Procurando um amor (Romance lésbico)

Capítulo 1

Em uma estação de trem várias pessoas estavam encontrando os seus familiares, inclusive Fernando, um fazendeiro de 30 anos, que esperava ansioso por sua irmã Lua, uma mulher de 25 anos. Ele era um homem com a pele um pouco morena por causa do sol, cabelo castanho escuro, olhos azuis e um corpo atlético. Lua tinha a pele clara, cabelo castanho-claro longo e também olhos azuis. O seu corpo era normal, mas atraia os olhares dos rapazes. Sempre que podia, Lua ia visitar Fernando e vice-versa. Ela tinha uma casa própria, um carro novo e um escritório onde exercia a sua profissão de advogada. Já Fernando trabalhava na fazenda herdada de seus pais. Ele tinha comprado a parte de Lua. Agora vivia nela e vendia leite, ovos e até mexia com compra e venda de gados. Além disso, a casa dessa fazenda tinha doze cômodos, jardim e uma linda piscina no fundo.

Fernando nunca namorou e desejava casar-se um dia. Já a sua irmã Lua tinha um namorado chamado Armando. Eles já namoravam há um ano e meio. Lua gostava muito dele, mas às vezes Armando passava dos limites com os seus ciúmes. Ela o conheceu em um site de namoro na internet chamado "www.procurando-um-amor.com.br". No começo, eles passavam a noite inteira teclando e um dia resolveram se conhecer. Armando gostou tanto de Lua, que se mudou de cidade só para ficar perto dela.

Quando chegaram as férias, Lua decidiu que iria visitar o irmão. Armando não gostou da ideia, mas teve que aceitar após ela insistir bastante. Ao ver o seu irmão na estação de trem, ela ficou muito feliz e foi correndo abraçá-lo. Eles se olharam e sorriram um para o outro. A saudade era muita, afinal de contas, eles só se viam nas férias. Mas sempre ficavam conectados pelo telefone.

— Deixa eu te ver.... Como você está linda, mana!

— Você também, mano! Como estão as coisas? Já está namorando?

— Não. Mas um dia aparece, né? E aquele grudento do seu namorado, não veio?

— Ele não gosta de fazenda, Fernando. Você já sabe disso.

— Sim. Eu sei... O seu namorado é muito fresco.

— Não fala assim....

— Ok. Sem brigas. Podemos ir?

Fernando pegou as malas da irmã e as colocou na camionete vermelha. Antes de entrar, Lua observou o seu celular. Tinha oito chamadas perdidas de Armando. Fernando entrou na camionete e ela fez sinal de que ia falar no telefone. Ela ligou para o Armando enquanto observava as pessoas saírem do trem.

— Oi, amor. O que houve?

— Lua, você deveria pelo menos me ligar para dizer que está viva.

— Não seja dramático. Eu estou bem... Eu iria te ligar quando chegássemos à fazenda.

— Não sei por que ainda insiste em ir para esse fim de mundo.

— Eu gosto daqui, caramba! Eu nasci nessa fazenda. Você deveria levar isso mais em consideração.

— Ok... Não quero brigar com você. Quando você vai voltar?

— Armando, eu mal cheguei aqui!

— Já sei o que quer fazer... Você quer sair à noite com o seu irmão solteirão e arrumar outro macho. Acertei?

—Você vai começar com isso de novo? Eu não vou arrumar outro macho... Eu já tenho você. Mas quem sabe eu arrume mesmo!

Lua desligou o celular na cara dele e entrou na camionete. Fernando observou a cara de desânimo dela e perguntou: