Quarto capítulo

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   Benjamin:

  Estou desde as seis horas da manhã trabalhando, ultimamente tenho acordado junto com os passarinhos, por ser chefe da segurança do Rio do Janeiro tenho que estar sempre resolvendo assuntos conturbados, e como já ouvi essa semana "à segurança do Rio é um caos". Então volta e meia é mais uma tragédia ou uma falha de segurança que tenho que me responsabilizar. Ultimamente só ouço Benjamim assina isso, Benjamim assina àquilo, Benjamin você tem que autorizar, Benjamim isso não poderia ter acontecido. É pois bem se torna exaustivo, mais vivo para essa profissão cansativa, más porém me completa. Tento fazer meu melhor só que nem todos cooperam e isso me complica. Hoje assinei várias autorizações para adentrarem propriedades privadas em investigações, fui convocado para uma reunião afim de punir os torcedores que brigaram em um jogo na semana passada no estádio Maracanã. Essa reunião levou horas, terminada almocei e então Cavalcante avisou que teríamos uma outra reunião exatamente ás três da tarde, junto do delegado Isaque, que exerce sua função na delegacia que recebe os crimes mais bárbaros, para serem solucionados. Com certeza mais problemas, o que meu companheiro me disse é que quem está comandando um caso da DP do Isaque não concordou em por um retrato falado na mídia. E como as ordens veio de nós para que isso acontecesse porque o nosso dever é zelar pelas pessoas, e isso poderia ajudar à prende-lo, com o retrato falado exposto os cidadãos poderiam ter noção de como o criminoso é a ficarem alertas. Exatamente o meu dever é conseguir que isso aconteça.  Porque se cair na boca da sociedade que temos o tal retrato e ele não for mostrado à cidade, começa uma grande pressão sobre nós. E como sempre eu tenho que me virar e crio a responsabilidade de me explicar com o povo e com mídia.

Fui para casa até dar a hora da reunião, tomei meu banho, e de cueca vermelha fui fazer um lanchinho, as duas horas fui vestir uma roupa. Escolhi um terno preto com camisa social vermelha, e sapatos pretos também, esborrifei meu perfume  algumas vezes sobre minha roupa, arrumei o cabelo peguei o celular, a arma e à chave do carro e sai do apartamento, faltavam cinco minutos para começar quando cheguei entrei pelas portas do fundo que dava acesso à sala de reuniões.

  Prestes a entrar na sala vi ao longe um carro estacionar em frente ao departamento um carro bem luxuoso por sinal na cor preta, e dele desceu uma mulher, parecia ter 1,65 de altura, corpo esbelto, morena clara e cabelos pretos lisos, que chegavam a sua cintura, usava uma saia preta social de cintura alta, uma blusa preta também por dentro da saia que era de comprimento médio e seus saltos eram vermelhos, da mesma cor da sua bolsa de mão, ela trancou o carro, tirou seu óculos escuro, e  veio subindo as escadas da porta da frente, ela pisava tão forte e com tanta firmeza sobre os degraus, que parecia estar um pouco enfurecida. Os ventos batiam em seus cabelos grandes e escuros, e os faziam voar.

Bom eu não a conheço deve ser alguma secretária nova por aqui, fiquei feliz mulher nova na área. Não tenho tempo pra romances, mas um lance talvez. Desde que não prejudique minha profissão pois pra mim trabalho é prioridade. Restava dois minutos, para começar todos já estariam na sala e eu aqui pensando na novata que nem sei se é novata. Sem deixar ela ver que eu estava ali olhando, entrei na sala de reunião. Comprimentei-los e me sentei ao lado de Cavalcante e então perguntei:

— Tem alguma secretária nova? Por aqui hoje

— Não, só estamos nós aqui nesse horário porque?

— Vi uma mulher subindo ás escadas antes de eu entrar aqui.

— É quem estamos esperando, a mulher que está comandando o caso da DP do Isaque. —falou ele.

— Entendi! é uma mulher. Ela parecia irritada de longe não vi direito mais aparentava.

— Isaque me disse ela é porreta,  a equipe dela é os três que foram transferidos de Brasília para cá acho que você os conhece, Henry, Rodrigo e o John. Diz que ela domina os três marmanjos. — ele riu  —  e o delegado ainda não pode com ela.

— Os conheço claro, então estamos encrencados!

Cavalcante assentiu com cabeça, um  silêncio reinava, eu estava olhando meu  relógio e  faltavam quinze segundos para as três. Quando comecei a ouvir um barulho no começo do corredor. E então Isaque disse:

— Lá vem ela.

Continuei olhando o relógio, e a cada segundo que passava ela dava um passo no corredor, era audível o barulho dos seus saltos em contato com o piso do chão, soavam como tiros, pareciam estar vindo para matar.

Exatamente no último segundo ela adentrou a sala. Pontualidade total.

Seu cabelo tampava o rosto, ela desejou um boa tarde a todos, e colocou na bolsa à arma que estava em sua cintura. Quando ela chegou  se sentou de lado, para arrumar sua saia então ela se  virou para frente. No mesmo instante jogando o cabelo que tampava sua face para trás. Olhei para ela e ela para mim e juntos dissemos:

— Você?

Isaque e Cavalcante nos olharam. E então ela falou:

— Eu deveria imaginar que isso era idéia sua mesmo.— esbravejou — além de sujar minha roupa quer ferrar minha investigação.

— Sobre o casaco foi um acidente e já te comprei outro. — respondi.

— Benjamin, e eu nos conhecemos por acaso esses dias ele derrubou café em minha roupa. —  ela comunicou aos demais.

— O assunto aqui é outro senhorita Susan. — falei.

— Vamos ao que importa. —  interrompeu Isaque.

— Concordo, Isaque — disse Cavalcante.

— Então diga-me de quem foi a idéia de por o retrato falado na mídia? — ela perguntou.

— Senhorita Susan eu e Benjamin somos representantes da segurança nessa cidade e nosso dever é zelar pelas pessoas — Ele suspirou —  e se por algum descuido cair na boca do povão que temos esse retrato e não mostramos, à mídia virá cobrar de nós, pois o retrato falado pode ajudar ás pessoas terem idéia de como é esse ser que está aterrorizando a todos. — explicou Cavalcante.

— Compreendo isso senhor, mas pode levar a investigação ao fim pois ele pode sair da Cidade ou até do país. Pode também mudar a fisionomia cor dos olhos, do cabelo, peso, estilo pode virar outra pessoa. —  respondeu  ela convicta — vocês não pensaram nisto?

— Sim pensamos na hipótese senhorita, mas se for exposto pode aver denúncias. — tentei explicar.

Isaque não tinha dado sua opinião ainda e então se pronunciou:

— Meus amigos sei que vocês querem fazer o melhor para a população. Mais Susan tem razão.

— Obrigado senhor delegado —  agradeceu ela.

— Só estou dizendo a verdade  —  Isaque respondeu.

— Sim, más mesmo assim fico grata, e também eu disse desde o início quando me ligaram lá em São Paulo, que eu aceitaria resolver só se fosse do meu jeito, se não eu nem me envolveria neste caso.— argumentou virando na cadeira. —  se me quiserem é isso ou eu largo o caso hoje mesmo.

— Não podemos sem você senhorita Susan — disse Cavalcante. — eu te dou carta branca.

— Ótimo! Acho que minhas férias vão ficar pra depois do caso mesmo — olhamos pra ela  — passar bem senhores.

Fiquei realmente nervoso com aquela mulher, a minha sorte é de não conviver com aquele mau humor dela.

Fui pra casa e no caminho dentro do meu carro, ponhei um Cd a música começou a tocar.

"Complicada e perfeitinha você apareceu era tudo o que eu queria mulher de fases."

Capital Inicial, mulher de fases. No mesmo instante Susan veio a minha cabeça. Como uma mulher pode ser tão linda e ao mesmo tempo tão insuportável.

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⏰ Última atualização: Oct 30, 2016 ⏰

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