II

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Estou cheia de dores nas costas e estas poltronas são horríveis. A Marie teve outra crise de asma e estamos no hospital desde ontem a noite. A minha pequenina sofre tanto. Não consigo dormir, decidi ir dar uma volta pelos corredores do hospital enquanto ela ainda dormia com o efeito da anestesia usada para o exame, o hospital encontrava se movimentado apesar daquela hora.
- Precisa de ajuda? - Perguntou me a enfermeira baixinha que me ajudou com a Maria e que agora trazia na maca um rapaz.
- Sim, estou bem. Quer ajuda?
- Não se importa de ajudar a empurrar a maca até ao quarto deste senhor?
- Claro que não!
Assim o fiz, andamos pelos enormes corredores, entramos no elevador e subimos até ao quarto piso.
- Acalme se, está tudo bem. - Ela tira lhe o lençol no qual estava coberto.
- Preciso da minha mãe. - Reconheci aquela voz de algum lado, não poderia acreditar. Seria mesmo ele?
- O que lhe aconteceu? - Pergunto a enfermeira não querendo olhar para ele.
- Teve um acidente de carro e os valores acusa que estava embriagado.
Harry nunca fora de beber, mas também as pessoas mudam como eu mudei. Não consegui evitar e olhei para o tal rapaz. Os seus olhos verdes olhavam o teto branco do quarto e os seus caracóis estavam compleramente despenteados.
- Tenho de ir ter com a Marie, se precisar pode me chamar. - Informo a enfermeira e saiu do quarto dele, olho uma última vez para trás e vejo-o confuso a olhar para onde estava.
- Mamã, pensava que nunca mais vinhas.
- Desculpa meu amor, a mãe foi ajudar um senhor. - Dou-lhe um beijo ma testa e faço lhe festinhas nos seus pequenos caracóis iguais aos dele e que me encantava. Não tarda ela torna a adormecer e eu deito me na poltrona acabando também por adormecer.

Um grande amor ||Onde histórias criam vida. Descubra agora