Capítulo 2

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   Meu nome é Nathan Jones Matarazzo, sou o duque de Lancaster, filho mais velho da rainha Katherine e do rei Dylan Matarazzo, ou seja, sou o próximo na linha de sucessão da coroa. O sonho de algumas pessoas é fazer parte da realeza, outras acham que é terrível ter que ser rei/rainha de um país. Para mim não é terrível, mas também queria ser um pouco mais livre, poder errar como um ser humano pode sem meu nome sair em uma manchete que afirma "O declínio de Nethifields por causa de um irresponsável", com 19 anos eu nunca pude ir a escola, não sei como é ter uma ressaca, como ter uma namorada ou amigo que não se aproxime somente por interesse, nunca pude sair sem ter uma escolta de seguranças atrás... Me lembro de todas minhas ex-namoradas, quase todas se aproximaram com interesse, a única com quem tive um relacionamento de verdade foi Tiffany, a duquesa de Belmont, mas nos separamos porque ela disse que não estava mais apaixonada por mim e achava que encontrou o cara certo.
   Daqui a três dias começam minhas aulas na universidade de Santa Mônica, ainda não tenho certeza do que quero fazer, mas tenho um pouco de admiração por medicina. O ruim é que mesmo formado, talvez eu nunca exerce a minha profissão.
   — Sua alteza real, o príncipe Nathan Jones Matarazzo De Lancaster — anunciam a minha entrada na sala real.
   — O que aconteceu para me chamarem com tamanha urgência?
   — Meu filho decidimos tirar uma terceira viagem de lua de mel, entretanto, o governador da Califórnia quer uma reunião com alguém da realeza para falar sobre a aliança política que queríamos formar faz um tempo — quando minha mãe falou sobre a viagem fiquei muito contente, mas essa alegria passou para raiva em segundos quando entendi que eles querem que EU converse com aquele governador babão.
   — Como você irá para a faculdade de Santa Mônica, decidimos que você irá conversar com o governador em Los Angeles e depois ir para a faculdade. Adam e Félix serão seus seguranças durante o período que você passará longe de Nethifields.
   — Boa lua de mel, meus pais, se divirtam - dei um abraço na minha mãe e consegui sair inteiro apesar dela ter me sufocado naquele abraço e depois abraçei o meu pai dando socos leves em suas costas. Ao arrumar minha mala, procurei meus irmãos para me despedir, mas infelizmente não encontrei o Hugo.
   Quando estava indo mim encontrar com o governador, senti uma agitação no avião e imediatamente fui informado que houve uma falha técnica no avião real e por conta desse erro gravíssimo, teremos que pousar no aeroporto de Lux City, localizada entre San Diego e Los Angeles, de acordo com o Google Maps. Por conta de já estar anoitecendo, não será conveniente pegar a estrada agora sem ao menos conhecer o local que interliga Lux City a Los Angeles.
   Ao me hospedar no Lux Galles Hotel, tenho uma brilhante ideia:
   — Poderia mandar um de seus melhores carros para o Lux Galles Hotel? Mas quero que deixe com o manobrista, o pagamento será efetuado no cartão de crédito — após falar todas as informações necessárias, avisaram que o carro estaria no hotel aproximadamente em 10 minutos.
   Serei livre pelo menos essa noite, devido a ser muito recente a minha chegada nessa cidade, pouca gente deve saber, o que significa que posso sair sem ninguém perceber, basta despistar os seguranças. Espero um tempo para poder ter certeza que o carro já chegou.
   — SOCOORROOO — grito parecendo um desesperado.
   — O que aconteceu senhor? — Adam e Félix entram no quarto segurando uma arma prontos para atirar.
   — Eu escutei umas batidas na parede, acho que alguém está tentando invadir o meu quarto, é melhor vocês irem no banheiro e esperar para ver se alguém invade — minto e eles acreditam.
   Assim que eles entram no banheiro pego o cartão do meu quarto, saio e tranco a porta do lado de fora com o cartão. Como aquela porta é de ferro, nem mesmo os dois gigantes assombrosos conseguiram arrombar, dei muita sorte de somente os dois terem me acompanhado.
   Quando saio do prédio, peço ao manobrista a chave do carro que eu aluguei faz 15 minutos. Decido ir na balada mais longe do hotel, a Iron Dance. Para a minha sorte não tinha muita gente na fila da entrada.
   — Olá gostoso — assim que eu entro vem uma loira com um vestido muito curto (aparece até a calcinha) se joga em mim.
   — Quer um drink e conversar ou prefere dançar? — pergunto tentando saber quais as suas intenções, vai que ela sabe quem eu sou.
   — Essa noite você é o primeiro gostoso que entra desacompanhado aqui, eu não quero ficar de conversinha, prefiro dançar — acho que ela não me conhece mesmo, então, vou me aproveitar que essa oportunidade pode não se repetir.
Dançamos muito enquanto a loira peituda fazia uma dança muito sensual colando no meu corpo. Já previa como seria minha noite: transaria com ela, depois sairia escondido feito um canalha, mas é a única maneira dela não saber quem eu sou de verdade no outro dia. Se para mim e para ela é só sexo, nenhum dos dois espera nada a mais então ninguém sairá machucado.
   Infelizmente meus planos foram estragados assim que eu vi algumas pessoas entrando na balada com uma câmera pendurada no pescoço, droga, alguém deve ter me reconhecido e avisado.
   Decidi sair pelos fundos daquela balada.
   — Vou no banheiro e já volto — dei um beijo nela e saí.
   Tenho um pouco de dificuldade de encontrar a porta dos fundos, ao abrir vejo um monte de pessoas pobres comendo felizes, acho que acabaram de receber uma doação, se não tivesse tão desesperado em fugir, eu os ajudaria mais. Assim que entro em um beco esbarro em alguém. Maldição!!! Hoje, com certeza, não é meu dia de sorte. Quando vou olhar em quem eu fiz cair no chão, vejo...

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Nota da autora: Oieeee gente, o que vocês estão achando da história people, a opinião de vocês é muito importante para mim, então não esqueçam de dizer o que acharam. Obrigada 💜💜💜

Vida dupla: Um amor que ultrapassa todas as barreirasOnde histórias criam vida. Descubra agora