Cap.1| Eu sei, e bem.

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E denovo os son daquela vadia gemendo. Puta merda, não se respeita mais uma mulher doente,  bem que ela podia gemer baixinho, porque, porra, tem uma criança de quatro anos no recinto, mas quem disse que isso impede uma enfermeira vagabunda e um bebado desgraçado de se foderem no corredor da casa da esposa do bebum  e com ela no seu leito de morte.

Cheguei no corredor-motel e vi, aquilo que ja se repetia a sei la quanto tempo mas que eu via a mais de 5 meses, meu pai com uma garrafa de wisk na mao, a enfermeira vadia encostada na parede, nua, e com as pernas totalmente abertas enquanto o bebado penetra ela com seu membro asqueroso e cheio de pelos.

Era demais para mim.

Prontos, era o suficiente, ja havia alimentado o meu odio por aquele homem com a dose do dia.

Sai dali com Buttchy abraçado a mim e fui para o quarto da minha mae.

E ali estava ela, deitada naquela cama com aquelas maquinas barrulhentas ligadas a todo corpo dela.

Cheguei mais perto, olhei para para ela e sentei na poltrona ao lado dela e deixei Buttchy no chão.

Nao quiz tocar na mao dela, ha meses que nao o fazia.

----Margarida...---eu falei--- Seu marido esta la no corredor, fodendo com a  enfermeira denovo, e voce ae, sem fazer nada. BEM que voce podia fazer algo nem... mas o facto de voce ser uma morta-viva dificulta---eu soltei uma gargalhada---Vem ca mae, porque voce nao morre... heim??? Voce nao acha que é sofrimento demais voce aí, deitada, sem vida... acorda sua inutil-'--Eu falei sacudindo ela.

As maquinas começaram a apitar.

Bip bip bip bip bip bip bip

Aquelas maquinas nao paravam de apitar. Elas sempre apitaram, mas agora elAs apitavam demais, mais rapido, mais alto... nao sei .. eu sei que aquilo representa os batimentos cardiacos dela, e naquele momento, aquel bip bip bip desgovernadoo representava meu coracao  era como se fosse uma musica falando.do que sinto, e meu coraçao seguia devidamente a estrumental.

Minha mão ainda estava no peito daquela mulher que aprendi a desprezar.

Desde que me entendo por gente ela esta assim, ela ficou assim no meu parto, segundo o que eu li nos papeis da gaveta do Horácio, a gravidez dela era de risco, pois ela era hipertensa, tinha uma infecção nos rins e eu corria risco den nascer com sindrome de Down e com hipertensão também, o recomendado era abortar, pois ou nos duas morriamos no parto, ou ela morria, ou eu nascia mas, com a sindrome e a hipertensao e ela moria, mas, o que a filha da mae fez???

Mesmo com hipertensao e uma bacteria incuravel no rim o que ela fez???

Mesmo.com um projecto de marido alcoolatra, desempregado, que á traia e batia, o que ela tez????

Ela não abortou...

A desgraçada não me poupou e me condenou a essa merda de sofrimento.

Eu gritei de raiva.

Coloquei minha mao no ombro dela e gritei.

'----ACORDA FILHA DA PUTA DESGRAÇADA, EU ESTOU AQUI HA QUATRO ANOS, LEVANDO PURRADA E OUVINDO GEMIDOS DE UMA ENFERMEIRA PUTA, E VOCÊ AE.... VOCÊ ACHA JUSTO???-'--Sacudí ela pelo peito mais uma vez e o bip bip bip nao parava, so aumentava----ME RESPONDE DESGRAÇADA... ACHA JUSTO, ENQUANTO EU LEVO SURRAS E SURRAS, VOCÊ ACHA JUSTO EU AQUI, COMENDO O PAO QUE O DIABO AMASSOU.... MELHOR.. QUE O  HORÁCIO AMASSOU... ALIAS... AINDA QUE ELE AMASSASSE UM PAO, MELHOR, AINDA QUE ELE ME DESSE UM PAO.. MAS NAO, ELE NAO DÁ, AGORA DIZ MARGARIDA, ACHA JUSTO ME CONDENAR A NASÇENCIA, A CONVIVER COM ESSE ALCOOLATRA E VAGABUNDO ENQUANTO VOCE DORME???---parei de sacudir ela e as lagrimas ja desciam, eu ja estava mais calma, a raiva havia passado, o que sobrou foi dor---Mãe---falei com a voz de dor e de choro--levanta daí.vem cuidar de mim. Mãe---falei no ouvido dela e os bip's acalmaram-se--- acorda, me tira daqui o papai esta la no corredor, fudendo a vadia da enfermeira... mae, olha pra mim, ja chega de dormir... vem cuidar de mim... voce me condenou a essa vida--'-a raiva voltou, voltei a por minhas maozinhas no peito dela e a sacudí e os bip's aumentaram o seu ritmo----ACORDA SUA VADIA... VOCÊ ME CONDENOU... PORQUE NAO ME MATOU??? PORQUE???  AGORA EU ESTARIA SEI LA ONDE, MAS NÃO SERIA OBRIGADA A VER, A SENTIR A VIVER O QUE EU VIVO...---Sacudi mais o corpo dela ate que senti maos na minha cintura me carregando para longe dali.

Pequena PsicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora