dois

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Angeline

Tomo meu café da manhã, sentada de frente para  minha mãe, ela está bebendo seu café, sentada em uma cadeira, já arrumada para ir trabalhar. Ela é advogada, se formou a pouco tempo, algo que me faz sentir orgulho dela. Até que enfim o final de semana chegou mãe - falo enquanto bebo meu leite.
- Minha semana foi meia cheia também, Angeline. Quero relaxar nesse fim de semana um pouco também se meu celular não tocar - ela fala.
- Espero que ele não toque mesmo, em nome de seu fim de semana de paz mãe. Você pode delisgar ele também mãe,é uma opção - falo e ela sorri e faz um gesto de não com a cabeça, e prossigo falando. - Aquele colégio está sem novidades, é um  tédio a cada dia que passa, ainda bem que esse é meu último ano meu lá - falo. Ela faz uma expressão de que entende o que quero dizer.
- Vai mesmo tentar uma bolsa para estudar história filha? - Termino meu café e levanto, pego minha bolsa, que esta do meu lado e coloco em meu ombro.
- Sim mãe! É esse o curso que quero fazer, e quando chegar a data vou mandá minha inscrição para umas duas faculdades -
- É um bom curso, filha, e com a sua média alta no colégio, provavelmente irá ser aceita nas duas faculdade que se escrever,- ela fala com um sorriso no rosto.
- Obrigado mãe, eu também espero por isso - falo enquanto nos levantamos e vamos para a garagem. Entramos no carro de minha mãe, um Civic prata, e saímos. Minha mãe liga o rádio na estação de notícias e vamos ouvindo os acontecimentos de Phoenix, após 25 minutos, ela para um pouco perto da escola, e saíu do carro.
- Obrigado mãe, até mais tarde -
- Tchau filha, até mais tarde - ela fala e saí pela estrada.
Ajeito minha bolsa,e vou andando, passo pelo estacionamento e vou até a entrada principal e entro. Assisto as duas primeiras aulas, que passa voando, depois vou para refeitório. Pego um suco de uva e uma torta de carne e vou para minha mesa que sempre sento. De longe vejo meu amigo sentado sorrindo me esperando. - Essa torta parece estar boa - fala Josh. Meu segundo amigo, no colégio. Olho para torta, algo que não tinha feito com atenção, quando peguei ela antes. Sua aparência realmente estava boa, e o cheiro também. - Parece comestível - falo rindo. - Quais os planos para fim de semana, Angeline? Pergunta Josh após pegar um pedaço da minha torta com seu garfo. Sábado eu não tinha nada de interessante para fazer, além de lavar roupas, depois só iria na biblioteca pública pegar alguns livros, tauvez ir no shopping na parte da tarde, já que à Gandale havia me chamado. E tauvez algumas série de TV, depois. Ainda estava pensando em uma desculpas para não ir no shopping com a Gandele. Já no domingo iria ver meu pai, já que semana passada eu não fui velo.
- Biblioteca/Gandale/papai. Em resumo, só isso
- Puxa vida! Ela também me convidou para essa experiencia horrível de ir acompanha-la, nas compras. Já cai nessa uma vez, e foi o suficiente. - Já tem alguma desculpa em mente? - ele pergunta enquanto eu termino de comer minha torta. Faço uma expressão de tristeza. - Ainda não, mas aceito sugestões - Ele pensa por um momento, e bebe seu suco.
- Fale que que você pegou uma gripe, ela tem pavor de qualquer resfriado. Recomendo que já comece isso hoje, na última aula, tipo tossindo um pouco perto dela, já que vocês terão juntas - fala Josh. Conheci Gandale ano passado na mesma semana que de Josh, ela tinha um cabelo preto e era mais magra. E nesse ano, seu cabelo está longo, e ela pintou de branco, está namorando um cara do time de futebol, Luc, e ganhou alguns quilos a mais, que a deixou mais bonita. O chato é que agora seu tempo na escola é reservado para seu namorado, e só algumas vezes nós a vemos.
O Josh conheci no ano passado, após nossa primeira aula de inglês. primeiro achei que ele fosse gay, pela forma desinibida dele falar de qualquer assunto de mulheres, depois achei que ele estava interessado em mim,o que gerou um leve desconforto na época. Mas quando ele falou que só queria minha amizade, relaxei. E depois de descobrir que ele já estava namorando, ai meu desconforto sumiu. Não que ele não fosse bonito e divertido, e charmoso, era que eu não sentia nada a mais que uma amizade por ele. - Vou fazer isso mesmo, Josh - falo. Depois ele começa a falar de seu final de semana, dos planos envolvendo sua namorada, Blenda, depois, sobre a briga que ele teve com sua mãe durante a semana, e quando ele terminar, como se fosse cronometrado o tempo o sino toca.
O sino toca, levanto, e levo minha bandeija e a de Josh, como sempre fazia, para depois ir para próxima aula. E Josh saí para o outro lado e se despede com um beijinho lançado de longe, se eu não o conhecesse, e no caso fosse qualquer outro aluno passando ali no refeitório, juraria que esse garoto era gay, e não era só pelo beijinho lançado, me refiro ao conjunto da obra, a roupa, interesses, a voz, e jeito de falar e gesticular. Algumas garotas já até me perguntaram sobre isso.
Deixo minha bandeija, no local destinado a elas, e me viro para sair, na hora vejo,aquele garoto mais uma vez, nós tínhamos uma aula de história nas terças, juntos. Ele erá quieto,não vi ele falando com muita gente, só o via falando com seu colega, Nathan, que muita gente conhecia por jogar futebol no time da escola. Não que eu ficasse vigiando ele, só as vezes na verdade. Acho que seu nome era com 'S' mas não estava me lembrando, tauvez fosse Sieller, agora lembrei era esse o nome dele. Ele pega sua bandeija sem nenhuma pressa, e caminha lentamente, para trazer-la, assim como todos nós fomos ensinados a fazer, desde o primeiro dia de aula. Quando ele passa por mim noto uma certa tristeza em seu olhar, talvez alguma coisa o tenha deixado triste de certo. Ele me vê o olhando e força um sorriso, também solto um sorriso para ele, o que fiz com facilidade. Passo por ele e vou em direção a minha próxima aula. Eu espera que, o que tivesse deixado ele triste passasse logo. Seu rosto era bonito, e aquela expressão combinava com ele.

Vôo Das BorboletasOnde histórias criam vida. Descubra agora