Capítulo 2 - Entre vestidos & ternos

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Dia de folga. Comemorando por dentro, sim ou óbvio? Levantei e tomei café com leite acompanhado de umas bolachinhas. Eu não curtia comer ovos com bacon no café da manhã... Não me parecia tão apetitoso de manhã quanto deveria. Arrumei o apartamento um pouco, apenas deixando as coisas no lugar, e parti para o centro. Resolvi que iria fazer umas compras no mercado e logo após comprar dois vestidos. Na verdade, o único vestido que eu possuía tinha um urso panda em toda parte frontal... Exatamente uma blusa do GreenPeace que eu usava para dormir. Isso não seria nada agradável de usar numa festa.

Demorei mais um pouco para escolher os vestidos, passei no banco, depositei um dinheiro na minha poupança e voltei para o meu lar. Tomei um banho rápido e quando eu olhei no relógio já eram 18h45. Esquentei uma lasanha e comi um pouco,guardei o resto na geladeira e fui me arrumar. Optei por um dos vestidos, já que não estava uma noite fria em Central City. Coloquei minhas sapatilhas, base, corretivo e blush e voila, estava pronta. Até terminar, já eram 19h45. Guardei toda a bagunça que tinha feito, o vestido e o sapato novo que tinha comprado e ouvi uma buzina soar em frente ao prédio. Aquilo me soou estranhamente familiar.

Tranquei a porta e desci quase correndo, falei com o porteiro rapidamente e caminhei até o carro que agora eu via, prateado. Sue abriu a janela do carona e sorriu, dizendo: "Pode entrar, querida." Assenti timidamente e abri a porta de trás, entrando num carro totalmente aquecido. Johnny estava no banco do motorista. Diabos, por que ele estava com a gente?

- Olá, Amy. – encontrei seu olhar no espelho dianteiro. Seus olhos azul-gelo faiscaram. – Como se sente pegando carona com o bonitão aqui?

Senti minhas bochechas queimarem, ele era muito idiota. Desviei os olhos do espelho e Susan o cutucou.

- Sinto muito,Amy. Ignore-o, por favor. Eu ia vir com meu carro, mas quando eu estava saindo, ele já estava do lado de fora com a garagem trancada. Acho que ele precisa de outro terno, parece que o último foi queimado misteriosamente ontem à noite. Não é, Johnny?

- Não tem problema, Susan. É aquilo que eu te falei. – e ela deu uma risada, deixando Johnny sem entender.

- Mas, ah, sabe como é, isso sempre acontece com os caras mais bonitos. - e deu uma piscadela, fazendo o carro roncar suavemente.

Quando eu resolvi olhar o caminho, já estávamos a um quarteirão do shopping. As ruas estavam vazias, mas o shopping estava cheio. E quando eu disse cheio, quis dizer lotado. Quase não havia vagas no estacionamento, mas encontramos uma depois de uns quinze minutos.

Entramos no shopping e as pessoas estavam entupidas no cinema ou em outras lojas, caminhamos até uma loja quase que desconhecida, que ficava no terceiro andar, na parte direita e bem num cantinho, que vendia roupas que não eram tão caras e eram bonitas, uma de minhas lojas preferidas... Aliás,tinha ido lá mais cedo, mas isso fica entre nós.

Uma senhora de meia-idade tomava conta e vivia fazendo seus crochês. Uns tempos atrás eu vinha para ela ficar me contando histórias fascinantes, de guerras, de vitórias... Incríveis. Mas meu tempo estava muito corrido então vinha só de vez em quando. Ela nos atendeu com um sorriso.

- Olá, queridos, como vão? – ela perguntou, ajeitando os óculos, que já estava na ponta do nariz. - Em que posso ajudá-los?

- Bem, Sra. Vandom... Precisamos de um vestido e terno.- disse sorridente. Sue também se pronunciou:

- Na verdade, dois ternos... E um vestido para ir num casamento. Por favor.

Ela sorriu e a senhora assentiu, mostrando-nos poltronas na cor vinho em que podíamos nos sentar. Adorava aquelas poltronas.

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⏰ Última atualização: Nov 03, 2013 ⏰

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