - O reencontro

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Sasuke estava nervoso. Quando deu de cara com Sakura, sua expressão de raiva e dor não amenizou. Quem ela pensava que era para falar com ele naquele tom petulante? Pelo que ele sabia, eles tinham um trato, o qual ela estava descumprindo descaradamente. Sasuke engoliu seco para dirigir a palavra àquela mulher. Sentia ódio dela, ódio por tudo que ela causou.

— Você deveria ter ficado longe de minha filha, Sakura! – Rosnou impaciente, enfatizando o pronome possessivo.

— Ela que veio me procurar! Não tenho culpa. – Apressou-se.

— Você sabia que ela mentiu pra mim por sua causa? – Acusou Sasuke.

— Ela e Izumi mencionaram isso, mas pelo visto te contaram a verdade. – Disse seriamente observando o homem cheio de ódio que ele havia se tornado. Ainda muito parecido com o adolescente mimado e egoísta que Sakura conhecera um dia.

— Ela chegou em casa chorando e me acusando de ser o vilão da história, que a separa da super-heroína Sakura Haruno que veio lhe salvar das garras da família Uchiha. – Falou num tom irônico.

— Ela gosta de mim. Só quer me ver. – Falou tranquilamente.

— Você sabe que não pode chegar perto dela, por que se atreve? – Sasuke a confrontou.

— Porque eu sou a mãe dela! – Disse quase gritando, desesperada para que ele entendesse pelo que ela estava passando naquele momento.

— Não ouse se chamar de mãe! Você não é mãe dela! Foi Karin que a criou! – Rosnou enfurecido.

— Eu não pude criá-la por causa da sua família maldita, Sasuke! Só de pensar que você apoiou todas as atrocidades que eles fizeram comigo me dá nojo olhar o seu rosto! – Uma máscara de mágoa cobria o rosto de Sakura e Sasuke parecia não entender sobre o que ela estava falando.

— Minha família salvou a Sarada das garras dos seus pais, Sakura! Pensa que meu pai não me contou sobre você quase ter ido abortar? Do desejo de dar Sarada para a adoção? Eu sei de tudo! – Falou com desprezo.

Sakura estava triste. Sabia que um dia esse confronto aconteceria, mas o momento a pegou de surpresa. Principalmente, porque sua versão da história era bastante diferente da que o Uchiha parecia acostumado a contar.

— Eu nunca quis abortar a Sarada nem dá-la para ninguém! Meus pais queriam que eu fizesse, mas eu nunca deixaria! Eu estava disposta a enfrentar tudo por ela, mas aí seu pai se meteu na história e no dia do parto ele, junto com meus pais, pegaram Sarada de mim e registraram a garota como sua filha com a Karin. Quando eu fiquei sabendo, após o parto, eu nem pude ver a minha filha! – Disse transtornada.

— Quantas mentiras! Meu pai nunca roubaria a menina! Eu e Karin registramos Sarada porque você e sua família não a queriam! – Rebateu o Uchiha.

— HELLO, SASUKE! SEU PAI É DONO DAQUELA MERDA DE HOSPITAL! ESTAVA TUDO PRONTO PARA QUE SARADA FOSSE LEVADA DE MIM ASSIM QUE NASCESSE!

— MENTIROSA!

— VOCÊ É UM BURRO QUE NÃO VÊ A VERDADE! – Gritou.

— Qual é a sua verdade, Sakura? – Disse Sasuke parando de gritar, tentando controlar o seu ódio.

— A verdade é que seu amado papai comprou Sarada dos meus pais! Eles fizeram um acordo para que meus pais vendessem a menina em meu nome logo após o nascimento. Eu não sabia de nada. Achava que eu ia poder criá-la. No entanto, no dia seguinte ao parto seu pai veio me visitar e disse que Sarada já estava com a verdadeira mãe. Você sabe como eu me senti? Eu não podia ir nem na polícia reclamar porque o seu pai tinha um contrato com uma assinatura minha, que os meus pais roubaram! Eles roubaram a minha assinatura para que eu não pudesse me opor ao trato que eles fizeram! No fim, seu pai me ameaçou! Disse que depois de chamar a polícia para me prender como golpista, ele iria provar a justiça que eu não tinha condições de criar a menina e pegá-la de qualquer jeito. Seu amado papai virou pra mim e disse para eu me sentir feliz porque ia dar uma família de verdade àquela criança, que ela não ia passar necessidade comigo, porque ele sabia que os meus pais iam me largar na sarjeta depois do parto se eu ficasse com a menina! – Sakura despejou tudo que tinha acontecido e que, para ela, Sasuke fingia que não sabia.

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