Procurando um amor (Romance lésbico)

Capítulo 11

Lua acordou e ficou alguns minutos na cama pensando na noite anterior. Acabou se sentindo culpada, porque não queria dar motivos para o irmão odiá-la. Mas o que ela poderia fazer para arrancar esse sentimento que sentia por Nataly? Não sabia e isso a deixava mais desorientada.

Foi fazer o café para se distrair de alguma forma, mas não estava dando muito certo. Então, resolveu fazer uma caminhada enquanto ouvia algumas músicas no celular. Ela queria ficar calma e achar uma direção melhor sem magoar o irmão. Ela só não sabia como.

Já Nataly estava na piscina de sua casa. De repente, pensou em ligar para Lua ir até lá, mas teve que atender uma pessoa que estava no portão. Apenas colocou um short curto e foi atender ainda com a parte de cima do biquíni.

Não acreditou direito ao ver quem estava no portão. Mas mesmo assim disse algo:

— Você?

— Posso entrar? —Fernando perguntou ao fitá-la.

— Claro.

Os dois foram para a sala. Eles estavam um pouco nervosos, mas Fernando resolveu puxar assunto:

— Eu queria te vê. Busquei o seu endereço no site e vim.

— Eu não esperava por isso. Nós tínhamos brigado.

— Eu sinto muito pelo o que te falei. A Marta me deu muitos conselhos... E resolvi deixar o meu orgulho de lado para te dizer que eu sinto muito a sua falta. Então, preciso perguntar se você me perdoa. Não importa se você é bissexual. O que importa é o que nós sentimos um pelo o outro.

Nataly ficou emocionada com o que ele disse e declarou:

— Eu também senti a sua falta. Não quero te perder, Fernando.

Ele sorriu e pegou uma caixinha no bolso da camisa. Ela ficou mais surpresa ainda e perguntou:

— O que é isso, Fernando?

Ele abriu a caixinha. E dentro dela havia um anel muito brilhante. Ela sorriu, não acreditando no que estava vendo em sua frente.

— Você aceita se casar comigo, Nataly?

— Mas Fernando... Ainda não é cedo? Nós nem namoramos direito.

— Não importa. O que importa é que eu te amo de verdade. Isso importa. E então? Você aceita?

Enquanto isso, Lua parou de correr e entrou em uma lanchonete para comer algo. Ela sempre ia a esse lugar e era bem recebida. Uma das garçonetes novas veio atendê-la. Ela se chamava Thaisa, tinha vinte e dois anos e o seu cabelo era curto e bem loiro.

— Olá, gata!

Lua ficou sem graça, mas respondeu:

— Oi.

— Eu sou a Thaisa. Qual é o seu nome?

— É Lua.

— Nossa! Que nome lindo! Mas olha.... Eu estou mudando de assunto. — disse ela, sorrindo. — O que deseja?

— Eu quero um pedaço de torta de carne e um suco de laranja natural.

— Hum... Ótimo pedido. Logo trago para você...

Na casa de Nataly, Fernando esperava uma resposta dela. Ela até resolveu fazer café para os dois para pensar um pouco no assunto. Depois do café, ele refez a pergunta e ela teve que responder.