The Wedding Date (Larry) ✔

IV

Louis

Voo 113 com destino a Londres, Embarque no portão três.

Voo 113 com destino a Londres, Embarque no portão três.

"Vamos amor?" Ele levantou, estendendo a mão para me ajudar a levantar.

"Por que você está me chamando assim?" Perguntei ainda meio abobalhado.

"Assim como querido?" Ele está de sacanagem comigo, só pode.

Será que ele não percebe que se eu o contratei é porque eu sou um completo desastre na questão relacionamentos?

"Assim: Querido, amor?"

"Que eu bem me lembro, sou seu namorado, estou certo?" indagou isso me dando um leve beijo no rosto. Esse homem só pode estar de brincadeira com a minha cara. E o pior é que eu acho que ele já percebeu que toda vez que ele se aproxima de mim, meu corpo se arrepia inteiro.

"Mas só seremos namorados quando chegarmos ao nosso destino" Falei um pouco ríspido. Ele tinha que parar de fazer essas coisas que me deixam encabulado.

"Como assim? Você está me dando um fora?" Ele falou de cara fechada. Será que eu magoei seus sentimentos?

"Não, eh... Não.. Não me leve a mal, mas... ahh... é que .. eu..." Fui interrompido por uma risada sonora e gostosa.

"Só acho que você deveria se acostumar com isso. Seu disfarce não vai funcionar muito bem se você ficar desse jeito sempre que eu fizer algo assim na frente de alguém." Se aproximou mais de mim. Eu prendi a respiração. "Você não gosta de ser tratado assim?" Ele sussurrou na minha orelha e depois assoprou em meu pescoço.

"Eu... e-eu..." Eu não conseguia falar nada coerente. Já estou achando que isso não foi uma boa ideia.

"Relaxa meu amor." Sussurrou mais uma vez e enlaçou o braço em minha cintura, praticamente me arrastando para o portão de embarque.

Já estávamos acomodados no avião. Agora seriam entre sete e oito horas de voo ao lado desse homem.

"Louis, você está suando frio. Está se sentindo bem?" Eu realmente estava nervoso.

"N-não. Es-está tud--do bem." Falei com a voz um pouco descontrolada.

"Louis, você tem medo de voar? É isso?"

"Está tão na cara assim?" Falei mordendo o lábio inferior.

"Não se preocupe, meu anjo. Eu te protejo."

Na hora que o avião decolou, ele segurou minha mão com força, porém não para me machucar, o suficiente para me passar segurança.

Seu toque era quente, forte. Me tranquilizava ao mesmo tempo que me deixava mais nervoso. Ele era gentil, meigo e ao mesmo tempo sexy, exalava masculinidade. Nunca me senti tão confuso perto de um homem antes. Quer dizer, o único homem que eu fiquei próximo por tanto tempo ou mais foi Stanley e outro carinha que eu tive um namoro relâmpago de um mês.

Sexo

Ai meu Deus por que eu fui pensar nessa maldita palavra? Não sei o que é isso a uns dois anos. Desde que o namoro relâmpago acabou. É, Minha vida é realmente sem graça. Fui tirado - graças a Deus - dos meus pensamentos sobre sexo por ele.

"Louis, está mais calmo?" Ele perguntou com um olhar que realmente mostrava preocupação. Como é que esse cara consegue ser tão intenso com alguém que ele conheceu a menos de duas horas?

"É, eu acho que sim." Falei dando um sorriso fraco. "Preciso ir ao banheiro."

Levantei, mas uma vertigem me pegou e eu fiquei completamente tonto.

Antes de sequer pensar em segurar na poltrona do avião, Harry já estava com seus braços fortes me dando o apoio necessário para que eu não caísse.

"Louis? Tem certeza que está tudo bem?" Respirei fundo, tentando me acalmar. Quando consegui, respondi.

"Sim. Eu vou ao banheiro."

"Quer que eu te acompanhe?"

"Não é necessário. Obrigada." Sorri, tentando passar uma tranquilidade que nem eu estava sentindo. Mas acho que se ele continuasse perto de mim desse jeito era bem provável que eu desmaie do mesmo jeito.

Ele voltou a sentar e eu me dirigir ao banheiro.

Entrei no pequeno espaço do avião e encostei a porta.

Lavei meu rosto. Você precisa se acalmar, Louis. Pare de pensar essas coisas que você já desconhece há anos. Você nunca soube fazer direito e agora, há tantos anos sem fazer, você sequer tem o direito de pensar nisso.

Sentei no vaso sanitário e comecei a respirar fundo, como se minha vida dependesse disso.

Senti uma brisa passar por mim brevemente e segundos depois resolvi abrir os olhos. Me arrependi instantaneamente por isso, fechando novamente, pois o que vi foi um par de olhos verdes esmeraldas.

Quando fechei os olhos, me lembrei rapidamente aonde eu estava e me levantei rapidamente, o que não foi uma boa ideia. Pois acabei derrubando Harry e pior, caindo por cima dele.

Cai deitado completamente em cima dele. Meu corpo perfeitamente ajustado ao dele, centímetro por centímetro. Pude sentir cada parte de seu peito musculoso, a sua respiração descompassada assim como a minha, o cheiro do seu hálito que estava me embriagando. Se controle Louis. Eu repetia em minha mente, como um mantra.

"Eu sei que está uma delícia ficar aqui embaixo de você, amor, mas se alguém nos ver aqui e desse jeito, nós vamos ser presos por atentado ao pudor." Sai do meu transe, levantando rapidamente de cima de Harry, me sentindo mais constrangido do que nunca em toda a minha vida.

"Não fica assim, amor. Eu sei que eu sou irresistível." Ele levantou e se arrumou. Abriu a porta do banheiro e me deu passagem. Eu mais uma vez estava abobalhado mais retardado que nunca. E para piorar meu constrangimento, tinha uma comissária de bordo na porta do banheiro olhando para a gente.

"Desculpe-me por isso, senhorita Potter, mas meu namorado está com uma pequena crise renal, então não achei prudente deixá-lo vir ao banheiro sozinho." Ele disse dando aquele sorriso 'enfeitiça qualquer um', e se eu não fosse o suposto doente, acreditaria em cada palavra que ele estava falando.

Ele saiu do banheiro me puxando pela mão.

"Se ele entrasse no banheiro comigo, tenho certeza que não seria por enjoo." Ouvi a comissária sussurrando pra si própria. Aquilo foi o estopim.

"O que foi que a senhorita disse?" voltei, me dirigindo a comissária de bordo.

"Nada senhor. Nada!" Ela me olhou com medo, talvez tenha pensado que eu fosse voar na cara dela por dizer isso do meu namorado.

Harry voltou.

"O que aconteceu, amor?" Ele me olhou aflito.

"Nada não, querido. Segundo a mocinha aqui, não aconteceu nada, o que eu acho muito bom para ela." me virei para a mulher. "Não é querida?" Falei jogando todo o meu veneno para cima dela.

"Cl-claro, Senhor." E ela saiu correndo em direção à cozinha do avião.

Harry me puxou, me deixando passar na frente dele no corredor.

"O que aconteceu, Louis?" Ele perguntou, mostrando muito curiosidade.

"Nada não. Foi só aquela oferecida que..." Decidi que era melhor não falar. Vai que ele levanta e pega essa mulher enquanto eu estou sentado, ou dormindo aqui no avião. "Nada demais."

"Não sei qual é o melhor, você vermelhinho de vergonha ou vermelhinho de raiva. Devo confessar que os dois me deixam incrivelmente perplexo com a sua beleza." Falou e em seguida beijou minha nuca me fazendo arfar.

Acredito que não ficar vivo até o fim dessa viagem.

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