Capítulo 2

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Diogo narrando:

Já era sete horas e  não vi nenhum movimento na casa de Cecília, minha mãe de minuto em minuto estava na janela  pra ver se alguém havia chegado, pois minha “quase madrinha” não sabia que estávamos de volta.

Seria uma surpresa, eu estava ansioso para conhecer o filho dela, porque nascemos no mesmo dia, e também porque não tinha nenhum amigo aqui, talvez ele poderia ser um.

Tomei um banho e fui direto pra cama, mas logo depois minha mãe praticamente me obrigou a sair.

— Meu bebê! Em pleno sábado ficar em casa não dá né? Pode levantar daí que vamos sair. - Ela falou em tom autoritário.

Quando minha mãe falava assim eu simplesmente obedecia.

— Mas mãe? bebê? de novo? Quantas vezes falei que não gosto que me chame assim - falei irritado.

— A meu bebê só tá a gente aqui - disse carinhosa apertando minha bochecha.

Eu odiava ser chamado assim poxa! Tenho dezessete anos, não era nenhuma criança muito menos um bebê, mas o pior era quando ela falava perto dos outros. Sério ficava com muita vergonha.

Levantei da cama,vesti uma roupa qualquer, e sai com ela. Fomos dar uma volta perto de uma praça. Quando passamos perto de uma lanchonete, minha mãe ficou surpresa quando viu algumas colegas. Entramos em uma lanchonete, e ela as cumprimentou, minha mãe fez questão de apresentar todas elas para mim. Logo começaram com aqueles assuntos típicos de mulheres, minha sorte é que havia um garoto lá provavelmente o filho da tal de Monique, a dona da lanchonete.

Sentei em uma cadeira, e comecei a mexer no celular, para ver algumas mensagens, quando ouço uma voz me perguntando:

— Então cara tudo bem contigo? - disse o tal garoto filho da Monique.

— Tudo sim, e você? Hum é...  -

— Alex! Meu nome é Alex.

— Assim, prazer Diogo.

Alex era simpático, ficamos um bom tempo conversando. Ele contou que aos sábados trabalha na lanchonete da mãe, e que as vezes era um saco pois queria sair com os amigos mas nunca dava.

Estávamos numa mesa tomando uma coca cola, quando Monique chegou e falou:

— Por sorte hoje, aqui está meio sem movimento por que você não vai dar uma volta com seu novo amigo - ela sugeriu.

— Vai Diogo assim você conhece um pouco da cidade - disse minha mãe.

— Demorou, já é! Bora cara - Alex falou entusiasmado.

— Vamos,então - respondi sorrindo.

Nós estávamos andando na praça, e conversando. Ele me falava da tal
“galera” que queria me apresentar. Passamos perto de um “povinho” muito louco que me chamou a atenção. Estavam bebendo fumando cigarro e narguilhe. Não curto muito isso mas também nada contra. Então Alex recebeu uma ligação e saiu pra atender.

Eu fiquei ali parado observando aquelas pessoas. Quando vi uma garota, com um litro de vodka na mão e entregou pra um cara. Fiquei bem surpreso, só ela de menina ali no meio de um monte de homens (garotos). Um deles encheu o copo dela e começaram todos em coro.

— Vira, vira, vira!

Sinceramente era bonita. Não ela era linda! Branca dos olhos azuis. O cabelo? Hah o cabelo dela era bem diferente, loiro com varias mechas coloridas (azul, rosa e roxo) ela tinha o corpo perfeito e era baixinha.  Estava usando um shorts todo rasgado a camiseta era preta dos beatles, e o tênis um dos mais diferentes que já vi (olha que já vi muitos) se é que posso chama aquilo de tênis. Fiquei paralisado olhando pra ela, admirando sua beleza e suas atitudes erradas. Ela agia como se não existe mais ninguém no mundo.

Depois que ela virou todo aquele copo de vodka de uma vez só, ela parou e pediu para encher de novo. Mas nisso ela percebe que eu estava ali olhando a fixamente. Seus olhar azul como o céu encontrou com o meu e  não consegui desviar, era como se eu estivesse hipnotizado. Meu cérebro na hora não raciocinou direito, só no momento que ela já estava vindo ao meu encontro com aquele copo de bebida na mão e gritando:

— O que é que tu ta olhando?

Ela nem me deixou responder...

— Perdeu alguma coisa?

Aqueles olhos azuis estavam todo avermelhado. Ela estava completamente bebeda, me olhou da cabeça aos pés e falou:

— Aah parece que não é daqui! - Chega ai galera. Oh esse cara aqui é mais um daqueles engomadinho metido a playboy e acha que pode me olhar assim.

— Aah garota deixa de ser louca - respondi automaticamente, sem pensar - Vai tomar um banho e pentear esse cabelo.

Realmente o cabelo dela era bonito mas estava todo bagunçado, e fedia a álcool ela inteira fedia. Na mesma hora ela me olhou como se fosse me matar, e sem pensa pegou aquele copo que tava na sua mão e jogou toda aquela bebida em mim, sujando toda  minha camiseta. Naquele momento meu sangue ferveu, eu queria esganar aquela garota louca.

— Esqueceu de tomar o remédio foi? - Falei super irritado. E no mesmo instante tirei minha camiseta e joguei nela antes que pudesse responder.

— Ta ai você sujou? Agora que lave, pegue pra você ou da de presente pra um desses seus machos. - ordenei completamente sem pensar.

Mas nisto  vi um cara levantando e vindo em minha direção.

— Repete se for homem? Vai cara repete?

— É repete se for homem? - disse aquela maluca.

— Ha Ha Além de bêbados são surdos? - Provoquei-os.

Quando disse isso os punhos daquele cara estavam cerrados prontos pra me dar um soco e eu ia revidar com toda certeza.

Mas ai Alex chegou bem rápido gritando:

— Ou ou ou, que ta acontecendo aqui?

— Esse cara ai é seu amigo Alex? - perguntou o cara que supostamente era o namorado daquela garota do cabelo que mais me parecia um árco-iris.

— É sim, cara deixa quieto isso, vou conversar com ele - Alex saiu me empurrando.

— Bom mesmo. E fala pra ele não vim querer dar uma de machão aqui não, tá ligado? E deixar minha mina em paz - gritou olhando em minha direção.

Sai quieto mas nervoso, e vi aquela maluca, desequilibrada rindo da minha cara e guardando minha camiseta na bolsa, me deixando com mais raiva.

Senti raiva de Alex também, eu sai como quem estava com medo. Mas eu não estava e depois que nos afastamos dales senti que eu estava fedendo vodka, sem camisa no meio da rua e ainda por cima  Alex veio com um sermão.

— Cara se é louco meu? Foi mexer com a mina do Léo ele é super barra pesada se eu não tivesse chegado eles iam acabar contigo.

— Valeu! - disse meio sem jeito - Mas eu não mexi com ela só tava olhando.

— Então? Aquela Lara é bem esquentadinha, qualquer coisa irrita aquela menina - comentou Alex.

— Ela é maluca isso sim.

— Por isso é bom que você fique bem longe dela - ele me aconselhou.

— Pode ter certeza que vou fazer isso.

Já era tarde Alex me acompanhou até em casa, ele não morava muito longe. Minha mãe ainda estava acordada, e veio com um monte de interrogações. Eu simplesmente falei para ela me deixar quieto, nem deixei ela se pronunciar e então subi pro quarto trancando a porta. Ainda estava furioso.
Tomei banho deitei e logo dormi.

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⏰ Última atualização: Aug 01, 2016 ⏰

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