VII

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Louis


Chegamos a Doncaster por volta das 21 horas e como já estava tarde, fomos direto para casa. Harry e eu nos acomodamos no meu antigo quarto que, agora a pedido meu, tinha uma cama de casal.

Como eu vou dormir na mesma cama que esse deuso? O que eu faço?

Harry entrou no banho e enquanto fiquei a sua espera, arrumei minhas bagagens. Ele deixou a porta entre aberta e minha vontade era simplesmente olhá-lo.

Não, Louis William. O que você está pensando? Você gostaria que ele fizesse isso com você?

Achei melhor não responder esta pergunta para mim mesmo. Eu estava com medo da minha própria resposta.

Sai do transe em que estava ouvindo uma voz maravilhosa chamando meu nome.

"Louis, Louis? meu amor, você está ai?" Eu ainda não sei qual o sentido dele continuar me chamando assim longe das pessoas. Acho que meu medo é se, por um acaso, nesses seis dias me acostumar com isso e depois ter que ficar sem.

"Sim, Harry. Estou aqui. Está precisando de alguma coisa?" Ele bem podia responder que gostaria que eu esfregasse as suas costas. Louis se recomponha!

Eu travava uma batalha com meus próprios pensamentos. Esse homem ainda acaba comigo.

"Você sabe onde ficam as toalhas?"

"Devem estar no armário do banheiro."

"Não, não estão."

"Espera um pouquinho que eu vou perguntar pra empregada."

"Não precisa anjo. Na minha mala menor tem uma toalha. Pega e traz aqui para mim, por favor?"

"Tá, já vai."

Comecei a procurar a toalha dele, que não foi tão difícil de achar. O problema foi estar com a toalha na mão. Saber que eu teria que abrir a porta do banheiro para entregá-la a ele. Que eu me lembre, o vidro do Box do meu banheiro é completamente transparente.

Imagens de um Harry nu, com gotas de água espalhadas por aquele corpo de atleta, aquele cachos pingando.

"Louis, você achou?" Fui interrompido por ele.

"Cla-claro. É-é... Já vou lhe entregar."

Bati na porta.

"Entra e a coloque em cima da pia para mim. Já estou terminando aqui."

Entrei no banheiro que estava dominado por uma névoa de vapor da água quente. Tentei não olhar para o Box de vidro. Coloquei a toalha no lugar pedido e quando me virei para sair, não resisti e acabei olhando para a parede de vidro.

O vulto de um homem molhado, embaixo da ducha quente. O vidro do Box estava embaçado pelo vapor da água quente, mas não tirava em nada a excitação que começava a dominar meu corpo. Eu não conseguia desviar meus olhos. Eu estava em transe. Hipnotizado.

Não ouvi quando o chuveiro foi desligado e nem quando a porta do Box foi aberta. A única coisa que percebi foi à aparição de um homem nu, molhado e gostoso na minha frente.

"Assim melhora a visão, meu amor?" Ele disse dando um sorriso torto que fazia a cena mais erótica ainda.

"E-eu... é-é... Des- Desculpe-me." Disse, abaixando o rosto para não olhá-lo. Coisa que eu me arrependi imediatamente. Meus olhos pararam no pênis dele. Não, não era possível um homem acabar de sair do banho e ter um pênis daquele tamanho. Os do Stanley e do Jason não eram nem de perto do tamanho daquilo.

The Wedding Date (Larry) ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora