Capítulo 1.

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Existe uma linha tênue entre a dor e o medo, a dor vem daquilo que é físico provavelmente da sensação desagradável aonde as terminações de seu corpo joga para o cérebro o desconforto e intensidade, o medo é o estado emocional, junto dele vem ansie...

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Existe uma linha tênue entre a dor e o medo, a dor vem daquilo que é físico provavelmente da sensação desagradável aonde as terminações de seu corpo joga para o cérebro o desconforto e intensidade, o medo é o estado emocional, junto dele vem ansiedade, o receio é quase tocante é como se você pudesse sentir sobre sua pele. Quando essas duas linha se juntam a dor fisica se torna uma constante, mas o medo irracional se torna um pesadelo.

Tudo bem, não estar bem é comum que na sua vida haja uma constante onda de sentimentos, entre medo,raiva, dor e até saudade, nós somos feitos de carne, osso e sangue o que nos diferencia dos outros são os sentimentos compostos em nós mesmo, as vezes é dificil sentir demais ninguém nunca disse que seria fácil a dor emocional é que nos faz quebrar é de enlouquecer.

Eu não tive uma infância muito boa, meu pais eram horríveis e ser humano pior ainda, eu digo o que batia em seus peitos não era coração, mesmo que o coração não seja a parte racional do corpo, mas aprendemos que o amor em seu significado vem de um órgão qual o corpo usa para bombear sangue o que é triste já que meus pais eram frios igual gelo e o que corria em suas veias era cocaína e heroína, viciados tristemente iriam viver pouco o pior de tudo era que o sentimento de alívio só em imaginar tomava conta de mim quase todos os dias.

Mas como eu ouvi muito dizer que vazo ruim não quebra eu tive que tomar partido de minha própria vida, saí de casa assim que completei dezoito, não tinha muito que levar além da minha roupa do corpo e a minha vontade de ser melhor que eles, eu não queria ter aquela vida, eu não queria ter que acordar todo dia e saber se o amanhã seria igual novamente, eu não queria abrir a porta do meu quarto e ver minha mãe tão drogada a ponto de vender seu corpo por um pouco de coca, eu queria mais, queria ir para faculdade, encontrar algo bom para mim, algo do qual eu me orgulhe, algo que poderia me tiarar da escuridão que vivi dentro de mim.

Tive meus altos e baixos,eu era nova demais para enfrentar o mundo sozinha, esse mundo enorme e assustador, quando eu consegui meu primeiro trabalho eu fiquei feliz com as pequenas conquistas da minha vida, claro que eu ainda não poderia fazer uma faculdade, mas isso me dava esperanças para um futuro melhor, mesmo que eu ainda sofra com a dor mental da qual eu passei e que nunca em toda a minha vida eu vou esquecer, os pesadelos constantes, os ataques de pânico a ansiedade eu acho que eu sempre vou carregar comigo como um maldito lembrete que eu nunca poderei me livrar ou até mesmo esquecer.

A música tem sido o único divisor em minha vida, era como deixar um pouco minha escuridão e sentir o gosto da libertade sobre a ponta de meus dedos, acho que a voz foi a unica coisa  boa que herdei da minha mãe, quando ela não estava chapada demais para lembrar do nome eu a ouvia cantar e era como sussurro ao vento, era tão bom e caloroso que aprendi  a amar a música como um refúgio e um conforto, eu amava mais quando eu via o que eu poderia fazer com as pessoas  com o som de minha voz, mesmo que seja através da minha dor, a música para mim é como a paz é através dela que ainda sei que estou viva, no momento que eu pensei na morte eu sabia que no final haveria dor, dói saber que nunca vou ser inteira e que uma parte da minha alma sempre vai estar rachada assim como o meu coração.

Scarlet TearsOnde histórias criam vida. Descubra agora