- Talvez você esteja atraindo isso. Você diz que toda vez que me vê eu estou na merda, não pode ser uma simples coincidência. - Perrie falou já irritada e Zayn riu sarcástico, sem se importar ou sequer se sentir ofendido com o comentário. - Você é sempre tão ridículo assim? - perguntou, enxugando as lágrimas, era nítida a irritação em sua voz.
- Depende do clima. - Zayn debochou.
- O que você tá fazendo aqui? Você nem cursa medicina. - Perrie observou e Zayn ignorou a sua pergunta, logo, mudando de assunto.
- Se você se envolve tanto na vida de um paciente a ponto de ter que interromper a aula para chorar, então não deveria ser médica.
- Tarde demais, já tenho um diploma. E você não sabe o que realmente aconteceu, será que dá pra calar a sua boca por uns segundos? - Perrie falou estressada, o que não abalava Zayn, que já iria fazer outro comentário, mas foi interrompido por uma Katherine indignada.
- Trisha Malik é uma vadia! Eu realmente não acredito no que eu vi. - Katherine falou ofegante, Perrie revirou os olhos. - Você só viu agora?
- Eu acho que eu dormi um pouco. - Katherine justificou, logo depois, Zayn começou a rir e a bater palmas para as garotas, que não entenderam a ação.
- Ótimo, uma médica que não fica na aula até o fim porque precisa chorar, e outra que dorme. Minha geração tá fodida. - Zayn falou sem se importar com o que elas iriam achar, já ia saindo, mas não sem antes deixar de responder Katherine.
- E você quem é mesmo? Deus? - perguntou a loira, irritada.
- Pode ser. - ele respondeu e saiu.
- Eu. não. gosto. dele. - Katherine falou ao sentar ao lado da amiga, que nada respondeu, apenas deitou sobre o ombro da amiga e ficaram ali, em silêncio.
Não demorou muito para que a aula se desse por finalizada, logo as pessoas começaram a sair do auditório, algumas até zombando de Perrie, outras apenas encarando-a, e por fim, Trisha Malik, que fez com que Perrie se levantasse rapidamente.
- Você é a garota que interrompeu a aula. - Trisha a reconheceu. - Está tudo bem, querida?
- Se tá tudo bem? Você tá brincando? - Perrie perguntou, achando que ela também estaria zombando. - Algum problema?
- Vou dizer qual é o problema. Todos os dias eu venho aqui para aprender sobre Pneunologia por um só propósito. O meu pai. Ontem eu vi que ele tá morrendo, e Deus sabe o quanto foi difícil pra mim vir aqui hoje. E daí chega você, que por acaso não é Elizabeth II, e expõe o caao do meu pai, sem permissão alguma. Esse é o problema. - explicou à Trisha, que continuava sem entender o que acabara de acontecer.
- Mil desculpas. Eu não fazia idéia de que era filha do paciente, e à propósito, eu tenho a permissão da esposa dele, Sophie, certo? Mas eu posso transferir o pagamento pra você, sem problemas.
- Ah meu Deus! Pare com isso, eu não quero seu dinheiro, meu pai não é um objeto em leilão, ele é uma pessoa. Não que seja da sua conta, mas quando ele descobriu o câncer, tudo que Sophie fez foi arrumar as malas e se mandar daqui.
- Eu não entendo. Nos arquivos do seu pai constava que Sophie era a acompanhante legal, e não falava sobre divórcio. - Trisha contestou.
- Porque não houve a porra de um divórcio! Sophie está no testamento do meu pai, essa vadia não arricasria perder a herança dele. Eu sou a responsável legal pelo meu pai enquanto ele estiver incapaz. Eu.
- Eu realmente sinto muito, de verdade. Eu não fazia idéia de tal situação. - Trisha pediu, com sinceridade. Perrie permaneceu quieta. Fechou os olhos e suspirou, então assentiu. E quando ia falar, Katherine gritou por seu nome.
- Perrie! É da Dra. Adams. - Katherine aproximou-se da amiga entregando-lhe o seu celular. Perrie olhou para Trisha e depois para o celular que Kath lhe entregara.
Seu primeiro pensamento foi: há um doador. Mas não durou muito para que pudesse pensar que seu pai não tivera aguentado e partira. Sentiu medo. Devolveu a Katherine e pediu gentilmente que atendesse, e assim ela o fez. Enquanto Katherine permanecia em silêncio absoluto após ter dito o "É a amiga da Perrie aqui", Perrie pode perceber o garoto do cigarro retornar aflito, ele gritou algo para Trisha, e saiu correndo, assim como a mulher. Perrie não teve tempo de achar estranho, pois Katherine havia terminado a ligação e lhe encarava, ela já estava preparada para desabar em lágrimas nos braços da amiga, antes de ouvir um "conseguiram um doador" sair da boca da amiga. Katherine abriu um largo sorriso e envolveu a mais nova em seus braços, que chorava de felicidade, seu pai ia viver.
Perrie e Katherine passaram correndo pelo corredor do hospital, adentraram o elevador impacientes mas com uma pontada de felicidade. Terceiro andar, e correram novamente. Na recepção, receberam identificação para visitantes de urgência já que tinham esquecido tudo no carro de Katherine. Não demorou para que Dra. Adams encontrasse com as duas, abraçando-as.
- Eu disse que ainda tinhamos esperanças, querida. - A médica mais velha disse, lembrando-a da conversa que tiveram, Perrie sorriu.
- Eu realmente não acredito que isso está acontecendo, ele está mesmo recebendo outra chance, isso é insano. - ela falava em um misto de felicidade e euforia pelo pai, que acabou por contagiar as duas outras.
- Eu preciso que assine todos os termos que confirmam que o transplante foi liberada pelo responsável...
- ...e que eu tenho que saber que talvez ele não seja mais viável para o transplante, logo, será direcionado a outra pessoa. E que eu preciso ficar na sala de espera até tudo terminar, eu sei disso tudo, e vai ficar tudo bem, eu tenho certeza. - Perrie terminou a fala da cirurgiã que assentiu. Pediu aos residentes que levassem-no para a sala de cirurgia e indicou à Perrie e a amiga a sala de espera.
• Talvez tenha att dupla pq o cap. 5 é um dos meus favs, repito T A L V E Z
• Espero que estejam gostando :))love you all, xx Thai.
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Cigarette - z&p
De TodoEle fumava para distrair-se. Ela odeia pessoas que fumam. isntowers