home

premier chapitre

Depois que o Harry foi embora, Louis ficou com duas pessoas. Peter e William. Os dois eram opostos. Peter era festeiro e não passava confiança suficiente para Louis; já William, era doce, assim como seu beijo. Era italiano, curtia muito cozinhar, mas Louis não sentiu nada pelo garoto, e isso machucava-o, pois ele queria outra pessoa, e a mesma, já não dava notícias fazia meses.

A última pessoa com quem Louis trancou um relacionamento foi com o William, mas ele estava tão distraído e com a mente em outro lugar, que resolveu dar um tempo, e nunca mais voltou. Com esse tempo para reorganizar sua cabeça, resolveu seguir seu sonho que trilhava em sua mente desde os 15 anos. Medicina.

"Alô? Louis? Oi, é o Harry, e bom, eu estou voltando para Londres e estou sentindo sua falta, volte para a casa e vamos recomeçar do zero." 

Essa frase fez todos os pelos do corpo de Louis se arrepiarem. Não sabia o que dizer, não esperava. Todas as memórias do relacionamento passou pela cabeça de Louis, como um filme, só que doloroso e torturante. Ele estava parado no mesmo lugar, com os olhos fixos em algum ponto, lacrimosos. Sua boca estava seca, necessitava de água, e do Harry também.

  — Eu... não... — Louis balbucia. Ouve murmúrios impacientes atrás de si, se lembra que está indo para França, realizar o seu sonho, e que não pode voltar. Isso faz ele querer chorar; sentiu tristeza, um sentimento que experimentou bastante nos últimos anos. Ele desliga a ligação. Isso dói, isso machuca...

Louis anda pelo corredor, indo diretamente para o avião. A cabeça a mil. Nunca se sentiu tão determinado em ir, e tão tentado em voltar, sua cabeça ficou confusa, e ele só precisava se sentar, e pensar. Mas pensar doeria, pensar iria fazer ele chorar. O que eu vou fazer? Pensa Louis. Procura seu assento, ele fez muito bem em escolher do lado da janela. Já com o celular na mão, tateia a sua calça a procura do fone de ouvido, e o conecta na entrada. Coldplay. É o que vem em sua mente, e com isso The Scientist é a escolhida; essa música é linda. Por que ele voltou agora?

Louis começa a chorar, ele não liga para as duas pessoas ao seu lado, constrangidas com isso, ele não liga para a aeromoça, e não ouve ela perguntando se ele queria uma água. Ele foi embora, ele o deixou, e isso foi uma coisa que Louis não consegue processar. Ele não consegue atualizar sua mente... Harry era a sua casa, e isso era tão difícil para Louis. Partia seu coração em mini-pedaços, e ele parecia que estava se esfarelando e caindo e se desfazendo por entre as suas mãos, e Louis não conseguia pegá-los de volta, pois já tinha sido destruído.

Uma hora depois, Louis olhou para a janela, e começou a tocar uma música nostálgica, Counting Stars; ela significava tanto... ele sorriu.

Em 2012, Harry tinha chamado Louis para um jantar, em uma vila em Londres. Ela era rústica, muito bonita, assim como Harry naquela noite. Ele estava simples, mas tão encantador. Louis estava muito bonito também, gostava de impressionar Harry sempre que podia, então colocou sua nova calça e fez um topete nos cabelos, assim como Styles gostava. O restaurante era pequeno, tinha um teto solar, e a noite estava estrelada. Harry tinha pensado em tudo. Eles comeram, trocaram carícias... O lugar, com o nome de The Heart Of London, era demasiado de lindo. Era revestido em madeira, com um toque moderno. A cor predominante do lugar é azul, e Harry, naquela noite disse que quando vinha no lugar com a família, lembrava-se de Louis, de seus olhos, e disse que aquela era a sua cor favorita, assim como ele.

Após o jantar, eles resolveram andar antes de ir embora. O ar estava fresco, e Louis começou a falar das estrelas, e das suas constelações favoritas. Harry sorria a cada frase que Tomlinson terminava, e falou para darem uma pausa. Nisso, ele se abaixa e saca uma caixinha vermelha do bolso.

  — Lou, você quer contar estrelas comigo, para sempre? — ele estava ajoelhado no chão de pedra da vila, segurando a mão do moreno, que se encontrava chorando e rindo e sorrindo ao mesmo tempo, e Louis assentiu, mexeu a cabeça muito rápido como se sua vida dependesse desse momento, e então beijou Harry, e ele amava aquela sensação de estar em seus braços, de se sentir em casa.

No avião, Louis recomeçou a chorar. Ele se lembrava do anel que Harry tinha lhe dado naquela noite. De ouro, com alguns riscos verdes, e na de Harry encontrava-se riscos azuis. Era tão perfeito, e íntimo. Era só deles. Então assim, Louis adormece. Pouco tempo depois, acorda com o avião pronto para descer. Seu celular estava enfiado no vão do banco, e tinha biscoitinhos em um pacote a sua frente, ele perdeu o lanche, mas comeria no seu apartamento, ou no aeroporto talvez. Minutos depois, o avião oficialmente está em solo francês. Louis foi um dos primeiros a levantar, queria sair daquele lugar o mais rápido possível.

Já com as bagagens nas mãos, fora do aeroporto, chama o Uber, e quando ele chega, Louis inspira fundo. O começo de um futuro agora não tão planejado.