Capítulo 3

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 - ÉÉÉ... ZAYN! – berrei da porta, chamando a atenção do moreno e levantei o celular. – Tem alguém ligando, o que eu faço?

- Atende e dá pro Harry.

- Não, isso eu sei, mas como se “atende” essa coisa? – ele revirou os olhos e riu. Quando eu entrei naquele lugar, o celular mais evoluído era um iPhone, coisa que eu, nem em sonho, teria. Os outro eram “tijolões”, onde você aperta o botão vermelho e atende. Ah não, era o verde. Ou será azul...?

- Aperta na coisinha verde e puxa – ele explicou tão bem explicado que merecia um óscar!

Olhei para o aparelhinho. Tinha uma coisinha verde e uma vermelha. Apertei na verde e puxei, apareceu ali que eu tinha atendido. Essa coisa é complicada...

- Alô? – disse, atendendo.

- Harry, me ajuda, a Eleanor está aqui e... Harry? – não consegui dizer nada, a voz dele era tão... tão... como dizer... perfeita?

- ÉÉ... O Harry está...

- NÃO É PRA COLOCAR TANTO, SEU RETARDADO! – e essa era a minha melhor amiga, simpática e educada como sempre.

- EU SOU RETARDADO? QUEM É QUE NÃO SABIA FAZER UMA PANELA DE ARROZ MESMO? – era um tanto surreal ouvir uma voz rouca e linda como a de Harry gritada desse jeito. Muito estranho.

- O Harry está cozinhando, não pode falar agora – avisei, caminhando o mais rápido possível para a cozinha e encontrando os dois em uma quase guerra. Tinha um cheiro de queimado horrível no ar e saía uma fumaça preta do forno, uma panela de pressão fechada começava a chiar e uma frigideira espirrava óleo por todo o lado.

Taylor estava segurando na mão um rolo de macarrão e Harry se protegendo com uma frigideira, os dois estavam em pé de guerra, literalmente.

- Desde quando meu amigo tem uma secretária? – o garoto continuou tagarelando no meu ouvido. – Dá o telefone para ele, A-GO-RA!

- Ah, quer saber? Tentei ser educada com você Styles – o jeito como ela falou o nome dele me deu arrepios. Tive medo que ela pegasse uma das facas e partisse para cima dele. -, mas não tem como tratar como ser humano que te trata como NADA!

- Cala a boca, já disse que não tem como ele atender – eu já estava perdendo a paciência com esse cara. Na verdade, já estava sem paciência. – Agora, se me dá licença... ZAYN, COMO SE DESLIGA ESSE TROÇO?

- APERTA O BOTÃO VERMELHO!

- NÃO DESLI- não terminei de ouvir a frase e apertei o botão, que na verdade nem um botão era. Desligado, puf! O joguei no sofá rapidamente e voltei para a cozinha.

- Poderiam me explicar o que está acontecendo aqui? – perguntei, entrando na cozinha com as mãos nos quadris. Nunca pensei que seria a pessoa mais madura de um lugar qualquer. Sério.

- Essa sua amiga estúpida que não sabe nem fritar um ovo e fica criticando a minha arte – ele deu sua versão da história, apontando a panela de pressão.

- Esse garoto idiota que não sabe a quantidade de vinho que se coloca em um frango. UM FRANGO! E ainda por cima deixou o bolo queimar no forno...

- Eu deixei?! Eu perdi a conta do tempo por ter que prestar atenção no arroz, já que nem isso essa inútil sabe fazer!

- Ou você cala essa merda de boca ou eu vou dar um jeito para que você nunca mais fale!

- Ei, ei! Já chega! – me coloquei no meio dos dois. – Perdemos o bolo, ok. E uma garrafa de vinho... – tinha uma garrafa quebrada no chão. – Tá, isso não foi uma coisa legal, quem quebrou a minha garrafa? – eu já falei para não mexerem na minha comida, mas não encostem na minha bebida.

Dear InsanityOnde histórias criam vida. Descubra agora