A revolta do filho do submundo.

Três: O cachorro do submundo.

Então se foi o sátiro, eu estava me acalmando, após a luta sentei em uma rocha e vi que meus pulos ajudaram, eu adiantei metade do caminho, o castelo ainda estava longe, mas era melhor do que nada. Mais atrás vinha o fantasma, flutuando ligeiramente.

-Essa descarga de fúria foi formidável!-Disse o fantasma.

Neste momento o sátiro estava sendo levado para o tártaro por mãos negras.

-Oque são essas mãos carregando o corpo para o solo?-Perguntei curioso.

-Servos de Hades levando o corpo para queimar, e a alma fica no tártaro.-Respondeu o fantasma.

A armadura havia ficado, e o machado do sátiro também.

-Olha armadura e o machado!-Fui correndo pega-los.

-Pegue o machado mas não toque nesta armadura! -Advertiu o fantasma.

-Por quê?

-Ora, deve ser amaldiçoada, ao tocar você se tornará um servo de Eros.

- Ah, sim.

Peguei o machado e pendurei nas costas junto a foice. Caminhei alguns metros, meus pés estavam muito machucados, no submundo eu quase não sentia dor, mas o fantasma disse que com os pés nestas condições ao sair daqui a dor seria insuportável.

-Auuuuuuu.-Ouvimos um grunhido como o de um cachorro, só que muito mais grosso. Logo acima de umas rochas avistava-se um cachorro, um Pitt bull totalmente negro, forte como se fizesse academia, as unhas era também negras e enormes, seu corpo era coberta de listras cor de lava, aliás era mesmo lava, não parecia feri-lo era algo natural dele, eu fiquei admirado, logo ele se aproximou era amigável e dócil, pelo menos comigo, ao ver o fantasma rosnou e vi chamas e almas queimando em seus olhos.

-Cães infernais...-Bufou o fantasma.

-Infernais?-Perguntei.-Olha tem lava em seu corpo.

-Sim, esse é o nome desse cachorro, esse tipo de monstro protege o castelo do rei.

-Uau.

-Também são fiéis companheiros aos filhos de rei.

-Sério?

-Sim, acho que você ganhou mais um companheiro boa sorte! Aliás, agora com esse cão infernal você pode monta-lo e assim iremos chegar mais rápido ao castelo.

-Ótimo.

Montei ao cachorro, e então eu o disse que seguisse bem rápido para o castelo, e assim ele fez, logo estávamos tão perto do castelo, ao chegar a frente vi seis olhos negros na escuridão da entrada.