Certas profecias têm que serem ouvidas com certos cuidados, mal interpretação pode levar á morte, e foi uma certa profecia que levou várias pessoas inocentes á morte.
Em um certo Reino mágico cercado por suas barreiras que deixava-o protegido dos olhos humanos vivia um povo, este povo não era normal, era um povo mágico, filhos dos Anjos com Demônios, este povo tinha uma beleza angelical e alguns tinham um caráter maligno. Pela infelicidade do povo a Rainha herdou este caráter maligno.
Certo dia uma profecia surgiu se espalhando pelo Reino até que chegou aos ouvidos da Rainha.
A Rainha com medo desta profecia espalhou o terror e morte pelo Reino, deste as colinas do norte até as do sul. Ela ordenou que matasse todos os bebês nascidos deste a ultima lua cheia pois a profecia dizia claramente que um nascido do fogo nasceria quando a lua cheia brilhasse no céu tão majestosa.
Todos do povo se encheram de pavor, muitos tentaram fugir com seus filhos para escapar da ira da Rainha, mas muitos morreram ao tentar fugir.
Por muito tempo o povo viveu no terror, morte após morte.
Era exatamente meia noite quando se ouviu gritos fora da grande casa. Criados se aglomeravam na janela tentando ver o que realmente acontecia lá fora para tanto pânico. Uma das criadas arregala os olhos e corre para o segundo andar entrando no quarto de sua senhora.
Sua senhora era uma mulher magnifica, tinha lindos cabelos negros que caiam em ondas de cachos ate abaixo de seus seios, seus olhos eram de um profundo azul que lembrava muito o oceano, seus lábios eram vermelhos carnudos, pele branca escarlate. Ela envolvia um bebê em seus braços, era de uma aparência angelical como a mãe, seus cabelinhos era ruivos claros, o resto de sua aparência era como á mãe apenas o cabelo era do seu amado pai.
-Minha Senhora, eles estão na cidades, entrando nas casas e matando os bebês. Está na hora de irmos... –Disse a serva em pânico temendo pela vida da sua pequenina senhorita envolvida num manto vermelho.
-Julie sabes que não poderei fugir, pois me achariam, depois que é marcada nunca se pode viver em paz, não quero que minha querida filha corra perigo por minha causa. Tome ela e leve-a contigo, seja á mãe a qual não posso ser.
A Senhora se levantou da sua poltrona caminhando até a serva, entregando a sua pequena filha nos braços de sua criada. –Cuide dela como sua própria filha! –Disse se afastando e ficando de costas para não ver a partida da sua filha.
A serva segura firme a pequena em seus braços que dormia profundamente, sai em silêncio do quarto. Começa a correr para a porta dos fundos. Esculta gritos dentro da casa, ela eleva seus olhos para janela do segundo andar ouvindo um grito de fúria e um clarão branco no cômodo, sinal que sua Senhora havia falecido.
A criada corre pelas sombras tentando não ser vista, mas quem ligaria para uma criada á qual era de uma casta inferior se comparando aos seus amos?
A criada pertencia á uma casta inferior, aquela á qual era invisível para todos, apenas seus donos as enxergava de modo social, respeitando e conversando, o resto apenas ignorava.
Ela chega perto do porto onde um barco á esperava, ele era sua única esperança.
Caminhou até o barco subindo a bordo, olho de um lado para outro procurando a pessoa que seria sua ultima chance.
-Julie você por aqui? –Uma voz rouca saindo das sombras chamava o nome da serva. Ela sentiu seu corpo todo formigar e tremer, era essa sensação que ele sempre á causava.
Uma silhueta de uma pessoa saiu das sombras. Stevan era um homem alto e robusto, tinha músculos que marcavam toda parte atraente do seu corpo, seu sorriso era de um verdadeiro príncipe pena que só ela enxergava-o dessa maneira, cabelos castanhos e olhos verdes.
-Stevan... –Sussurrou seu nome.
Stevan adorava quando Julie sussurrava seu nome, era um jeito único dela, era algo intimo entre os dois. Eles se conheceram na primavera quando toda a cidade comemorava o casamento da Rainha, foi amor á primeira vista. Quando foram perceber já estavam um nos braços do outros, deitados numa cama de folhas na floresta, amando-se a luz da lua.
Nesta noite ele havia ouvido Julie sussurrar seu nome de tantas maneiras que ele á havia amado cada vez mais, seus cabelos loiros caiam em onda ao redor dela, ele havia acariciando tanto aquele cabelo naquela noite, sussurrado em seu ouvido que á amava como o sol amava a lua.
Amor de fada é assim, diferente e extenso. Amor verdadeiro.
-Stevan precisamos partir hoje, temos uma filha...
-Aham? Como assim uma filha? –Stevan exclamou surpreso. Ele sabia como ela poderia ter engravidado pois tinham feito mais de uma vez o ato de se amar, mas um bebê não pulava para fora da barriga tão rápido.
-Desculpe, não soube explicar. Minha Senhora faleceu e me deu a filha para cria-la mas devemos fugir pois todos sabem que a criança é da casta alta.
Stevan entendeu o que sua amada estava tentando dizer. Ela estava pedindo que ele cuidasse das duas como uma única família, claro que cuidaria delas por amor que sentia por Jules.
-Então é melhor irmos...entre na cabine está frio ela pode ficar doente. –Falou gentilmente
Julie andou até ele e o beijou nos lábios, sorriu e andou para dentro da cabine com sua pequena nos braços.
Seria uma jornada difícil mas conseguiriam passar juntos.
Este é o inicio da bela história da Filha do Fogo(...)

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Filha do Fogo
FantasiCertas profecias têm que serem ouvidas com certos cuidados, mal interpretação pode levar á morte, e foi uma certa profecia que levou várias pessoas inocentes á morte. Em um certo Reino mágico cercado por suas barreiras que deixava-o protegido dos ol...