Nineteen

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Já era o terceiro copo de tequila que eu bebia naquela noite. Hoje depois do trabalho tentei falar com Camila, mas tudo que recebi fui um "Eu não quero falar com você". Carter ainda continuava a ir deixar ela em casa, me pergunto se ele tem estado com Darcy.

Darcy.

Eu precisava vê-la, Camila não podia me proibir disso. Olhei o relógio em meu pulso e marcavam exatamente dez da noite. Minha cabeça me dava umas leves pontadas, mas eu não me considerava bebado. Levantei da cadeira do bar, e deixei uma nota de quarenta dólares, não me importando com o resto que sobraria sai.

O vento gelado batia em meu rosto, e meus pés vezes ou outra cambaleavam. Minha visão estava borrada, tanto que acabei esbarrando em algumas pessoas. Avistei uma lavanderia, onde tinha uma pia do lado de fora, fui até a mesma e liguei a torneira molhando a mão e passando no rosto para obter uma visão melhor. Voltei a caminhar para o apartamento de Camila, estava a um quarteirão de lá, então não demorei muito para chegar.

Havia apenas uma pessoa na recepção, e um guarda sem dar a mínima importância para o trabalho, passei pelos dois com total facilidade. Entrei n elevador e apertei o botão para o andar de Camila, não demorou muito até que cheguei. Passei por umas duas portas até chegar na dela, mas assim que coloquei o dedo na campainha a porta foi aberta, e para a minha surpresa não foi Camila quem abriu a porta, e sim Carter.

- Você? – Falamos em uníssono, arqueei as sobrancelhas.

- O que você 'ta fazendo aqui? – Perguntei para ele.

- O que VOCÊ 'tá fazendo aqui? – Assim que o mesmo falou, Camila apareceu atrás dele, seus olhos arregalaram um pouco ao me ver.

- Harry? O que você... – Ela engoliu o seco. – O que você veio fazer aqui?

- Eu vim te ver e ver nossa filha. – Camila abriu a boca para responder, mas Carter à interrompeu.

- Pena que elas não querem te ver.

- Pena que eu não falei com você.

- Você pode mandar em mim na empresa, mas aqui você é apenas um babaca. – Ele voltou a posição ereta, senti uma leve pontada na minha cabeça mas tratei de ignora-la.

- Não preciso ser seu chefe pra ter certeza de que você é um péssimo funcionário.

- Har– Camila tentou falar, mas novamente foi interrompida.

Carter soltou uma risadinha e se aproximou de mim.

- Você vai fazer o que? – Ele riu sínico de novo. – Vai entrar aqui, falar milhões de besteiras pra ela e depois sair e ficar com outras? Porque é isso que você faz né? – Eu cerrei o punho. –  Você devia ter dado mais valor a mulher que você tinha. Aliás, ela beija muito bem. – Ele sussurrou a última parte do meu ouvido.

Não esperei mais nada para acertar um soco no rosto dele. Fazia um bom tempo que eu venho querendo fazer isso. Ele logo tratou de me devolver outro, senti outra pontada na cabeça mas nesse momento eu não ligava para mais nada a não ser socar a cara de Carter. Camila gritava pedindo para pararmos, mas nenhum dos dois dava ouvidos. Soquei novamente o rosto dele, e senti uma dor no meu estômago  pela joelhada que ele me deu. Senti meu corpo bater contra a parede, e a mão do mesmo ser evolvido no meu pescoço, ele cerrou o punho e o colocou de frente ao meu rosto, assim que ele ia me acertar um belo soco na cara Darcy apareceu na porta.

- Papai? – A pequena falou e Carter tratou de soltar meu pescoço, minha cabeça doia e meu nariz sangrava, se eu soubesse que ele estaria aqui não teria bebido.

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