Cap. 2| Querida Vânia

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Mais um dia nessa espelunca.

Passaram-se 10 dias desde o dia que Vânia me deitou com água, e ela não parava com as brincadeirinhas que ela achava que me atormentavam, a verdade é que aquilo so me irritava e dava vontade de matar ela.

Mas eu não faria isso, nao porque eu nao fosse capaz, é claro que eu era, eu sabia que era, nunca havia matado nada mais que barratas moscas e formigas, mas meus vizinhos dizam que eu era capaz de matar um ser humano, entao se eles diziam....

Bom, a verdade é que nao quero que Vânia morra, quero que ela sofra, só não sei como fazer isso de uma forma original e sem deixar ferimentos no corpo dela.

Estavamos no pátio, o sol ardente no meio do ceu me indicava que ja eram 12 horas.

Todas crianças estavam brincando, exepto alguns que eram timidos e eu, que era esquisita, nao tinha nome e sei la o que mais esse bando de criança retardada achava. A Verdade é que nao estava ali no meio da idiotada porque pô... ninguem merece, em pleno seculo XXI e no auge dos meus 5 anos de idade  brincar com argila.

Vânia olhou para mim de onde ela estava e pude ver ela atirando uma bola de argila na minha dirreccao.

Desviei e ignorei ela.

Todo mundo riu da minha cara, e Vânia sorriu satisfeita, como se aquilo me fizesse sentir mal.

Dezprezo todos vocês. Para alem dos corpos têm as mentes pequenas.

Levantei dali evirei em direcção ao interior do orfanato, Vania sorriu,com certeza achou que eu estava indo chorar.

Quando ja estava no vasto corredor que da acesso ao porao, senti a presença de alguem, olhei pelo canto do olho e era Vania me seguindo descretamente.

Sorri com aquilo e continuei andando em direccao ao porao.

É uma pena voce nao estar aqui para ver isso Butchy.

Entrei no porao e logo desci as escadas.

O porao era um lugar escuro, com somente uma lampada, mas era fraquinha e só a luz que emitia, fazia um pequeno circulo no chao, deixando o resto do porao escuro como bréu.

Me dirigi a minha , sim, minha secretaria, que fica no escuro, e logo a minha linda Vania chegou.

Ela, burra, parou debaixo da luz, e dava para ver a cara dela de desconfiada.

Nao sei como, mas, la encima, a porta de ferro que da entrada ao porao fechou-se com um estrondo.

Nao me importei com aquilo, talvez fosse o vento, mas Vânia importou-se e  muito, graças a lampada encima da cabeça dela podia vislumbrar o terror no rosto dela.

Arrastei a cadeira da minha secretaria fazendo a madeira raspar no chao velho e sujo do porão, provocando um som arrepiante para Vânia, para mim, so irritante, mas valia a pena pela cara de Vânia.

---Esquisita???---ela perguntou---É você que esta ai???... Responde... nao tem graça.

Nao aguentei e soltei uma gargalhada.

Sentei na minha cadeira e pegei um papel e uma caneta, sem acender nenhuma luz, rasguei o papel ao meio, fazendo Vânia tentar olhar na dirrecção do som do papel rasgando.

O olhar dela estava um pouco para o lado, mais um pouco e ela estaria olhando na direcção certa.

O terror na cara dela era incrivel, e eu tinha que me concentrar para nao rir e ela olhar na minha direcção

Eu sei

Eu sei

Estava escuro e tudo mais, ela não podia ver, mas ainda assim, eu não queria que ela olhasse na minha direcção, me sentiria ameaçada.

Pequena PsicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora