capítulo 2

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*LEIAM AS OBS FINAIS*

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- O que esta fazendo? - perguntei para a Brenda.

- To na casa da minha vó, comendo sorvete e você?

- To em casa esperando para ir pra faculdade, e estou sozinha.

- Sua mãe foi trabalhar de novo?

- Sim, por quê?

- Você não acha que ela está muito tempo fora?

- Não sei. Ela precisa de dinheiro para me ajudar, principalmente agora.

- É você tem razão. Você e sua mãe são as mulheres mais guerreiras e fortes que eu conheço. Estou com saudades de vocês!

- Você poderia vir pra cá né? Pra gente ficar um tempo juntas, como nos velhos tempos.

- Não sei não. Não quero atrapalhar vocês. - Falou Brenda

- Não, você não ia atrapalhar. Mas eu tenho que ir antes que eu perca o ônibus.

- Tá. Até logo. Bjs tchau

- Bjs tchau.

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Depois que a Brenda mudou de cidade, eu comecei a passar mais tempo sozinha, não conseguia ser muito sociável com as outras pessoas, não me sentia só, mas parecia que faltava alguma coisa depois de tanto tempo ao lado dela, me deixou um pequeno vazio a ser preenchido, pois ela passava a maior parte do tempo na minha casa, ou eu na casa dela.  Conheci ela no 1° ano do Ensino Médio, e desde então ficamos amigas, até íamos para a mesma faculdade (cursos diferentes), mas isso não se concretizou porque ela se mudou por causa do trabalho do pai dela.

Depois que me despedi da Brenda eu fui me trocar e só troquei a camiseta, o resto deixei o mesmo e peguei minha bolsa.  Desci e fui em direção a parada de ônibus, ele não demorou muito para vir e depois que sai dele caminhei as duas quadras que separava a parada de ônibus da faculdade. Mas acho que não posso continuar a pegar o ônibus porque isso me deixou muito cansada, e isso acontece mesmo em curtas distancias.

Estava mexendo na minha bolsa quando Lucas apareceu atrás de mim.


- Você parece cansada! Está tudo bem?

- Oi Lucas, estou bem, é que acabei vindo de ônibus e tive que caminhar um pouco.

- Por que você não vem de carro? Isso facilitaria para você, já que tem 19 anos.

- Mas eu não tenho carro, nem moto. O único jeito seria vir com a minha mãe, mas não quero atrapalhar ela. Ela esta bem ocupada essa semana.

- Ora Alice, pede pro seu pai então. E se ele está muito ocupado pede pra ele te dar um carro. Ele tem dinheiro né? Então ele não se importaria.

- Nem fudendo Lucas. Eu não vou me humilhar por isso. E além do mas isso não é problema seu. Vai pra sua aula que já estamos atrasados.

- Tá bom, achei que poderia ser uma boa ideia. Quer uma carona pra voltar pra casa?- ele me olhou com uma cara de safado

- Nunca, obrigado. - respondi e já fui andando em direção a minha aula.

[...]

Um pouco antes da minha aula terminar começou a chover, maldita hora que isso aconteceu. Como eu ia voltar para casa? Não estava a fim de me molhar então pensei um pouco e liguei para a minha mãe.

- Oi Mãe, você poderia me buscar na faculdade? Ou está muito ocupada?

- Oi filha, não vai dar não, desculpa. Aqui está um caus e não tem como eu sair agora.

- Ah, ok então. Te vejo em casa mais tarde. - Não esperei a resposta dela e já desliguei.

- Merda! - falei sozinha

- Quer uma carona madame? - era Lucas, de novo, atrás de mim.

- Olha, só porque está chovendo e eu não quero me molhar eu vou aceitar.

- Até que enfim. Dias de luta, e dias de glória.

- Haha, vai se achando muito, até que eu pegue o ônibus!

- Não está mais aqui que falou - e fez um sinal de fechando um "zíper" invisível na sua boca - Vamos o meu carro está logo ali.

- Ótimo.

Segui ele até o carro, então ele me levou para casa, o caminho foi bem silencioso, não trocamos muitas palavras além do que por no rádio para escutar, e do tempo maluco. Lucas já sabia o caminho da minha casa. Já me deixara lá varias outras vezes depois de festas ou de aulas mesmo.

- Muito obrigada pela carona Lucas, eu não sei o que seria de mim se não fosse você.

- Calma aí, não vai se escapar de mim tão fácil, você tá me devendo um favor, e quando eu precisar ou  cobrar você paga a sua dívida, ok?

- Ok! Mas mesmo assim, obrigada. - Já ia saindo quando eu ouvi ele falando um " de nada, foi um prazer " e por um instante desejei não ter ouvido, porque foi estranho demais.

A casa estava vazia, como sempre estava depois que eu chegava da faculdade, nada de barulho, só o motor da geladeira, nada de luzes acesas, um pequeno deserto particular, que eu odiava. As vezes eu gostava do silencio, quando eu precisava de concentração para fazer alguma tarefa, mas hoje isso significa que estou sozinha e eu odeio essa sensação.

Não sabia que horas minha mãe ia voltar, as vezes até as 20:00 horas ela já estava em casa, as vezes já tinha ido dormir e ela ainda não chegara. Então decidi preparar algo para comer. Não era muito boa na cozinha, pois meu desastre com o fogão e com as panelas era maior, mas as vezes sentia prazer em cozinhar. Acabei preparando massa, e peito de frango com molho. A salada era algo obrigatório: salada de cenoura e de beteraba.

Depois de ter terminado de cozinhar, apaguei todas as luzes da cozinha, peguei meu prato e fui para a sala olhar minha série favorita do momento Riverdale, só deixei o abajur da sala ligado para conseguir ver o meu prato, e ali na pequena tempestade de Riverdale adormeci.


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Oi anjos, espero que tenham gostado desse cap. demorei mas está aí.

Próximo cap. sai quando esse tiver 5 fav e 5 comentários então me ajudem

Amo vcs, até o prox. cap.

*E oq poderia ser a faculdade que a Alice faz? Deixe a sua opinião, talvez o mais comentado vire o curso que ela faz!!!*

-Mila <3

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⏰ Última atualização: Dec 12, 2019 ⏰

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