Suicide Room

|| Insanidade de Amar ||

"Por mais longe que esteja
Eu sempre vou amar você
Por mais distante que eu fique
Eu vou sempre amar você."
- The Cure - Lovesong

29 de Dezembro de 2015 -
Suicide Room
☆ Chloe Keller ☆

- Eu sou uma estúpida. - resmungou a garota dos cabelos azuis.

- Você só está confusa assim como todos. - sussurrou Sywia. Seus grandes olhos a encaravam. - Cadê aquela Chloe que só fala asneiras?

- Não consigo mais fingir que está tudo bem, na verdade eu nem sei oque estou sentindo. - ela revirar os olhos.

- Você está gostando dele de verdade. - retrucou Sywia.

- Não, eu não estou. - respondeu Chloe rapidamente. Havia uma irritação na sua voz.

Sywia ergueu uma sombracelha e sorriu maliciosamente.

- Não adianta me olhar assim. Eu não estou e ponto final. - Chloe se levantou da pequena poltrona de couro marrom que estava na sala, e subiu rapidamente até o segundo andar.

Faltava apenas um dia para o grande desastre que Trevor planejava. Ela antes de tudo queria ver Elise bem, e até mesmo dizer o quanto ela era importante - mesmo que fosse estranho para ela esse sentimento.

Chloe era a única que não desejava morrer - e a mesma mentiu ao dizer que desejava isso. E mesmo assim, ela saberia que não era importante viver em um mundo desse, então era irrelevante viver ou morrer.

Suas meias pretas pisavam com força no carpete e seu corpo guiava até a porta preta - onde estaria a criatura que ela queria esganar até a morte, mas não poderia por Elise. - que no caso era Trevor.

Ao chegar, a mesma socou com força a porta.

- Abra a porra da porta - gritou. - Eu sei que você está me ouvindo seu emo desgraçado.

Ela estava furiosa e queria logo que Trevor tentasse se comunicar com Elise e até mesmo com Tate, para que tudo uma vez na vida ficasse bem. E também ela queria convencer ele a adiar um pouco a loucura que estava a planejar, pelo menos alguns dias por Elise.

Se ouvia o som alto da música Lovesong de The Cure. Ela suspirou alto e infelizmente não o suficiente para que o garoto pálido e babaca pudesse ouvir.

- Não adianta fugir da gente pra sempre seu otário. - ela socou mais uma vez a grande porta. O som logo se abaixou e as trancas sendo abertas foram ouvidas.

Quando a porta se abriu os olhos de Chloe se arregalou ao ver Trevor com sua grande franja jogada para trás, e seus olhos azuis intensos avermelhados. O cheiro de maconha invadiu as narinas de Chloe que logo em seguida bufou.

- Você passa vergonha e ainda por cima fica depressivo? Não entendo você sério. - murmurou ela.

- O que você quer? - perguntou ríspido.

- Você ainda pergunta? - Chloe empurrou Trevor e entrou rapidamente em seu quarto.

Tudo estava no lugar, exceto a cama que estava bagunçada com cartelas de ceda e pinos vazios. Ela revirou os olhos antes de encarar a figura parada do emo drogado e triste.