Capítulo 44 - If fucking fucked

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POV LAUREN


  Depois de me ajoelhar no chão, dois homens vieram e me algemaram. Levantei-me com o impulso que um deles fizeram para que tal movimento acontecesse, levantei a cabeça e ao olhar para o lado vi um grande quadro pendurado na parede daquele galpão. Os policiais abaixaram as respectivas armas e começaram a anotar alguma coisa, outros entraram para isolar o local e uma minoria com um jaleco escrito nas costas "Pericia Criminal" entraram com maletas pequenas.

  O engraçado que eu pensei que eu iria no "camburão" como era popularmente chamado, mas um deles abriu a porta traseira e me colocou sentada enquanto outro policial entrou e sentou ao meu lado. Em alguns instantes outros dois sentaram no banco do motorista e passageiro respectivamente. Eles foram brutos no começo e depois simplesmente não me perguntaram, não comentaram e nem dirigiram a palavra a mim no decorrer do trajeto.

  Eu queria dizer o que realmente havia acontecido, e talvez quem sabe... Eles acreditariam na minha versão. Também poderia ser incriminada para que Jason pudesse morrer em paz. Jason... Estava tão na cara e como eu não pude percebe-lo tão rápido? O local escolhido para o assassinato acontecer era onde comemoramos seu aniversário na cachoeira próxima do galpão. A tranquilidade de como eu me abri falando sobre Camila para ele. Só com ele eu tinha essa liberdade, essa espontaneidade.

  Quando chegamos ao distrito, o policial que estava ao meu lado abriu a porta para que eu saísse. Ele segurou firme e me levou mostrando o caminho que eu deveria seguir. O mesmo pegou uma ficha e esbravejou para que eu preenchesse com meus dados, deixou um discreto saquinho para que eu deixasse meus pequenos brincos e um relógio que eu usava. Alguns detentos que passavam por onde eu estava sorrindo e cochichavam algo sobre mim, alguns até arriscavam gritar como "Se ferrou branquela", "Aqui irá aprender o que é bom", "Cuidado que gostamos de novatas" e coisas do tipo.

  Era óbvio que eu queria no máximo ficar tranquila, mas aquilo estava me dando muito medo. Aos auge dos meus quase 18 anos eu estaria presa. Como seria daqui pra frente? Minha universidade daria adeus. Meu curso seria trancado. Meu futuro com Camila estava em frangalhos. Eu não queria pensar em como seria daqui a um, dois ou três anos. Eu tinha que ter pelo menos um pingo de esperança no meio daquelas selas cheias de detentos eufóricos.

  Andando pelo corredor depois de preencher a ficha, eu olhava o quanto eles faziam barulho por algum novato chegar. Piadinhas era o forte feito por eles. Eles não né? Por elas. Por mais que eu tivesse uma condição diferente delas, eles me colocaram em ala para mulheres. Quer dizer, pequenos infratores. Eu ainda era considerada por eles assim. Meus 18 anos estava perto, mas não tanto para ir a uma ala com pessoas que eles dedicaram o nome de "O inferno".

-Espero que fique bem. –o policial falou enquanto abria a sela. Entrei e ele fechou. Pediu que eu esticasse as mãos para tirar as algemas e assim fiz.

  Pensei que usaria aquelas roupas laranjas, tomaria um banho ou quem sabe poderia ter chance de pedir por uma ligação. Mas nenhuma das opções me foram dadas a não ser estar em uma sela quadricular com mais duas meninas.

-Branquinha... –uma delas falou me olhando. –Cheirosa... –deu um suspiro. -Que bom que esta aqui. –ela deu um sorriso e veio até mim. Mas foi barrada pela mais velha.

-O que esta fazendo aqui? –a mais velha perguntou. –Quer dizer... Pelo estado da sua roupa, foi algo bem discreto não é? –a mesma sorriu acompanhada pela outra. –Morgana, prazer branquela. –a mesma estendeu a mão. –E essa tarada é minha amiga de sela, Susan.

-Lauren Jauregui. –estendi a mão as duas.

-Jauregui? –Susan perguntou. –Por que esses riquinhos sempre fazem coisas erradas?

Sex Crush // My Sex Crush - Camren (EM PROCESSO DE CORREÇÕES)Onde histórias criam vida. Descubra agora