MY STUPID NEIGHBOUR! - FAN FIC
2º Capítulo
Foi uma viagem curta, pois passei o tempo a dormir, apertada nos bancos de trás ao lado dos meus irmãos. O Matt um dos poucos que sentia o mesmo que eu, e a Liv com apenas 5 anos, com uns olhos azuis profundos, que derramou mais lágrimas num dia do que eu na vida inteira. Custava vê-la chorar, e em solidariedade, por vezes, eu chorava também..
A chegada foi do mais anormal possível, ali não haviam pessoas! Deserto! Ninguém!
Engoli as minhas próprias palavras quando vi uma praça cheia de gente... Mas mesmo assim, aquilo parecia uma aldeia!
-Summer, querida, relaxa, vais ver que vamos passar bons momentos aqui...-a minha mãe tentou acalmar-me
-E pára de franzir o sobrolho, daqui a nada estás cheia de rugas!-gozou o Matt-Calma, vamos superar...
“Calma, Summer. Relaxa Summer!” farta dos discursos calmantes! Porcaria de vida! Não podia ter calma!! Não ia relaxar! Uma escola nova, a meio do ano, onde todos me iam odiar, provavelmente, sem o meu pai, sem o meu melhor amigo, só com a minha família inútil que só pensa no que convém!
-Summer, pára de ser mimada! Muda já o teu humor!-berrou-me a minha mãe
Foi com esse vigésimo grito dela comigo que peguei em todas as minhas coisas e fui para o meu quarto novo. A casa era grande, bonita, mas nunca iria ser o meu verdadeiro lugar.
Amanhã teria de ir conhecer aqueles colegas novos dos quais tinha tanto medo. Cá para mim ia começar a roer as unhas denovo como fazia quando tinha 8 anos só do stress!
As horas passaram demasiado devagar. Era secante arrumar tudo e começar denovo.
-Mamã, o Cenourinha?-ouvi a Liv a preguntar. O Cenourinha, um coelhinho de peluche ao qual eu dei esse nome em honra do meu M.a, pois o Lou era um coelho em si, uma vez ofereceu-me um ramo de cenouras em vez de flores quando eu estava no hospital, foi divertido... Ri ao recordar.
Porque isto agora? Será que a nossa amizade ia continuar?
Olhei pela janela grossa do meu novo quarto, estava nevoeiro lá fora... Inverno. Só mesmo para fazer contraste com o meu nome (Summer).
A minha vantagem era que faltava pouco tempo para as férias de Natal, e pelo que a minha mãe prometeu, iriamos a Doncaster, passa-lo com o meu pai. Assim poderia ver o Louis denovo . Mas as promessas da minha mãe não valem nada. Só promete coisas para me manter calada.
-Summer, anda cá!-chamou-me o Matt animado
Corri para ver o que era, fui ter com ela a uma divisão enorme, bem decorada, linda. Tinha três sofás. Seria aquilo a sala? Não, então, eu juro que já tinha visto a sala e que tinha aspeto normal.
-É uma espécie de segunda sala de estar?-questionei
-É, mas esta é só para nós.-respondeu ele feliz atirando-se para cima dum sofá- Viste, maninha, isto nem é assim tão mau.
De facto era fixe ter uma sala tão grande e cómoda só para “mim”, sim porque eu ia expulsar o Matt dela e apoderar-me da mesma muahaha (tou a brincar). A NOSSA sala era muito gira.
Deitei-me também num sofá, e assim acabamos os dois, estoirados da viagem e das arrumações a adormecer, cada um no seu sofá.
-Summer! Matt!-ouvi os tais berros do costume-Mas que raio de ideia de dormirem no sofá! Vão ficar cheios de dores de costas. Levantem-se! SUMMER!!
A minha mãe gritou-me e estoirou-me os tímpanos. Doeu. Abri levemente os olhos para ver o meu irmão a rir e a ela furiosa. Mas a minha mãe tinha razão, doiam-me imenso as costas.
-Argh Matt! Devolve-me o cobertor!-resmunguei, sentindo-me destapada, obrigada a levantar- Tenho sono. –queixei-me
-Pára de choramingar e vai te lavar. Queres parecer uma porca no primeiro dia de aulas?-a minha mãe empurrou-me na direção da casa de banho.
Um duche frio -.- Precisava mesmo que a água quente só começasse a correr no fim do meu banho! Acho que me constipei...
Vesti-me cómoda, estava frio lá fora (http://www.polyvore.com/cold_winter/set?id=54774295#stream_box), levei o mp3 para ouvir música no intervalo dado que supuz que ninguém iria falar com a aluna nova.
Desci, comi uma maça e fui em direção ao carro, juntamente com o Matt. A minha mãe ia levar-nos de carro, pois era o primeiro dia. Estava ansiosa por poder ir a pé, era mais libertador. Ir apertada no carro entre os meus dois irmãos era cansativo.
Deixamos a Liv na escolinha dela e rapidamente me apoderei da janela do carro. Abri-a e senti o ar fresco a percorrer a minha cara. Que sensação.
Estava no maior dos sossegos até ouvir um grito, mal o carro parou no semáforo vermelho:
-Feia! Oh, feia!
Virei-me curiosa, para ver um rapaz sentado numa mota a olhar na... na minha direção?
Eu sabia que era feia, mas não era preciso me mandarem abaixo assim, certo? Não, devia ser engano, não devia estar a olhar para mim.
Mesmo confusa com o comentário dele, continuei a olhar fixamente.
-Hey, sim tu! Feia!-voltou a gritar com os olhos postos em mim
-Anormal!-berrei janela fora, ofendida
-Sim, mas também és feia!-gozou
O semáforo virou verde, e antes de o carro arrancar ouvi um “Adeus, feia”, que me fez mandar a mão janela fora e fazer-lhe o dedo do meio, fechando a janela de seguida.
