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chapitre cinq

Após duas semanas, Louis já estava familiarizado com seu bairro. Andava de bicicleta quase todas as tardes depois da aula, e no dia que o Zayn chegou em Grenoble, Lou alugou um carro, para buscá-lo no aeroporto. O moreno estava radiante, como sempre. Era como um deus grego, só que árabe! Estava com um cara incrível de sono, e parecia estar acordando aos poucos enquanto passava pela alfândega francesa.

Já acordado, Zayn passa pelas pessoas procurando um baixinho corpulento de olhos azuis, e sem perceber que muita gente olhava pra ele, como uma espécime de admiração pela beleza do moreno; Louis, igualmente bonito, anda até Zayn, rindo de leve.

— Hohoho! Olha quem veio! Meu árabe favorito! — Louis diz, e o cumprimenta com dois beijinhos nas bochechas e Zayn cai na gargalhada.

— Qual é Louis? Dois beijos? Tá bem francesinho pro meu gosto em, hunf! — Zayn diz, pegando um óculos de armação fina, redondo, sem grau, da bolsa de mão — E aí? Comprei agora quando saí do avião — diz distraído. Mas Louis não presta atenção, parece que o tempo está em câmera lenta. Olhando para onde Zayn saiu, agora saia uma penca de seguranças, paparazzis em volta, e ele, ele no meio, Harry Styles.

— ... Ele deixou alguém no comando do restaurante e disse que vai pegar um jato pra ir pra França...

É isso. Louis sente, o que parece, dez livros sendo atacados em seu estômago, daqueles pesados. Harry não parecia cansado; estava com um livro nas mãos, cheias de anéis, um casaco fino por cima da blusa branca, praticamente transparente, calça moletom, e tênis nos pés. Na mão livre, havia seu celular, grande, mas pequeno em sua mão. Zayn também percebe a zoeira do aeroporto, já que, Styles, além de ser um chefe excepcional, é ator, o que significa que não só adultos, como adolescentes gritavam e tiravam fotos.

Parece que o ar de Zayn também é extinguido, pois não via o amigo havia muitos anos. A única pessoa que Harry mantera contato foi com Niall, e é, considerado pelo de olhos verdes, seu melhor amigo, irmão e tudo o mais. Harry, alheio a muita coisa, parece não ver o que está em sua frente, por conta dos flashes e empurra-empurra, mas, é como se fosse um imã, ele olha para Louis. E mais uma vez, tudo fica em câmera lenta, e Harry, estaca no chão.

A algazarra estava grande, os seguranças de Harry e os do aeroporto, estavam tentando conter as pessoas, mandando-as irem embora. Algumas pessoas, já conformadas com suas fotos, se dispersam, outras insistem mais. Apesar de Harry não ligar, é empurrado para fora do aeroporto. Ele desgruda os olhos de Louis, e se vira para um segurança que parece ser o seu particular. Fala alguma coisa, e o segurança perpassa essa informação para algumas pessoas que falam para a multidão, o que parece agradá-los. Enquanto isso, Zayn olha para Louis, indignado.

— Como isso? — pergunta, de olhos arregalados.

— Eu não sei! — Lou solta um suspiro triste — Zayn... vamos embora.  — e segura seu pulso, indo para fora do aeroporto, sem olhar para trás, e não vendo Harry lhe lançar um último olhar, de curiosidade, amor, medo...

Tudo parecia estar girando. O coração de Louis estava trêmulo, igual suas pernas. Eles saem do aeroporto e entram no carro alugado, mas Louis senta no banco passageiro. Zayn, como um ótimo amigo, entende a deixa, e começa a dirigir, só abrindo a boca perguntando o endereço tentando se achar nas ruas bonitas de Grenoble. No estacionamento do prédio, Malik retira suas malas, e espera Louis sair para trancar o carro. Enquanto isso, o cérebro de Louis estava congelado. Porque? Pra quê? Sua mente só girava em torno dessas palavras, e ele não sentia vontade de chorar, e sim, sentia frutração. Mesmas sensações de quando ele chegou na França, no aeroporto, e ele já está cansado. Estava muito bom pra ser verdade.