Nova vida no Largo grimmauld.

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Harry acordou e sentou -se ainda assustado e sem entender direito onde estava. Instintivamente apanha a varinha em baixo do seu travesseiro e toca o irritante despertador, q grita sem parar tudo oq Harry planejou para o dia.

- Maldito feitiço "não se atrase" xingou em voz baixa.

Um pouco mais situado, começou a recordar o sonho q o despertador enterrompeu.
Ele se viu beijando Hermione. Como pode sonhar com isso?, Sentia-se sujo e um traidor, afinal estava namorando Gina e Hermione o Rony. Mas não podia deixar de lembrar da sensação de Hermione em seus braços, do seu cheiro doce, seus cabelos macios. Harry se obrigou a não pensar mais nela desse jeito, desde aquela dança.  Ele se focou na missão q lhe fora dada, e se não fosse os sonhos q tinha, nas poucas horas em que conseguia dormir na barraca, ele diria q foi bem sucedido em suas tentativas.
Em meio a guerra e tanto oq pensar, se obrigava a não dar vazão aos sonhos. Fez oq pode para levar sua amizade como sempre.
Mas agora a guerra acabara, sua mente estava livre, não era mais um homem marcado pela morte e os sonhos q nunca parou de ter, agora vinham mais nítidos, mais vivos em sua mente. Sempre assim, ele podia ver o passado, mas não acontecia como se lembrava, e sim do jeito q ele queria q fosse, ou seja, no fim Hermione sempre acabava em seus braços, sempre se beijavam e quando a situação esquentava ele acordava, como se seu próprio subconsciente tivesse limite, como se sua mente tivesse vergonha de ir adiante com aquele sonho, e acabar se arrependendo.

Não suportava mais pensar nisso, levantou da cama foi para o banheiro e entrou no banho. Queria que aquela água quente apagasse seus pensamentos impróprios, esperava que aqueles sonhos, sentimentos e desejos fossem embora para o ralo junto com a água. Ele desejava isso toda a manhã, e toda manhã saía do banho com os mesmos problemas.
Harry agora estava morando sozinho em sua casa no largo grimmauld número 12. Faziam exatamente 11 meses desde o fim da guerra, ele agora tinha 19 anos e estava no fim de seu curso intensivo para se tornar auror.

- Só mais um pouquinho Harry, e teremos o melhor auror q o mundo bruxo já viu, o menino q sobreviveu, o eleito q derrotou Voldemort. " Sempre dizia seu instrutor Sr. Badalek, constrangendo o garoto.
Harry sabia q não fazia por mal, é um bom homem e passou a ser uma pessoa especial para o garoto, de inicio pq o fazia lembrar do Olho tonto e depois por todo seu conhecimento e como o transmitia de forma fácil mas precisa.

Sr.Badalek era um homem já chegando na casa dos cinquenta, baixo, forte, cheio de cicatrizes pelo rosto. Com certeza outrora fora um grande Auror, Mas agora se tornou mentor de jovens bruxos e bruxas exitados com o perigo da profissão.

Harry não via a hora de começar realmente a trabalhar, poder escolher Missões para fora de Londres, o mais longe que podesse ir. Quando parava para pensar sobre esse plano, se convencia que o motivo de querer ir para longe era conhecer novos lugares, novas pessoas, mas em seu íntimo sabia que era medo de voltar a ficar perto de Hermione e não conseguir se controlar.

Harry desceu em direção a cozinha. A casa q herdou de seu padrinho estava totalmente renovada, Sempre limpa, agora aberta e com cores claras. Foi totalmente repaginada pela Sra.Weasley com ajuda do "novo monstro", era como todos o chamavam agora. Ele se transformou junto com a casa, Harry finalmente conseguiu ganhar seu pequeno coração e o principal, sua admiração. Harry lhe ofereceu a liberdade mais ele encarou como uma ofensa.

"- Monstro Não quer partir, monstro não quer Galeão, monstro gosta do seu senhor, por favor senhor não ofenda mais monstro dessa maneira".

Com isso não pode mais entrar nesse assunto, mas estava muito satisfeito com a companhia do "novo monstro", Não saberia viver naquela enorme casa só.
Descendo as escadas lembrou das horríveis cabeças de elfos q ficavam nas paredes, e da velha senhora Black gritanto a qualquer ruído. Com muita pesquisa Hermione conseguiu um ant feitiço e descolou o maldito quadro da parede.

Harry ficou com o quarto do padrinho, obrigou o elfo a aceitar um quarto no térreo, mas volta em meia, monstro voltava para seu canto no armário da cozinha.

Harry entrou na cozinha a mesa estava repleta de comida, um cheiro maravilhoso se espalhava pelo ambiente, monstro realmente esteve caprichando no café.

"-Bom dia monstro, chegou alguma coruja pra mim?" Harry perguntou se sentando a mesa.

"- Bom dia meu senhor, como passou a noite?, chegou, monstro guardou tudo, monstro pega". Monstro disse ja avançando para prateleira onde guardara as mensagens.

- Dormi bem monstro,.
Respondeu Harry sem ter certeza da resposta, já com as cartas nas mãos.

Desde a grande batalha Harry passou a receber msgs de agradecimento todos os dias, ele lia todas e respondia sempre q tinha tempo. Mas em meio ao monte, duas ele reconheceu a caligrafia antes de ver os nomes;

"- hey Harry, como esta a vida? Estou chegando de uma expedição com meu pai e Jimmy essa semana. Mas uma vez foi informação falsa,  não achamos o bufador de chifre enrugado, mas achamos indícios muito consistentes. Meu pai manda lembranças beijos Luna".

Harry se pegou rindo ao fim da carta, Luna sempre Luna, fiel escudeira do seu pai Xeno, e agora do namorado Jimmy. Harry achou q de namoro novo com um rapaz q conheceu em uma visita a Durmstrang,  ela desistiria do Bufador, oq não imaginava fosse q ele, Jimmy, tbm acreditava na existência do bicho.
Harry ainda se lembrava da expressão de incredulidade no rosto de Hermione, quando na última vez em q todos se encontraram, nas férias de Páscoa, Luna e seu namorado Jimmy Scamander,  passaram horas explicando como identificar marcas e vestígios deixados pelos bufadores.

Ele olhou a segunda letra conhecida com uma certa culpa.

"- Amor estou com saudades, te esperamos ontem na estação de king's cross quando desembarcamos, mas vc não apareceu. Ps: minha mãe te convidou para o jantar, daquele jeito q vc sabe, quase q uma entimação. Beijos te esperando Gina".

Harry abaixou a carta com uma grande tristeza se formando. Ele ainda estava confuso em relação a Gina, sentia uma grande afeição pela garota, chegou um dia a pensar q era ela o grande amor de sua vida. Gina a doce Gina, aquela q sempre o amou desde o início, menina linda, meiga, que pertencia a uma família grande e unida daquelas da qual Harry sempre sonhou participar, mas era só isso q ele sentia agora por ela, não era mais aquele amor de homem/ mulher, não tinha paixão. Tudo se fora com o pouco tempo q decorreu. Ele a via agora como uma querida amiga que ela sempre foi.
Ele chegou a essa conclusão ja a algum tempo, mas não teve coragem de expor a ela. Gina voltou para seu último ano em Rogwarts, junto com Hermione q decidiu acabar os estudos e prestar os NIEMS. Tornando tudo mais difícil, como poderia fazer ela entender sem mágoa -la?.
Com a distância ele teve a oportunidade de adiar essa conversa definitiva.
Harry E Rony decidiram não voltar a escola de bruxaria, não precisavam prestar as provas finais para a carreira q escolheram. Harry engressou no curso de Auror e Rony assumiu a sociedade com Jorge na Gemialidades Weasley.

Harry acabou o café da manhã, agradeceu ao elfo mais uma vez e se retirou para seu escritório. Tinha tarefas acumuladas e a prova final para Auror estava chegando.
Sentou-se abriu o livro, mas não conseguia entender uma única palavra. Como se concentrar se sabia q teria que ter " a conversa" com Gina, como entender "Sinais da maldição impérios", se sabia que veria Hermione de novo e o pior Matando a saudades de Rony.

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