Terceiro capítulo

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Susan:

   Antes do despertador tocar eu acordei, fiquei um pouco na cama e então fui para o banheiro, tirei minha roupa liguei o chuveiro e deixei que a água corresse pelo meu corpo, por alguns minutos sem que eu fizesse movimento algum. Meu pensamento estava muito distante. De banho tomado vesti uma bermuda jeans e fui procurar uma blusa em meu armário, logo que abri avistei o casaco que o tal chefe da segurança do Rio me deu, era uma peça muito linda. Ele tem bom gosto pensei. O ponhei em um cabide.

Vesti uma camiseta na cor nude, calçei uma sapatilha vermelha, e só prendi o cabelo em um coque bagunçado. Não me maquiei estava sem coragem, desci para encontrar John, que já estava a minha espera seguimos tomar nosso cafezinho e fomos para o trabalho em seu carro, o meu nem sobrou tempo de ir buscar ontem. Irei hoje sem falta.

Chegando na delegacia pedi para ver se tinha algum envolvimento de Vectra preto em acidentes pela noite que Scarlet foi atacada. Más não havia nada, nenhum registro nenhuma denúncia. Exigi uma ordem de proteção à vítima, pois ele poderia querer mata-la por ela ser uma testemunha, e ter ido até nós fazer o retrato falado, mesmo que ele não saiba, não podemos confiar em ninguém. Qualquer um pode ser ele, o retrato não ajuda em muita coisa, pois Scarlet não o viu direito. Era uma noite chuvosa, e não havia iluminação no local. Ela pode ter projetado aquele rosto em sua mente. E achar que ele era o homem que atacou ela. E não sabemos também se realmente, aquele era o assassino.

Logo que me sentei, chegou ás análises, as pegadas tinha o número 40 e o tênis que usava era da nike, mas não havia digitais nas cascas de balas a pessoa usava luvas ao abri-las. Fiquei estressada por não ter dado nada certo. Peguei o desenho dele e comecei a olhar com muito ódio. No mesmo instante meu superior chegou e me comunicou de que eu deveria entregar o retrato falado para a segurança máxima do Rio de Janeiro pois tinha que sair em mídia para alertar a população. Não pude acreditar no que ouvi e então falei:

— O senhor vai me desculpar Isaque mais isto é uma tremenda loucura, você sabe que estaremos correndo um risco enorme se isso acontecer.

— Susan só recebo ordens e tem que ser cumpridas.

— Eu sei mais já disse desde o início que eu faria do meu jeito ou não faria. Marque uma reunião hoje para podermos discutir sobre isso ao contrário não farei o que pediram —  levantei da cadeira — ou eu saio do caso e vocês fazem a burrada sozinhos.

— Você não pode sair Susan! Precisamos de você, eu vou marcar — ele deu uma pausa e continuou — más precisamente você terá de ir até o departamento de segurança.

— Eu irei, sem problemas — respondi enquanto ele me dava as costas.

O sangue ferveu, será que eles não pensam que isso pode ser prejudicial à investigação. Pois o que ninguém sabe não tem como estragar. Se isso acontecer será uma tremenda burrada, com isso o assassino poderá mudar a fisionomia e nunca iremos o pegar dessa forma, ele tem que achar que está tudo tranquilo, e não deve nem sonhar que Scarlet veio até nós.

Fiquei a manhã toda olhando as fotos das vítimas que o assassino fez e a cada vez que ponho meus olhos sinto mais raiva daquele psicopata. Quando eu o pegar, farei de tudo para que ele apodreça dentro daquela cela maldita que o espera, sei que ele não é amador, e como deixou aqueles papéis de balas? E as pegadas? Ele poderia imaginar que íamos vasculhar o local, a não ser que ele pretendia matar e jogar ela em outro lugar. Ou é isso ou tem algo estranho por trás disto tudo. Desde que Scarlet escapou ele não matou mais ninguém.

Fui almoçar com meus companheiros que fizeram ronda a manhã inteira para ver se não havia ocorrido mais nenhum assassinato realmente. Não tínhamos mais trabalho, então fomos dispensados, o delegado me avisou que a reunião seria ás 15:00 horas no departamento de segurança, disse também que entrando lá era para eu seguir o corredor e entrar em uma sala grande no final dele, a porta sempre  ficava trancada más era só entrar que estariam à minha espera, tanto Isaque quanto os autores do pedido sem noção de entregar o retrato à mídia. Avisei  a ele que eu estaria lá pontualmente. John me levou para buscar meu carro. O moço estacionou ele em frente à oficina, enquanto eu quitava minha dívida. Não me contive e fui correndo em direção ao meu amado carro dizendo:

O AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora