Capítulo 7

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Obrigado... — disse Amy tirando o resto de corda que tinha nos seus pulsos. — Pelo menos, você é mais gentil do que os outros.

JJ deu um sorriso canto de boca tímido.

— O banheiro fica onde? — lenvantou-se meio bamba.

— Vou com você até lá.

Merda, agora só me falta ele entrar no banheiro.

— Não precisa... Consigo ir sozinha. — disse desconcertada e ajeitando o sobre-tudo.

JJ percebeu que Amy estava sem jeito, e com vergonha.

— Ok... Então, eu vou sentar aqui nas escadas... Pode ficar tranquila, eu não sou pervertido igual aos outros... E o banheiro, fica no final do corredor, na primeira porta à direita.

— É! Deu pra perceber que não é um pervertido, e fico contente com isso. — ironizou.

Amy colocou-se a subir as escadas ligeiramente, JJ sentou-se em um dos degraus do meio... Quando ela estava no último degrau...

— Garota... — JJ sussurrou.

Amy tomou um susto imediato.

— O-oque! — gaguejou trêmulo.

— Desculpa, não queria te assustar... Só ia avisar que o papel higiênico, fica em uma cestinha em cima do armário de toalhas.

Amy respirou fundo com sensação de alívio.

— Ok, obrigado.

Tenho que ser ágil, sair correndo daqui feito o papa léguas.

***

Com passos cuidadosos e rápidos, Amy andava rumo ao banheiro. O corredor frio e sujo, à deixava com repugnância, a vontade de sair dali era maior ainda. A cada som dos seus passos, ela se assustava. O medo, a adrenalina e os pensamentos era o que mais lhe atingia, pois sua vida estava em jogo.

Ok! Cheguei... Agora tenho que achar uma saída.

— Pensa... Pensa... Pensa. — sussurrou pra si mesma e olhando em volta. — Um vitro! — disse esbaforida.

Com cautela, Amy sobe em cima do vaso sanitário, apoiando-se na parede e observando por fora da pequena janela.

— Merda! É muito alto e estreito... Mas não tem jeito, é pular e viver ou ficar e morrer. — deu respiradas profundas, e dizia tais palavras para se encorajar.

Preciso de algo para amortecer a queda, pois essa parede deve ter pelo menos uns 3 à 4 metros.

Desceu do vaso sanitário e olhou em volta.

— Isso! Toalhas! — sussurrou e andou rumo ao armário de toalhas.

No armário havia cerca de umas dez toalhas, algumas sujas de sangue. Amy pegou todas, dobrou-as e trouxe todas com sí para perto do vaso.

Ok, agora só basta jogá-las em um ponto exato do chão.

***

— Nossa chefe! Esqueci minha carteira! — Stuart disse examinando os bolsos da calça.

— Mas que merda! Você só pode estar de brincadeira, né!? — Rocky esbravejou.

— Ainda bem, que não estamos tão longe do galpão. — Josh bufou.

— Então vamos voltar... Não, tou afim de pagar lanche pra marmanjo. — Rocky ordenou.

Josh, pegou a rotatória e entrou na primeira estrada de retorno para o galpão, pois o lugar era longe da área urbana e se localizava em uma parte bem deserta, portanto que não havia muito tráfego de veículos nessa região.

Reaprendendo AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora