Qual A Sua Verdade?

Capítulo 3 : Flores

"Para cada sorriso, uma nova flor vêm a desabrochar"

"Não se vê a verdadeira flor. É no olhar que floresce as flores plantadas na alma"

Iniciativa efêmera

A verdadeira verdade é algo transcendental. É preciso coragem para levar adiante a verdade, ela está na maioria das vezes oculta, e nem sempre o que aparenta é o que é.
A verdade é escondida atrás daquilo que se vê, o que se vê esconde aquilo que não se vê. Impossibilitando que a verdade possa assim aparecer, no ocultar-se do visível.

Terceiro Encontro

*_ Haha...é verdade, eu me lembro bem desse dia foi muito legal.

_ ...Pois é; olha eu...posso te fazer uma pergunta?

*_ Claro, o que é?

_ Acha que ele teria me notado...quer dizer, acha que eu teria tido alguma chance com ele?

*_ Oras e por que não ?

_ Ah...eu não sei. Ele é muita areia pra mim sabe?! É que eu...eu não sou a pessoa mais bonita ou inteligente, eu...só sou eu.

*_ E precisa mais?

_ ...

*_ ...Você me lembra as flores...

_  Ai lá vai você...que flores?

*_ Ué as flores. Elas também não viam a verdade, como você não está vendo.

_  Mais que coisa eu não entendo.

*_ Talvez eu possa te explicar através do campo...

_ Campo?

*_ O campo das flores.

_ ...mas as flores não amam.

*_ Não há amor sem a possibilidade de se permitir amar. As flores são tão capazes de amar, como somos capazes de amar as flores...

Início

*... Ainda me lembro do dia em que minha mãe me levou à um campo para ver as flores. Lembro do fascínio que ela tinha por elas, e no forte brilho no olhar ao velas tão de perto. Na época eu não entendia bem mais...hoje, hoje eu enxergo as mesmas flores que ela via. Hoje eu desvendo aos poucos o segredos que continham aquelas flores, e hoje, eu enxergo que se formos cuidadosos o suficiente...somos capazes de ter o privilégio, de sermos ensinados pelas flores(...)

(...) Se errar fosse tão errado, não haveriam as possibilidades de acertar. Uma vez que não se sabe do errado, não erra. Até o momento em que estar-se certo é tão errado quanto o próprio erro cometido.

(...) A medida em que minha mãe caminha junto ao meu lado, ia ela me apresentando cada flor, cada nome, cada aspecto, suas cores e perigos, cada aroma mais peculiar que outro. Ela ama aquilo e eu amava aquele amor pulsanti dela. Para cada flor havia uma realidade maior que outra. E assim como eu, minha mãe adorava contar histórias. E era o que ela fazia, para cada novas flores, uma história nova desabrochava em forma de belas palavras...