Sentada naquela sala ampla e sofisticada, esperando para conhecer o avô, Ana Angélica pensava em como tudo mudou de repente. Aos 6 anos estava órfãos de mãe, não entendia por que ela se foi se prometeu ficar com ela para sempre. Em um minuto conversavam felizes indo a escola e em outro estava lá parada vendo a mãe morta caída ao chão ensanguentada atropelada por um carro. Anja, como sua mãe a chamava lembrou que a mãe falava sobre o pai, em como o amava e em como ele a amava também, em como um dia ele viria a elas e em como seriam felizes, quando a mãe falava de seu pai seu rosto se iluminava como as estrelas do céu, ela a ensinou a ama lo mesmo ele não estando presente, lhe mostrou fotos e lhe fez entender o porquê de ele não Está com elas, e fez seu coraçãozinho infantil amar o papai e esperar o mesmo amor como retribuição.
Agora estava ela lá, pronta para conhece-lo e com o coração aberto e cheio de sonhos (mesmo estando triste por a mãe não está ali com ela) para formarem a família que a mãe sonhou em ter quando encontrasse o seu amor nova.
A porta se abriu e um homem alto, imponente e grisalho entrou e Anja emperdigou na cadeira, o homem a fitava de maneira estranha e parecia horrorizado, ela não entendia o por que. Será seu pai pensou ela é quanto ia abrindo a boca para falar algo o homem se adiantou e recuperado falou:
- Não sou seu pai. Ele não virá até que seja provado que você é mesmo filha dele. Meu nome é Bruce e eu sou seu avô. Isto é se o exame que tenho aqui der positivo.
Anja nada falava pois nada entendia. O único que entendeu era que o pai não estava para recebê-la.
Bruce em silêncio observava a garota que sem sem sombra de dúvida era sua neta, pois apesar de ser muito parecida com a mãe a garota era a cópia fiel de sua filha falecida Ana, irmã gêmea de seu pai. Soube mesmo antes de abrir o exame que infelizmente aquela garota era sua neta de fato.
O filho aguardava seu telefonema, sobre o resultado do exame, Bruce analisou a situação. Não queria aquela garota imunda como sua neta, ela era filha daquela que o desprezou por preferir seu filho. Mary Jane ele a quis como nunca mais havia querido outra, mais ela preferiu seu filho Robert, por isso ele a destruiu, ele a expulsou da cidade, ele a mandou embora sob a acusação de roubo, e agora ela não pode vencer, e mesmo estando morta sua filha não vencerar; e todo o rancor que sentia pela mãe imediatamente passou para filha.
- você é minha neta, o exame deu positivo.
Disse Bruce a Ana Angélica.
- Tenho de contar a Robert.
Falou saindo do gabinete e voltando logo em seguida para contar a Angélica o teor da conversa com o filho.
- meu filho vira amanhã para conhece-la. Você sabia que sua mãe a registrou como filha dele, de meu filho!?
Angélica nada dizia, só pensava em conhecer o amado pai...E em como seria feliz com ele, em como seria obediente, em como o pai a amaria como sua mãe a amou. Pena que ele não as encontrou antes, como a mãe desejava e esperava e mais tarde já na cama lembrou da mãe e no amor e devoção que ela tinha pelo pai. E foi assim que ela dormiu, lentamente pensando na mãe.
No escritório Bruce ligou para o filho:
- Robert!! Recebi o resultado do exame! ELA NÃO É SUA FILHA.
Do outro lado da linha Robert parecia decepcionado, porém já esperava. Já que a Mary Jane fora uma mentirosa e interesseira que só queria seu dinheiro e se deitava com qualquer um que lhe desse conforto, chegou a mesmo dar em cima de seu pai, ainda bem que o mesmo o fez ver o erro que cometeria se houvesse fugido com ela anos atrás. Não teria conhecido Ângela e seus filhos, Sam e Kristen que os adotou como seus, já que nunca mais poderá ter os seus próprios devido a um acidente de cavalo a alguns anos. Sam e Kristen são sua vida, os ama como se fosse seus, ele os escolheu para filhos. E mesmo que Mary Jane tenha o registrado como pai de sua bastarda, ele nunca será de fato um pai para ela. NUNCA.
ANJA acordou aquele dia, super feliz. Conheceria seu pai, estava radiante.
Esperou na biblioteca a vista do pai, a esta altura já sabia que ele havia se casado e tinha filhos adotivo o avô a havia falado que tinha dois irmãos, Sam e Kristen, mais que eram filhos apenas da esposa, mais que ele os adotou e os ama como a amara.
Anja apesar da tristeza pela mãe, que esperou crédula por um amor não voltaria mais para ela, estava feliz, pois na sua ingenuidade de seus 6 anos, jamais a fez percebe que aquilo significava algo.
- papai!! Disse ela ao vê-lo
- jamais repita isso, berrou Robert
- Não sou pai de porcas;
- Nenhuma certidão do mundo vai me fazer pai de você. Não sou seu pai nem tenho interesse em ser. Por isso saia da minha frente. Meu pai pode sentir pena de você e deixar você morar aqui, mais não a quero. Suma da minha frente. Não quero ser pai de uma menina ridícula como você, com uma mãe rameira e você apesar de criança provavelmente será como ela, Robert em toda sua mágoa por ter confiado seu amor e se decepcionado com a mamãe da garota descontou toda sua frustração na pequena e só parou quando viu os olhinhos tão puros e semelhantes com seu amor de outrora.
Anja corria desesperada aos prantos;
- por que seu pai amado a tratava assim. Pensava a pequena.
Derrepente
-Cuidado!!! Suou um grito assustado
Anja ficou estática ao se deparar com um enorme touro bufando para ela. Assustada parou de medo, foi que mãos enormes a agarraram. Gritando:
- o que pensa que que está fazendo?? Esse animal poderia tê-la matado criança tola.
Tremendo de medo ela olhou para seu Salvador e trêmula ainda pelo medo, nada falou.
- de onde você veio?
-para onde estava indo com tanta pressa?
- Meu nome é Jackson Tyler Brubaker. Pode me chamar de Jack.
Vendo a garota calada falou novamente. - por que o pranto? Lindas garotas não choram?
Foi nesse momento que Anja percebeu que mesmo aos 6 anos aquele homem sempre seria o motivo de sua felicidade.
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A garota que ele não quis
RomansaAna Angélica acreditava em amor verdadeiro desde da primeira vez que viu Jack Brubaker, ela tinha apenas 6 anos quando é 26 anos, quando ela fugindo de uma surra do avô, conheçe o charmoso cowboy, que sempre a considerou uma simples criança, mesmo s...